BAlelA - ARte e cULTurA Desnamorar

"Desnamorar"
"Desnamorar" é soltar o laço
Deixando apenas um simples nó
É desfazer um longo abraço
Sentindo um alívio em ficar só
 
"Desnamorar" é desfolhar a rosa
Jogando as pétalas ao vento
Numa dança maravilhosa
Que desperta o sentimento
 
"Desnamorar" é afastar os lábios
Quando chega um olhar profundo
Entre bússolas e astrolábios
Que levam as almas para outro mundo
 
"Desnamorar" é limpar a lágrima cristalina
Com o  bilhete em que há uma poesia
Que foi escrita por uma doce menina
Numa apaixonada e inesquecível fantasia
 
"Desnamorar" é jogar uma moeda na água do chafariz
Numa promessa de esperança, fortuna e sorte
Para pensar em um dia ser muito feliz
Deixando para trás a própria morte.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

Uma Reflexão no Dia das Mães Para Todas as Empreendedoras
O Dia das Mães está chegando, por isto eu recomendo às amigas empreendedoras para que elas invistam em produtos, publicidade, ofertas e promoções para esta data. Afinal, para o comércio, o Dia das Mães é um segundo Natal.
Mas, além de fazer excelentes vendas, as empreendedoras podem aproveitar esta data para o autoconhecimento. Por exemplo: perguntar as suas mães sobre as atividades que elas já tiveram como empreendedoras quando eram jovens. Realmente, anos atrás, poucas mulheres se dedicavam ao comércio, mas muitas tinham seus dons, que às vezes ficavam ocultos. Realizem este desafio perguntando as suas mães, indagações como:
- Quando você era jovem, como eram seus passatempos?
- Quais tipos de atividades artísticas você fazia em sua mocidade?
- Você chegou a vender produtos, confeccionados pela sua própria pessoa, na adolescência?
Desta maneira, as empreendedoras devem guardar tudo o que as mães falarem. Pois isto é um exercício de autoconhecimento que ajudará, a todas, em suas futuras atividades como empreendedoras. Afinal, segundo muitos cientistas, a tendência profissional de uma pessoa é setenta por cento genética.
Após estas perguntas, as empreendedoras devem fazer outras brincadeiras com as suas mães. Por exemplo: troca de roupas. Mesmo que uma filha vista manequim quarenta e sua mãe o número cinquenta, sempre haverá uma peça que servirá e agradará as duas. Este exercício ajuda qualquer empreendedora a voltar para as suas raízes e se conectar com o seu "eu" interior formando um elo motivacional.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

Parem de Caçoar das Pessoas Que Estão com Depressão Por Causa da Crise
Passou, neste instante num canal de TV, uma reportagem sobre pessoas que entraram em depressão por causa da crise e, por isto, foram em busca de profissionais de saúde mental. O problema é que algumas criaturas passaram a debochar da dor destes seres humanos e ainda vieram com a famosa frase:
" – Enquanto, você está chorando, milhares de pessoas doentes, de verdade, estão lutando pela vida nos hospitais."
Sinceramente, nunca vi uma oração tão hipócrita e debochada quanto esta acima.
Para estes seres tão críticos, o que seria uma pessoa doente de verdade?
Será que estas criaturas não sabem que depressão, também, é uma enfermidade e que pode causar doenças físicas?
Em 1929, durante a crise mundial, várias pessoas se suicidaram. As autópsias comprovaram, que muitas delas tinham doenças graves como Câncer, por exemplo, mas não sabiam. Situação semelhante ocorreu durante o confisco da Economia durante o governo Collor: suicídios de pessoas que perderam tudo e precisavam de ajuda espiritual. Porém, só encontraram críticas hostis.
Precisamos lembrar que há pessoas com doenças físicas, que possuem apoios fundamentais como: uma família estruturada, um bom salário, moradia garantida, amigos presentes, etc. Porém, há seres humanos com depressão que muitas vezes não tem nada disto. Pois moram com parentes hostis, não recebem salário, não tem uma moradia segura , convivem com a solidão moral constantemente, fatores que podem provocar tristeza e desgosto pela vida. Sem falar que muitos depressivos tem doenças físicas horríveis e, muitas vezes, nem tem consciência disto.
Portanto, não comparem uma dor com a outra. Pois cada ser humano é único e singular, podendo reagir de formas diferentes em diversas situações.
Vocês não são obrigados a estender a mão a quem não desejam. Porém, respeito é fundamental.
Portanto, se você está em depressão, por causa da crise, ou conhece alguém nesta situação. Por favor, entre em contato comigo, que darei meu apoio espiritual. Afinal, sou a escritora Luciana do Rocio, tenho mais de dez anos de experiência trabalhando no comércio de Curitiba e muitas histórias edificantes para contar.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda do Carneiro Sobrenatural da Vila São Paulo

Lenda do Carneiro Sobrenatural da Vila São Paulo
Reza a lenda que o local onde é, hoje, a Vila São Paulo localizada no bairro Uberaba na cidade de Curitiba, era uma fazenda na época do Brasil-Colônia. Lá moravam a família do proprietário e seus empregados. Entre estes serviçais existia um menino chamado Pedro, que sonhava em ser padre, tinha como santo preferido São Paulo e sonhava em ter um carneiro por causa desta parte da missa:
" - Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo..."
Toda a vez que Pedro escutava esta frase, ele imaginava um carneiro com asas.
Um certo dia, este garoto foi para a capela do sítio e orou:
- São Paulo, amanhã é meu aniversário e o meu sonho é ganhar um anjo em forma de cordeiro.
Na madrugada seguinte, Pedro escutou da janela do seu quarto, o seguinte barulho:
- Mé!
- Mé!
- Mé!
Quando o menino abriu a porta, viu que era um filhote de carneiro, ficou feliz e agradeceu ao santo.
Tempos depois, a geada negra matou quase tudo e o Brasil passou a enfrentar uma séria crise financeira. Sem opções de alimentos Zélia, a mãe de Pedro, resolveu cozinhar o carneiro e fazer um cobertor de lã sem que o filho descobrisse. Quando o garoto voltou da roça, viu o corpo de seu animal de estimação na mesa da cozinha, se assustou e foi chorar no seu quarto.
Naquela noite fria, Zélia cobriu o menino com o cobertor de cordeiro, que voltou à vida e abraçou o seu amigo. Deste jeito, o garoto abriu os olhos e ficou feliz com o seu aninal de volta. Porém, sempre quando chegava as seis da manhã o cordeiro voltava a ser cobertor.
Mas, nas noites quentes de Lua Cheia, este cobertor virava um carneiro e corria pela fazenda.
Reza a lenda que este sítio virou a Vila São Paulo, a antiga capela transformou-se numa igreja chamada São Paulo Apóstolo e o fantasma do carneiro anda pelo bairro até hoje. Por isto, é possível escutar, nesta vila, nas noites de Lua Cheia, o seguinte barulho:
- Mé !
- Mé !
- Mé!
Luciana do Rocio Mallon.
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda da Cigana da Semeadura

Lenda da Cigana da Semeadura
Na Idade Antiga, existia uma cigana chamada Elísia. Um certo dia, ela sonhou com Santa Sara que disse-lhe:
- Sua missão é tornar-se a cigana da semeadura jogando sementes através da dança com sua saia de babado, no solo dos agricultores que merecem. Mas para saber quem merece esta dádiva faça o seguinte:
- Quando avistar uma plantação com problemas, vista-se de mendiga. Então bata na porta dos proprietários deste lugar e peça uma esmola. Se os donos derem uma prenda, é sinal de que merecem uma nova semeadura. Porém se não derem, significa que eles não merecem esta sua ajuda.
A partir deste dia, Elísia seguiu os conselhos da santa. Toda a vez que lhe davam uma esmola, a garota pegava sementes, colocava nos babados da sua saia e dançava espalhando estes grãos no solo, que cresciam com toda a força e traziam prosperidade aos locais.
O tempo passou e esta cigana faleceu. Quando chegou ao céu, São Pedro falou:
- Seu espírito terá uma nova missão na Terra:                      
- Você reencarnará no futuro. Assim quando avistar pessoas, da cidade, que precisem de ajuda, se vista de esfarrapada e peça esmolas a elas. Se estas criaturas derem prendas a você, será sinal que você deverá ajuda-las. Esta será sua missão por toda a eternidade.
Deste jeito, Elísia voltou ao mundo.
Antônio, um amigo meu que era descendente de ciganos, sabia desta lenda. Nos anos noventa, ele trabalhava numa loja de materiais de construção no bairro Uberaba, na cidade de Curitiba. Um certo dia, uma mendiga chegou no balcão e disse-lhe:
- Moço, tem alguma coisa para dar?
Antônio deu a sua marmita, repleta de comida, e depois disse a saudação cigana:
- Optchá!
A jovem respondeu:
- Optchá!
- Aposto que você já sabe quem eu sou.
No final do dia, o rapaz foi promovido à gerente e ganhou um jantar gratuito numa promoção de uma rádio.
Reza a lenda que até hoje a cigana Elísia se disfarça de mendiga para pedir esmolas. Deste jeito quem dá coisas para esta moça, acaba recebendo uma boa surpresa no final do dia.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda do Orfanato do Jardim Centauro

Lenda do Orfanato do Jardim Centauro
Reza a lenda que no século dezenove, onde hoje é um conjunto habitacional chamado Jardim Centauro localizado no bairro Uberaba na cidade de Curitiba, existia um orfanato comandado por imigrantes que plantavam uvas no local. Dizem que as crianças também trabalhavam com este tipo de agricultura e que os donos do abrigo esconderam potes de ouro naquela região.
Em 1979, quando eu tinha cinco anos de idade, eu morava no Jardim Centauro e não sabia destas lendas. Uma vez pedreiros foram mexer no solo da minha casa, para uma reforma, e acharam brinquedos enterrados, que eram cavalinhos de madeira. Deste jeito, peguei estes bonecos para brincar.
Naquele mesmo ano, do meu aniversário estava se aproximando e minha mãe foi comigo a uma cabeleireira, que tinha salão de beleza na Avenida Salgado Filho, para cortar o meu cabelo estilo surfista, o corte da moda. Desta maneira as duas começaram a prosear. No meio da conversa a cabeleireira disse:
- Vocês estão morando no Jardim Centauro, né?!
- Sabiam que este conjunto é misterioso, pois antigamente tinha um orfanato lá e as crianças eram maltratadas nas plantações de uva?!
- Dizem que tem até moedas de ouro enterradas debaixo das casas.
Logo eu e minha mãe ficamos assustadas.
Finalmente, chegou o dia do aniversário e várias crianças foram convidadas. De repente, entrou na festa uma menina com laços no cabelo e vestido rodado de cetim. Desta maneira, perguntei:
- Qual é o seu nome?
A menina respondeu:
- Gertrudes.
Assim indaguei:
- Você mora no bairro?
A garota respondeu:
- Moro aqui, mesmo.
Deste jeito, perguntei:
- Quantos anos você tem?
A criança disse:
- Mais de cem.
Depois deste diálogo levei Gertrudes para brincar com os outros convidados. Ela se divertiu normalmente. Mas ela sumiu, sem deixar rastros, no final da festa. Portanto, naquele instante, achei que ela era apenas uma "penetra". Já que ninguém da minha família conhecia esta pessoa.
No final do ano, voltei ao salão de beleza, contei à cabeleireira sobre este fato misterioso e ela falou que Gertrudes poderia ser um dos fantasmas do orfanato.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

Entrevista Sobre a Personagem Ace de Leve com a Jornalista Cida Silva

Cida Silva: - A personagem Ace de Leve, criada pela escritora Luciana do Rocio Mallon, está gerando curiosidade nas redes sociais. Por isto, decidimos entrevista-la.
- Luciana, quem seria Ace de Leve?
Luciana: - Ace de Leve é uma princesa assexual, orientação de quem não sente atração carnal, que dá conselhos para outras personagens.
Cida Silva:  - Por que o nome desta personagem é Ace de Leve?
Luciana  : - Porque ace é um apelido carinhoso para assexual. Eu, também, escolhi o adjetivo "leve" porque a personagem usa muito o senso de humor de uma forma suave.
Cida Silva: - Por que você escolheu fazer paródias com contos de fada?
Luciana  : - Na verdade, eu uso uma técnica chamada intertextualidade que é quando um texto faz paródia com um outro texto original. Através de pesquisas, notei que pessoas de todas as classes sociais tem interesse por obras que usam fábulas tradicionais para mostrar novas ideias.
Tags: Luciana do Rocio Mallon
 
 

Lenda do Fantasma do Cachorro do Jardim Centauro e o Maníaco do Carreirinho
Nos anos setenta, num bairro chamado Uberaba em Curitiba, havia um idoso catador de carrinho de papel apelidado de Bento que tinha um cachorro branco e grande.
Reza a lenda que este ancião tinha poderes sobrenaturais e seu cão também. Apesar destes boatos, ele vivia catando papel pelo bairro inteiro, principalmente, no conjunto Jardim Centauro.
Quando ele estava sem o seu carrinho de madeira, este velhinho costumava entrar por um "carreirinho", um tipo de corredor aberto entre muros de uma rua aparentemente sem saída, que tinha numa das ruas do conjunto Jardim Centauro e que dava passagem para a rua da mercearia do Seu Jair.
Na época, eu morria de medo de passar por este "carreirinho", pois existia a lenda de um tarado que perseguia as meninas que entravam lá dentro e abusava delas.
Um dia Bento faleceu e como ele não tinha família seu cachorro começou a rondar pelo bairro.
Numa madrugada, o cão passou pelo "carreirinho" e foi esquartejado lá dentro. Então surgiu um boato que foi o famoso tarado do "carreirinho" que matou o cachorro por pura maldade.
A partir daquele dia, alguns amigos que moravam naquele local, passaram a ver um clarão e uivos de cachorro vindos de dentro do "carreirinho". Porém, quando entravam lá dentro, estes fenômenos desapareciam misteriosamente.
Uma certa noite, uma cabeleireira apelidada de Dominique, entrou naquele "carreirinho" para cortar caminho. De repente, um homem pulou em cima desta moça e começou a sufoca-la. Naquele mesmo segundo, surgiu um cachorro branco, todo iluminado. Assim o bicho mordeu o marginal, que saiu correndo.
Reza a lenda que até hoje o espírito do cachorro branco protege as pessoas que passam pelo local.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Você Já Está Ficando Mocinha

Você Já Está Ficando Mocinha
 
Quando diziam para mim
Com um semblante ruim:
"- Você está virando mocinha, agora..."
Eu ficava com vontade de ir embora
 
Pois eu sentia uma pressão no peito
Como se eu fosse perder a liberdade
E qualquer momento perfeito
Em nome da triste vaidade!
 
Quando falavam para mim:
" - Você está virando mocinha, se comporte !"
Meu rosto inteiro ficava carmim
De vergonha e medo da morte
Como se não tivesse nenhum fim
Toda esta grande falta de sorte!
 
Quando falavam para mim:
"- Você já é mocinha, tenha modos!"
Eu sentia algo triste e ruim
Pois sentia que logo usaria "Modess"
 
Quando falavam assim:
"- Você está virando mocinha, tenha paciência!"
Eu sentia quebrar, a minha asa de cetim       
Pois estava acabando toda a minha inocência!
 
Quando falavam para a minha pessoa:
"-Você está virando mocinha, precisa se arrumar!"
Eu ficava com medo de ser fútil e à toa
E uma lágrima escorria e se evaporava pelo ar.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 

Lenda da Moça da Linha do Trem do Bairro Uberaba
Reza a lenda, que no século dezenove, no México, existia uma moça com poderes sobrenaturais chamada Lupita que gostava de vestir vermelho, orar pelas pessoas e passear pela linha do trem. Apesar de ser humilde, sua família era muito rica.
Um certo dia, os pais de Lupita, obrigaram esta donzela a se casar com o filho de um comerciante, que estava falido. Mas ninguém sabia deste detalhe. Alguns dias depois o marido desta jovem, amarrou a pobre na linha do trem e ela morreu atropelada. Quando a moça chegou ao céu, São Pedro disse:
- Seu espírito voltará para a Terra com a intenção de proteger as pessoas na linha do trem. Porém, para isto, você chamará para a mesma missão, outras meninas que foram mortas em trilhos. Assim você será conhecida como a Moça da Linha do Trem.
Deste jeito, a alma de Lupita voltou ao mundo, chamando mais almas de mulheres que foram vítimas de trens para protegerem os trilhos.
No final dos anos 70, havia uma mística chamada Dodô. Esta moça foi morar num conjunto habitacional chamado Jardim Centauro, no bairro Uberaba, da cidade de Curitiba. Como sua entidade preferida era a Moça da Linha do Trem, Dodô saiu em busca destes trilhos e logo encontrou uma linha do trem atrás do conjunto habitacional. Depois ela levou flores, perfumes e velas para colocar nestes trilhos. Naquele instante o espírito de Lupita apareceu:
- Obrigada pelos presentes!
- Pois preciso destas prendas para proteger as pessoas que passam por aqui. Toda a entidade de linha do trem precisa de presente. Pois se não ganhar agrados, ela some e deixa de proteger as pessoas que passam pelo local.
- Tenho uma revelação: daqui a pouco teria uma substituta aqui.
Naquela mesma época, morava no bairro Uberaba, uma menina chamada Mara que vivia apanhando do seu padrasto. Um certo dia, ela estava fugindo deste homem. Quando, de repente, passou pelos trilhos e o trem pegou a pobre, que acabou falecendo. No mesmo instante Lupita falou para Mara que ela iria substitui-la. Mas a sua força, para proteger as pessoas que passam pela linha, viria das oferendas que as pessoas deixassem na linha do trem.
Durante muito tempo Dodô colocava prendas para Mara, a nova entidade da linha do trem do Uberaba.
Um certo dia Rodrigo, um morador do Jardim Centauro, estava brincando sozinho na linha do trem , quando de repente , ouviu uma voz : 
- Boa – tarde ! 
- Meu nome é Mara ! 
- Quer brincar , comigo ? 
Então , o garoto olhou para trás e viu uma garota morena vestida de vermelho . Assim , ele respondeu : 
- Sim , quero brincar ! 
Deste jeito , os dois começaram a brincar de pega - pega em cima da linha do trem . 
Quando , de repente , soou um apito e a menina falou : 
- O trem está vindo ! 
- Saia rápido da linha , para não morrer como eu morri ! 
Desta maneira , Pedrinho saltou para fora da linha . Mas , ele notou que Mara continuou parada e que o trem passou por cima dela . 
Quando o trem acabou de passar , o garoto foi ver se os pedaços do corpo da menina estavam largados na linha e ele não achou nada . 
Porém , ele escutou uma voz : 
- Estou aqui ! 
Ele olhou para trás e viu que a menina estava inteira . Mas , naquele mesmo momento , ela sumiu da sua frente . 
Dona Maria, outra moradora do Jardim Centauro, tinha problemas auditivos e sempre costuma passar nesta linha do trem . 
Um certo dia , ela estava carregando compras pesadas em cima desta linha , quando de repente , alguém a empurrou para fora dos trilhos e esta senhora acabou caindo . 
Assim , ela olhou para frente e viu uma menina morena vestida de vermelho . 
Deste jeito , ela xingou a garota : 
- Sua mal – educada ! 
- Por que me empurrou ?! 
Mas , após falar isto , esta senhora , viu um trem passando em alta velocidade . 
Desta maneira , ela se desculpou : 
- Desculpe ! 
- Agora entendi , que você me empurrou para fora da linha , para me salvar . 
Após falar isto , a garota desapareceu na frente desta senhora . O problema é que em 2006,  a paranormal Dodô faleceu e Mara, a nova moça da linha do trem deixou de receber presentes. Por isto, a partir daquele ano, acidentes e assassinatos começaram a ocorrer, de forma contínua, naquela linha do trem. Reza a lenda que se alguém voltar a colocar oferendas nos trilhos, os assassinatos e acidentes tendem a cessar.
Luciana do Rocio Mallon
                                                                                                     
 
 
 

A Raposa Empreendedora e o Príncipe Safado

A Raposa e o Pequeno Príncipe viviam felizes, um cativando o outro, na Lua. Lá eles cuidavam de uma rosa mágica dentro de um pote de vidro. Porém, uma vez, marcianas com corpos de dançarinas de funk pousaram lá e levaram o Pequeno Príncipe para as baladas da vida. Assim o tempo passou e o rapaz não apareceu mais.
Já, a Raposa, cansada de tanto dormir por causa da depressão, resolveu agir. De repente, ela pensou:
- Eu só tenho uma rosa dentro de um vidro. Por isto, bem que eu poderia ir para a Terra com a intenção de vender mais flores mágicas dentro de caixas transparentes.
Então, foi isto que a Raposa fez. Ela voltou ao mundo, fez cursos sobre plantação de flores e de como fazer vidros com materiais recicláveis. Deste jeito, com as sementes mágicas da rosa e todo o seu novo conhecimento, esta criatura passou a vender flores sobrenaturais dentro de caixas transparentes. Desta maneira, seu negócio deu tão certo que ela abriu várias lojas.
Quanto ao Pequeno Príncipe, as lindas marcianas afanaram todo o seu dinheiro e ele acabou pedindo esmola perto de lugares públicos.
Luciana do Rocio Mallon

 
 
 
 

Lenda da Menina do Piano do Uberaba
Nos anos 70, num bairro chamado Uberaba localizado na cidade de Curitiba, havia uma comunidade protestante cristã que ficava atrás do conjunto habitacional chamado Jardim Centauro. As famílias destes religiosos costumavam dar aulas de Música para todas as pessoas deste bairro. Nesta comunidade havia uma menina que tinha o apelido de Laço de Fita, pois ela sempre usava laços em suas roupas e nos seus cabelos. Ela era loira, com os olhos claros e costumava tirar músicas ao piano de ouvido. Por isto seu passatempo era a Música e sempre que podia tocava o piano que existia, dentro da capela, desta comunidade religiosa.
Um certo dia, Laço de Fita estava tocando piano no templo. Quando, de repente, desmaiou e sua cabeça caiu no teclado. De repente, sua vizinha entrou, tocou na garota e percebeu que ela estava morta.
Dona Cida, morava no Jardim Centauro, e sempre que podia parava em frente àquela comunidade protestante para escutar o som do piano que vinha da capela. Um certo dia, ela ficou curiosa em saber quem tocava tão bem o instrumento. Deste jeito, ela entrou no templo e viu uma criança tocando. No final da música, a senhora aplaudiu e disse:
- Você toca muito bem!
- Parabéns!
- Qual é o seu nome?
A pequena disse:
- Laço de Fita!
Então, a mulher olhou para sua sacola, pegou um bombom e afirmou:
- Este chocolate é para você.
Mas, quando olhou à frente, a menina não estava mais naquele local.
Assim ela saiu da capela, viu uma moça e perguntou:
- Jovem, por acaso, você viu uma menina chamada Laço de Fita que estava tocando piano há uns cinco minutos aqui?
A moça respondeu:
- Eu conheci uma criança com este apelido, porém faz um mês que ela faleceu.
Viviane também morava no Jardim Centauro e estudava piano com uma professora, nesta mesma comunidade religiosa. Um certo dia, ela estava triste porque não conseguia acertar as lições de Música. Desta maneira, Vivi entrou na capela e começou a chorar. De repente surgiu uma menina que perguntou:
- Por que está chorando?
A jovem respondeu:
- Porque não consigo aprender piano.
A garota comentou:
- Meu nome é Laço de Fita e quero ser sua amiga.
- Por favor, sente-se ao piano deste templo, mostre-me as partituras porque talvez eu possa ensina-la.
Deste jeito, a garota ensinou as lições para Vivi, que chegou a sua aula de piano executando todas as partituras perfeitamente. Depois da aula a moça viu um retrato na mesa de sua professora e comentou:
- Esta menina da foto me ajudou nas tarefas de Música, na capela, hoje.
Porém, a professora falou:
- Isto é impossível porque esta criança já faleceu.
Reza a lenda que Laço de Fita até hoje toca piano na capela, desta comunidade religiosa, localizada no bairro Uberaba.
Luciana do Rocio Mallon