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Art&MusicaLSlides® Rolf Kuntz - "A economia repetida como farsa"
A economia repetida como farsa
10 de maio de 2014 | 8h 47
Rolf Kuntz - O Estado de S. Paulo
Bem-vindos de volta aos anos 50, ou, melhor, bem-vindos ao arremedo dos anos
Na repetição farsesca dos anos 50, o governo atribui à oposição o desejo de privatizar a Petrobrás, quando a privatização de fato é promovida pelo grupo no poder, ao aparelhar, lotear e submeter as estatais a interesses partidários e pessoais dos governantes e de seus aliados. Esse mesmo padrão de comando levou a Petrobrás a negócios desastrosos, prejudicou sua receita, dificultou seus investimentos, converteu-a na empresa mais endividada do mundo – como noticiou a imprensa internacional – e corroeu seu valor de mercado. Tudo isso bastaria para compor uma história de incompetência, irresponsabilidade e abuso, mesmo sem o complemento das suspeitas de pilhagem, das prisões e da investigação criminal.
Na farsa do retorno aos anos
Pelas novas contas, a produção de bens de capital – máquinas e equipamentos – também continuou em crise, com redução de 11,2% em 2012 e expansão de 11,3% no ano passado. No primeiro trimestre deste ano, as fábricas desses bens produziram 0,9% menos que entre janeiro e março de 2013. Esses dados confirmam a pouca disposição dos empresários de ampliar e modernizar a capacidade produtiva e tornam risível, mais uma vez, a promessa oficial de avanço econômico puxado pelo investimento.
Nos anos 50 o presidente Juscelino Kubitschek instalou uma administração paralela – os grupos executivos – para cuidar da implementação do Plano de Metas. A alternativa, segundo a avaliação da equipe de governo, seria atrasar o plano para reformar a máquina federal. Pode-se discutir se um caminho intermediário seria possível, mas um dado é inegável. No fim de cinco anos, a maior parte das metas havia sido alcançada: a industrialização havia avançado e uma nova capital havia sido plantada no centro do País.
Sobraram custos importantes e pressões inflacionárias, mas o governo seguinte, com alguma competência, poderia ter realizado os ajustes. Não se pode culpar JK nem pela renúncia de Jânio nem pelo desperdício de oportunidades na gestão de João Goulart, incapaz de sustentar politicamente a dupla Celso Furtado-San Tiago Dantas e garantir a execução do Plano Trienal.
Na reprodução em forma de farsa, o planejamento foi alardeado na retórica e abandonado na prática. Nem se planejou, nem se reformou a administração, nem se buscaram alternativas para maior eficiência. Falar em produtividade do setor público foi estigmatizado como discurso neoliberal. Escolheu-se como política a distribuição de postos a companheiros e aliados, tanto na administração direta quanto nas autarquias e empresas. Ao ocupar o Palácio do Planalto, em
A farsa da repetição teve improvisação no lugar do planejamento, distribuição arbitrária de benefícios, excesso de gastos, promiscuidade entre Tesouro e bancos oficiais, interferência desastrada na formação de preços e muito mais estímulo ao consumo do que à produção. Um déficit em conta corrente próximo de 3,5% do PIB, bem maior que o investimento estrangeiro direto, foi uma das consequências. Outro resultado importante, além, é claro, da estagnação industrial, foi uma inflação sempre na vizinhança de 6% ao ano, muito acima da meta, 4,5%.
Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,67%. O governo pode apontar uma melhora, depois da taxa de 0,92%
Há, no entanto, pelo menos uma boa notícia. Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, os torcedores ingleses podem vir tranquilos para a Copa da Fifa. Não haverá, garantiu, perigo maior que o enfrentado pelos soldados britânicos no Iraque. Faltou explicar se os torcedores deverão vir armados, como os militares enviados à guerra.
*Jornalista
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ATORES PRINCIPAIS NO CENÁRIO DA VIDA
Marcelo Henrique Pereira (*)
Em algumas exposições e palestras, uso, constantemente este conceito: cada um de nós somos os atores principais no cenário de nossas vidas. A expressão, por si só bastante representativa, que remonta à atividade artística de representação, ganha outro contorno quando aplicada à existência espiritual, ou, à vida real. O palco é cada uma das encarnações e as cenas ocorrem em distintos locais, em que nosso concurso seja necessário: família, trabalho, estudo, vizinhança, lazer, ambientes públicos ou privados, veículos de transporte, ruas...
Digo isto porque, em verdade, percebo uma relativa aura de pessimismo ou de “conformismo” em grande parte do público que acorre às instituições espíritas, seja pelas questões inerentes ao cotidiano, seja pelos problemas ou dificuldades existenciais que todos (repito, todos) temos. Em parte, vejo responsabilidade dos espíritas (dirigentes e divulgadores) que, em sua maioria, tecem a pedagogia da dor, que é cunhada como “uma das formas de evolução”, e, na crônica espírita, associa-se ao amor como opções possíveis para o desenvolvimento espiritual. Creio, particularmente, que a “apologia” do sofrimento como “caminho” é resultante, tanto de nossas peregrinações espirituais sob a tutela de outras filosofias ou religiões, que atemorizam ou apregoam castigos e penas (presentes e/ou futuros), quanto da própria circunstância da ambiência brasileira, resultado de uma colorida miscigenação e pluralidade sócio-étnico-religiosa, que abre espaço para a adoção de conceitos e crenças particulares, que se somam aos fundamentos espiritistas. Há, inclusive, muita discussão, no meio e nos veículos de divulgação espíritas, sobre as chamadas “correntes” de pensamento, mais ou menos influentes e com quantitativo variável de adesões e seguidores.
Assim sendo, muitos freqüentadores de centros já “entram” na reunião com aquele aspecto sofrido (e sofrível), cabisbaixos, semblante sisudo, como se carregassem em seus ombros “todos os problemas do mundo”. Sentam e permanecem, quase sempre, em silêncio (medidativo?), na espera no início dos trabalhos. Quando principia a exposição, em numerosas vezes, o tom de advertência ou de “recomendação” de algumas abordagens continua a sobrecarregar nossos companheiros ouvintes, que lamentam sua (ainda) atrasada condição, sonhando pelos dias futuros de mundos mais adiantados – a visão do “paraíso”, naquele momento. São convidados, assim, a “amar” (tolerar, ter paciência, perseverança, confiança no porvir, etc.) os sofrimentos, ou a sua própria condição existencial.
Muitos adeptos do espiritismo, assim, assumem “confortavelmente” a posição de “coitadinhos”, de alguém que está aqui, neste mundo (o “vale de lágrimas”) quase totalmente vinculado à reparação dos erros “passados”, os débitos que programou, antes de reencarnar, para saldar. Esquecemo-nos, em verdade, da própria dinâmica da vida, com seus contornos peculiares e progressivos, que altera (em função de nossa liberdade de escolha, e a atitude que dela deriva) substancialmente os meandros e as contingências de nossa atual peregrinação corporal. Nada, absolutamente, está tão predeterminado que não seja, por nós, consciencial e voluntariamente, modificado (principalmente, para melhor).
Devolver às criaturas esta maravilhosa “ferramenta” que é a disposição para a mudança, alinhavada ao direito (inalienável, inafastável e insubstituível) de escolha é o grande diferencial da Doutrina Espírita em relação às demais interpretações filosófico-morais disponíveis. A ciência espírita aplicada, por sua vez, consegue decifrar os principais enigmas de nossa existência, colocando-nos, deste modo, no devido lugar que temos, cada um, indistintamente e, como somatório, o conjunto social, que é o de contribuir decisivamente, primeiro em nossa própria superação e adiantamento espiritual, e, na seqüência, como somatório das individualidades despertas e conscientes, a progressão da coletividade planetária.
O que sobressai, em mais esta temporada, no palco da matéria, é que está em cartaz a vivência oportuna dos Josés, das Marias, dos Marcelos, em novos figurinos, mas fazendo transparecer nas performances do dia-a-dia, os caracteres verdadeiros que marcam aqueles que encenam suas próprias histórias, em cenários distintos: o Espírito, individualidade inteligente, o filho pródigo da Criação.
(*) Marcelo Henrique Pereira, Doutorando em Direito, Secretário Executivo da ABRADE,
presidente do Centro Cultural Espírita Herculano Pires, São José (SC).
* * *
seguem muitas vibrações de paz e amor
para você
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Art&MusicaLSlides® Estadão Editorial - "Delícias do poder"
Delícias do poder
10 de maio de 2014 | 7h 27
O poder tem suas vantagens. Em 2013 o PT bateu novo recorde de arrecadação de doações de empresas privadas, chegando a quase R$ 80 milhões. É uma marca particularmente notável pelo fato de não ter sido um ano eleitoral, em que as doações se destinam, basicamente, ao custeio das atividades partidárias. Segundo revelou o jornal Valor, com base na prestação anual de contas apresentada pela legenda de Lula & Cia. ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2013 essas doações foram 57,3% maiores do que no primeiro ano do governo Dilma Rousseff (2011).
Os principais doadores do PT- geralmente os mesmos que dão dinheiro para todas as outras legendas partidárias - são empreiteiras de obras públicas e grandes empresas que dependem fortemente da boa vontade do poder público para o desenvolvimento de seus negócios. Isso evidencia, desde logo, a distorção representada pela indevida influência que a força do dinheiro empresarial passa a ter na política e, consequentemente, na administração pública, a partir do instante em que as corporações fazem "doações" aos partidos.
Justiça seja feita, essa distorção - que o STF está na iminência de erradicar - não é uma invenção do PT. Há mais de uma década no poder, a companheirada que não quer largar o osso só fez "aperfeiçoar" a distorção, enquanto jura devoção à exclusividade do financiamento público.
Mas não deixa de ser muito revelador de seu verdadeiro propósito - a permanência no poder a qualquer custo - os petistas se deixarem tranquilamente financiar pela elite que tão ferozmente combatem. Afinal, quem são os donos das maiores empresas do País? E bota elite nisso, porque 74,3% das doações de empresas recebidas pelo Diretório Nacional do PT no ano passado (R$ 59,27 milhões) saíram do bolso de um grupo de apenas 10 delas. À frente desse grupo está uma empreiteira que contribuiu com generosos R$ 12,3 milhões, despesa contabilizada que representa apenas 2% dos mais de R$ 590 milhões que faturou em contratos com o governo federal em 2013.
A lógica desse processo de financiamento partidário - que transforma governantes e aspirantes a essa condição em reféns do poder econômico - por si só demonstra que o modelo é incompatível com os fundamentos de uma sociedade democrática, na qual o voto de cada cidadão é o único instrumento legítimo para a eleição de mandatários. Empresas não votam. E seu objetivo é, primeiro, o lucro e, depois, a maximização do lucro - o que não é nenhum pecado ou demérito no capitalismo.
A receita total do diretório nacional do PT em 2013, ainda segundo a prestação de contas apresentada ao TSE, foi de R$ 170 milhões. Depois dos R$ 79,7 milhões em doações de empresas (57,3% do total), a segunda maior parcela é constituída pelos recursos públicos provenientes do Fundo Partidário: R$ 58 milhões (34%). E ainda R$ 32 milhões (18,8%) em contribuições de filiados que ocupam cargos na administração pública. As doações de pessoas físicas foram de apenas R$ 2,9 mil, equivalentes a menos de 0,05% da receita total.
A aparente má notícia é que, daqueles R$ 170 milhões, o saldo remanescente para o ano eleitoral de 2014 foi de modesto R$ 1,6 milhão. Isso deveria preocupar a cúpula do partido, que terá de enfrentar milionários compromissos financeiros na campanha eleitoral deste ano. Financiar candidaturas ao Planalto, ao Congresso, às governanças e assembleias estaduais, com os requintes tecnológicos determinados pelos marqueteiros, demanda recursos astronômicos. Mas a elite política não está preocupada com isso. A máquina arrecadadora petista - e a dos demais partidos também - tem um longo, ameno e proveitoso convívio com a elite que é dona do dinheiro.
Fique também tranquilo o cidadão-contribuinte. No final, será ele o verdadeiro financiador das campanhas políticas milionárias, pois as obras públicas que forem feitas e os serviços que forem prestados certamente virão generosamente majorados para proporcionar o reembolso daquilo que, para uns, é financiamento de uma atividade cívica, mas, para outros, é um investimento altamente lucrativo.
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A volta do retorno
09 de maio de 2014 | 2h 06
Fernando Gabeira* - O Estado de S.Paulo
"Cuidado com a volta do retorno."
Quem me dizia sempre isso era Marinho Celestino, um cabeleireiro capixaba que estudou cinema em Paris e morreu no Brasil. Não sei se queria expressar com isso a circularidade do tempo ou se usava a expressão apenas para advertir os perigos de uma recaída. O movimento "Volta, Lula" sempre me lembra a expressão de Marinho Celestino: a volta do retorno, uma espécie de bumerangue.
Durante um tempo, ele se comportou apenas como um ex-presidente. Achei que merecia o habeas língua que sempre conferimos àqueles que já cumpriram sua tarefa. Clarice Lispector, num belo conto chamado Feliz Aniversário, conta a história de uma festa para a mulher que fazia 89 anos e de quem todos queriam arrancar uma palavra. A velha permaneceu calada, apesar de muitas provocações, até que, no final da festa, resolveu falar só isto: "Não sou surda!".
Para mim, Lula ainda é um jovem. Desenvolvi uma tolerância a suas frases e, em certos momentos, até me diverti com elas. Era só um ex-presidente, com direito a parar de fazer sentido.
Agora, que querem lançá-lo de novo à Presidência, é preciso ter cuidado com a volta do retorno. Não me preocupa tanto que tenha dito que o julgamento do mensalão foi 80% político e 20% técnico. Lula aprendeu, ao longo destes anos, a usar os números para tornar a mentira convincente. Se o apertarmos num debate, ele vai conceder: "Está bem, então 79% político, 21% técnico". Ele sabe que números quebrados convencem ainda mais que os redondos. O que me preocupou mais nessa entrevista aos portugueses foi ele ter encarnado o espírito de salvador, um arquétipo da nossa cultura luso-brasileira, um Dom Sebastião.
Ele disse que, apesar do que noticiavam os jornais, TV e oposição, o povo sempre olharia nos seus olhos e acreditaria na sua verdade. Isso implica uma visão pobre da democracia e, sobretudo, do povo. Como se as pessoas fossem completamente blindadas diante do debate nacional, como se não fossem curiosas, não formassem opinião por meio da troca de ideias, como se não estivessem constantemente reavaliando suas crenças com novos dados.
Nessa frase de Lula, o povo só se acende com o seu olhar hipnótico e é nele que procura a verdade, não nos fatos e nas evidências que se desdobram.
Cuidado com a volta do retorno. A realidade mostra que as pessoas avançaram, que valorizam melhorias materiais, mas pedem também mais do que isso. Seria interessante para o PT e para o próprio Lula darem uma volta pelas ruas do Brasil e tentar a fórmula olho no olho. No mínimo, vão se desapontar.
Lula não conseguiu, com olhar magnético, convencer o povo brasileiro de que a Copa foi uma decisão acertada num país com tantas dificuldades. Tanto ele quanto Gilberto Carvalho ficam perplexos diante das críticas. Como é possível não celebrar a Copa no Brasil?
Neste caso, a fantasia de uma identificação mítica com o povo vai para o espaço. Como restaurá-la? Com olho no olho?
O olhar número cinco falhou. A única saída é partir para outros truques, como, por exemplo, fazer com que os copos se movam sozinhos nas mesas, como naquelas sessões espíritas no princípio do século 20.
Na entrevista em Portugal, Lula procurou explicar também por que o povo olhava no seu olho e o apoiava. Mencionou, mais uma vez, a história da mãe que o aconselhou a andar sempre de cabeça erguida. Um conselho de mãe e o olho no olho são os talismãs que o protegem de todas as acusações, que lhe dão força, inclusive, para proteger em seu governo grandes e pequenos bandidos da política nacional. Não e à toa que alguns ratos começam a abandonar o navio da candidatura Dilma. Eles anseiam também por migalhas desse poder de Lula, querem se esconder embaixo do manto protetor.
E Dilma, ou o fantasma dela, apareceu na televisão. Gostei da maquilagem, do tom da pele, embora para muitos ela estivesse um pouco pálida. Os profissionais trabalharam bem no rosto, no penteado e mesmo nas ideias do texto. Você querem mudança? Nós somos a mudança.
Está chegando um tempo em que o abuso das palavras perde sua elasticidade. Um tempo em que a onipotência de um suposto magnetismo tem de descer ao mundo dos debates, do choque de ideias, da avaliação permanente dos rumos do País. É o ocaso da magia. Da cartola, saem apenas os velhos e combalidos coelhos: aumento da cesta básica, modesta redução no Imposto de Renda.
O naufrágio se define com a perda do horizonte. Mesmo o famoso mercado parece esperar a derrota de Dilma. Quando cai nas pesquisas, a Bolsa sobe. Mas nem sempre o mercado tem razão diante da política. Senão, substituiríamos o debate parlamentar pelo grito dos corretores na Bolsa. Realizar uma política social generosa, muitas vezes, bate de frente com o mercado. Só é possível levá-la adiante, de fato, num quadro econômico de crescimento sustentável. E parece existir no mercado a compreensão de que a atual política econômica está fracassando, de que Dilma foi má administradora em campos vitais, como a energia, e incompetente para deter a degradação da Petrobrás.
Não sei como Dilma e Lula vão se apresentar na campanha. Ele vai precisar de uma lente de contatos para mudar a cor dos olhos, em caso de necessidade. Dilma não poderá repetir apenas o que escrevem os marqueteiros. Ela apenas registrou que os ratos abandonavam o barco, mas não se perguntou em nenhum momento por que o barco começa a afundar.
No debate, os dois, cada um com seu estilo, vão ter de explicar o que fizeram do Brasil, que se vê agora sugado pela corrupção, gastando fortunas com as obras de uma Copa trazida pela visão megalomaníaca de Lula. Na África do Sul, ele até convidou atletas estrangeiros para se mudarem para o Brasil porque haveria tanta competição esportiva que nossas equipes não seriam capazes de disputar todas.
Nada como esperar a campanha presidencial de 2014. Por enquanto, o discurso do governo é 80% mentira e 20% malandragem.
*Fernando Gabeira é jornalista.
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Luiz Carlos Prates
Miséria Cultural (06/05/2014) – COMENTÁRIO NO SBT MEIO DIA
http://www.youtube.com/watch?v=nm25YSaOSpA
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Luiz Carlos Prates
BOCA ABERTA (07/05/2014) – COMENTÁRIO NO SBT MEIO DIA
http://www.youtube.com/watch?v=6hSPoCHm6QI
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domingo, 11 de maio de 2014
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
007 contra a “Pobre" Dilma e o "Rico" Lula?
A governança do crime organizado começa a ser combatida institucionalmente, por grandes transnacionais especializadas em inteligência empresarial. Evidentes ações de espionagem política-econômica, que deixam os petralhas e seus comparsas aloprados, tornam previsível o tsunami de escândalos contra a ineficiente e corrupta administração pública no Brasil. A temporada de divulgação de casos escabrosos, que já estava escancarada, tende a se agravar antes e durante o lançamento oficial da campanha eleitoral.
A oposição ao Palácio do Planalto fecha um importante acordo internacional que confirma a insatisfação da Oligarquia Financeira Transnacional contra o desgoverno Dilma Rousseff. Nesta segunda-feira, às 9h 30min, o ministro da Justiça do Reino Unido, Chris Grayling, lidera uma comitiva ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, para fechar uma parceria inédita “para aperfeiçoamento das políticas públicas estaduais de prevenção e combate à corrupção, transparência e governo aberto”.
O acordo será firmado no gabinete do secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional de SP, Julio Semeghini, onde estarão presentes o Corregedor-Geral da Administração do Estado de São Paulo, Gustavo Ungaro, e o Cônsul-Geral britânico
O acordo dos ingleses com o governo tucano é um péssimo agouro para o PT. Dilma Rousseff ainda não se recuperou do pau feio que tomou, dia 4 de maio, no editorial do jornal britânico Financial Times – controlado pelo grupo Pearson, que tem interesses em negócios educacionais claramente atrapalhados por manobras do desgoverno brasileiro.
O texto do artigo “Brasil´s Olympian World Cup Blues” ridicularizou a Presidenta, comparando-a seu estilo ao de trapalhões humoristas norte-americanos, famosos no começo do século 20, os irmãos Marx – que não são parentes do velho Karl Marx tão idolatrado pela pedetista eterna Dilma.
O texto do FT já começa na mais pura ironia britânica: “Pobre Dilma Rousseff. A presidente do Brasil projeta a tediosa aura de eficiência de Angela Merkel, mas fala como se fosse os irmãos Marx. O atraso nos preparativos para a Copa do Mundo já causou embaraços ao país, enquanto os da Olimpíada de 2016 são "os piores" já vistos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A economia também está
Combater corrupção não é missão fácil. Seja em governos, em empresas, ou quando ambos se combinam. Uma recente pesquisa da consultoria KPMG confirmou que “propina e corrupção” foram identificadas como as ocorrências mais comuns nos casos de investigações internacionais
A pesquisa “Investigações Internacionais
A pesquisa KPMG elencou os principais desafios para conduzir investigações internacionais. Mais de 50% dos executivos informaram que os protocolos vigentes são limitados e os recursos são insuficientes para dar prosseguimento a esse tipo de trabalho. Pelo menos 46% dos pesquisados informaram que um dos maiores obstáculos que eles encontram na condução de investigações internacionais é ter de lidar com as questões de privacidade de dados.
O sócio da KPMG no Brasil, Gerónimo Timerman, descreve as dificuldades: "Conduzir investigações internacionais não é uma tarefa simples. Adicione as complexidades das diferenças legais e culturais e você provavelmente terá um dos maiores desafios enfrentados pelas organizações globais. Devido à velocidade na qual o compliance acontece, a área que gerencia as investigações nunca está preparada o suficiente quando se trata de protocolos e procedimentos de investigação. As empresas não podem mais se basear em procedimentos e em recursos utilizados para investigações domésticas. Em vez disso, elas devem ser customizadas para atender a diferentes leis locais e para estar de acordo com diversas culturas e costumes".
Gerónimo Timerman acrescenta: “Muitos países decretaram leis que estabelecem uma prioridade alta em relação à proteção de dados pessoais, incluindo o estabelecimento de um direito legal sobre a privacidade de dados pessoais, mesmo que tais dados estejam armazenados no sistema ou no computador de um funcionário. Já com relação às diferenças culturais, aqui no Brasil, temos inúmeros exemplos. O que pode ser permitido dizer ou fazer em uma cultura pode ser considerado uma ofensa a uma pessoa de outra cultura. Você simplesmente não pode conduzir uma investigação internacional sem pessoas que conheçam as características e as complexidades de determinadas jurisdições”.
Uma coisa é consenso no mercado brasileiro. O Brasil não vai avançar se a governança do crime organizado continuar dominando o cenário político e econômico. Investidores internacionais, claramente, não querem saber mais do PT no poder. Dilma só não perde a reeleição por milagre. O inédito acordo anti-corrupção dos britânicos com o governo tucano de São Paulo é o sinal claro de um “game over” para o regime petralha. A situação deles é insustentável.
Um bom conselho para agora é fazer uma bela reforma no Palácio da Papuda. Tem muito candidato a “governar” por lá, a partir de 2015. Tudo pode ficar pior ou menos ruim para os petralhas, dependendo do jeito como pretendem largar osso do poder.
Os britânicos têm a mais eficiente espionagem do mundo, competindo com os norte-americanos e os israelenses. A turma do 007 vem com tudo pra cima. A pobre Dilma que se cuide. E o rico Lula que fique mais esperto que nunca.
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