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domingo, 29 de junho de 2014
Lenda da Índia da Escola do CIC
Na época do Brasil-Colônia, onde hoje é um bairro chamado Cidade Industrial, mais conhecido como CIC, na cidade de Curitiba, havia uma aldeia de índios. Lá existia uma linda índia chamada Jurema. Um certo dia um caixeiro-viajante, que passava pelo local, viu a nativa, seduziu a pobre e continuou o seu caminho.
Alguns meses depois a jovem descobriu que estava grávida do branco e caiu em depressão. Deste jeito, seu pai que era o pajé da tribo realizou um ritual e disse:
- Este homem que engravidou você sofrerá pela sua pessoa em outras vidas.
Após dar a luz a uma linda menina, Jurema morreu no parto.
O tempo passou, aquela aldeia desapareceu e no lugar dela foi erguido um bairro chamado Cidade Industrial. Em 2010 Luísa, uma linda menina descendente de Jurema, brincava pela região e freqüentava o maior colégio do bairro. O problema é que esta garota tinha constantes pesadelos estranhos: ela sonhava que era uma índia que foi abandonada grávida e acordava, no meio da noite, chorando. Outro fator preocupante era seu vizinho Ricardo, um menino que era apaixonado por Luísa. Pois vivia mandando bilhetes inoportunos e passando trotes telefônicos para esta pretendente.
O passatempo desta adolescente era confeccionar artesanato indígena, inclusive arco e flecha que funcionavam de verdade. Naquele mesmo ano, a professora de Língua Portuguesa resolveu adaptar o livro Iracema do escritor José de Alencar para o teatro da escola. Desta maneira, a mestra escolheu Luísa para fazer o papel da protagonista, devido aos seus traços indígenas e ao seu passatempo.
Na hora da apresentação Oscar, um ex-estudante daquela escola, apaixonou-se pela índia. Mas não teve coragem de se declarar naquele instante. Afinal, Luísa tinha apenas 13 anos na época.
Em 2013 Oscar passou a trazer e a buscar da escola Lívia, sua irmã, e sempre ficava admirando Luísa. Até que um dia ele tomou coragem, se declarou e os dois passaram a namorar. Porém, Ricardo descobriu tudo e passou a cometer troques telefônicos e mensagens eletrônicas ameaçando seu rival, onde dizia que se o romance continuasse ele mataria os dois.
Numa ensolarada manhã de outubro daquele mesmo ano, no final da aula, Luísa encontrou-se com Oscar e deram as mãos em frente ao colégio. Porém, de repente, Ricardo apareceu armado. Primeiro, ele atirou em Oscar nas costas e depois deu dois tiros na cabeça de Luísa. Os professores chamaram ambulâncias. O rapaz ficou bastante tempo internado. Mas, a moça morreu dois dias depois.
Luísa chegou ao limbo vestida com roupas indígenas e viu um pajé que falou:
- Bem vinda, minha filha Jurema!
A garota comentou:
- Meu nome é Luísa.
O índio explicou e mostrou-lhe um espelho onde apareceu sua antiga reencarnação:
- Você já foi uma índia chamada Jurema, que foi abandonada por um homem branco. Depois você reencarnou como Luísa e o cara-pálida renasceu como Oscar.
A jovem gritou:
- Isto não pode ser verdade!
- Minha alma voltará para a Terra!
Como Luísa amava a escola, seu espírito passou a freqüentar aquele lugar. Então crianças pequenas passaram a ver um fantasma da adolescente fantasiada de índia que, às vezes, brincava com elas.
Porém, este espírito gostava mesmo de ficar ao lado de Oscar. Pois o que era amor na vida material desta moça, virou obsessão depois da sua morte. Afinal Luísa tinha virado um espírito sugador de energia. Com o passar dos dias Oscar recuperou a sua saúde física, mas ficou atormentado mentalmente porque passou a ter: crises de depressão, tentativas de suicídio e pesadelos com sua ex-namorada vestida de índia. No seu perfil nas redes sociais, ainda constava o status de: "um relacionamento sério com Luísa." Sílvia, a mãe do rapaz, desesperada passou a levar o filho para vários especialistas como: psicólogos, psiquiatras e terapeutas. Mas, nada adiantou.
Um certo dia esta senhora foi a um evento no Bosque São Cristóvão, num bairro chamado Santa Felicidade. Quando, de repente, uma idosa vestida de preto encostou em seu ombro e disse-lhe:
- Eu sei que você tem problemas com o seu filho e conheço muito bem a razão.
A mulher exclamou:
- Quem é você?!
- Como sabe disto?!
A anciã explicou:
- Sou uma strega, uma espécie de maga descendente de italianos. O seu filho está sofrendo por causa do encosto da alma da falecida namorada dele. Pegue este meu cartão de visitas, traga seu filho no endereço que consta nele que um ritual será feito.
Sílvia pegou o cartão e no dia seguinte foi até o local onde a maga realizava trabalhos espirituais. Lá, a "curandeira" fez o famoso exorcismo romano. No dia seguinte, a parte psicológica do rapaz passou a melhorar. Pois ele: se alimentou corretamente, tirou o "status" de relacionamento sério com Luísa das redes sociais e foi para uma balada.
Porém o espírito da garota continuava freqüentando o colégio. Um certo dia ela resolveu seguir uma estudante porque pressentiu que algo de ruim poderia acontecer a ela. A colegial cortou caminho dentro de um bosque. Assim, Luísa viu que um homem, atrás do carvalho, tinha uma arma apontada para a estudante. Deste jeito, a índia lançou uma flecha no punho do marginal, que gritou:
- Ai!
- Uma flecha indígena!
- Como é possível?!
- Se não existem tribos nesta região?!
Reza a lenda que a alma de Luísa não perturba mais Oscar. Porém, seu fantasma protege e defende as crianças daquela escola.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Dia de Catraca Livre em Curitiba
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sábado, 28 de junho de 2014
Dia de Catraca Livre em Curitiba
Dia 26 de junho, um dia de inverno
Entre a geada fria e leve neve
De um jeito quase fraterno
Cobradores entraram em greve!
Este dia no transporte coletivo
Ficou com uma pitada de magia
Com um movimento rotativo
Que inspirou esta poesia!
Os cobradores, nobres trabalhadores,
Não querem sentir mais tantas dores!
Eles desejam agasalhos em dias frios
Para evitar resfriados e arrepios!
Eles querem que o motorista
Apenas tenha a função de dirigir
Pois com dupla função ele é mais do que artista
Porque não tem segurança ao conduzir!
Curitiba teve um dia de livre catraca
Onde por cima passou todo mundo
De princesa ao MC Catra
E até um sentimento profundo!
Até as almas dos cemitérios
Andaram em muitos coletivos
A catraca livre tem seus mistérios
Que intriga até mesmo os vivos!
Dia 26 de junho, um dia de inverno
Entre a geada fria e leve neve
De um jeito quase fraterno
Cobradores entraram em greve.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Quando Frida Kahlo Pinta
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sexta-feira, 27 de junho de 2014
Quando Frida Kahlo Pinta
Quando Frida Kahlo pinta
A magia toma conta da tinta!
Quando Frida Kahlo pega um pincel
Um pássaro sobrevoa todo o céu!
Quando Frida de forma singela
Faz um auto-retrato na tela
Tudo ao seu redor vira poesia
A realidade abraça a fantasia!
Nos seus cabelos tem flores
Lírios, rosas e margaridas
Que perfumam os amores
Curando todas as feridas!
Quando Frida está na floresta
Sua obra transforma-se em festa!
Um gato negro e selvagem
Fica em seu ombro direito
Enfeitando a paisagem
Num ambiente perfeito
Um macaco delicado e pequeno
Acaricia o seu ombro esquerdo
De um jeito meigo e sereno
Com uma luz de apego!
Frida brinca com maritacas e araras
Pois estas aves são eternas jóias raras!
Quando Frida fica doente
Desenha a cama voadora
Assim, caminha ao céu inocente
Com seu doce sonho de pintora!
Ela pinta a árvore da esperança
Com fé, coragem e ternura
A vontade sempre avança
Num quadro além da moldura!
Quando Frida se divide em duas
Ela tem dois corações e duas luas!
Quando Frida Kahlo pinta
A magia toma conta da tinta.
Luciana do Rocio Mallon
Orientações em TCC, teses, dissertações, resenhas, resumos, artigos, projetos, digitação, formatação, correções ortográficas, avaliações, traduções, em trabalhos acadêmicos.
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BAlelA - ARte e cULTurA Lenda de Mônica e a Fonte da Saudade
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quinta-feira, 26 de junho de 2014
Lenda de Mônica e a Fonte da Saudade
No Rio de Janeiro existe uma rua chamada Fonte da Saudade. Reza a lenda que na época do Brasil-Colônia, aquele local era um sítio, onde trabalhava uma menina loira chamada Marilda, que era uma espécie de beata. Pois, rezava para os doentes.
Um certo dia, Marilda caminhava neste lugar, onde hoje é a Rua da Fonte da Saudade. Mas, de repente, um maníaco matou a menina e enterrou seu corpo lá. No mesmo instante nasceu uma fonte no mesmo local onde a garota foi escondida. Assim, surgiu a lenda da Fonte da Saudade. Anos depois ela secou, porém aquele lugar recebeu o nome de Rua da Fonte da Saudade, onde vários prédios foram construídos. Também há uma outra lenda que diz que as lavadeiras portuguesas choravam de saudades de Portugal naquela região. Então as lágrimas delas viraram uma fonte mágica que recebeu o nome de Fonte da Saudade. No meio daqueles lamentos e fados, uma das lavadeiras sempre dizia:
- Amo tanto este lugar, que na outra reencarnação quero morrer aqui, voando como um pássaro.
Séculos se passaram e, aquele local virou uma grande rua, onde vários prédios foram construídos, sendo que um edifício chamado Nobre tornou-se o mais famoso.
Em 1985, houve um causo misterioso nesta rua batizada de Fonte da Saudade. Uma jovem chamada Mônica foi ao apartamento do seu namorado, no prédio Nobre, mas ele tentou forçar a barra com a pobre. Então, como o quarto estava trancado, a garota ficou assustada, foi para a sacada e tentou pular de apartamento. Porém, no meio da tentativa, a adolescente caiu e seu corpo se esborrachou no parquinho do prédio. Quando o namorado percebeu o que tinha acontecido, ficou desesperado e chamou seus amigos para esconder o corpo num bosque.
Como não existe crime perfeito, o corpo da garota foi achado depois.
Reza a lenda que antes de Mônica morrer, moradores do edifício Nobre, viam o fantasma de uma menina loira de branco que diziam ser o fantasma de Marilda. Depois da morte de Mônica, que tinha a pele escura, algumas pessoas passaram a ver o espírito de uma morena vestida de cor-de-rosa. Já, outras criaturas passaram a ver duas almas juntas: uma menina loira e outra garota morena. Diz o mito que, também, é possível escutar, nas noites de Lua Cheia, os fados e as canções de lamúria das almas das lavadeiras portuguesas na Rua Fonte da Saudade.
Luciana do Rocio Mallon
Músicas Que Suarez Gravará
Reza a lenda que depois da mordida que o jogador Suarez deu no seu adversário italiano, ele gravará paródias, vamos ver as letras abaixo:
Mordida Com M
Se der rasteira, o juiz cobra
Se empurrar, a bola sobra
Se chutar, a fera come
Se morder, o bicho some!
Porque eu dou uma mordida
Pego e deixo sangrenta ferida
Em mais de uma partida
A marca não fica escondida
Se chutar, o bicho pega
Se morder, o bicho some
Mordida ninguém come
Eu sou é homem e como sou.
De Quem é Este Atacante?
Contarei para vocês a história de um jogador
Que num chute e na força de um suspiro
Por falta de consciência e amor
Transforma-se num vampiro!
Bem, na primeira vez
Mordeu um jogador holandês!
Na segunda, ele cometeu a mesma proeza
E foi expulso pela Liga Inglesa
Agora, na Copa do Mundo
Debaixo de nenhum pano
De um jeito agressivo e imundo
Ele mordeu um italiano!
De quem é este atacante
Parecendo um vampiro ambulante?
Ele quer me morder com seus dentes afiados
Deixando os jogadores muito machucados
De quem é este atacante?
De quem é este atacante?
Ele quer me morder.
Luciana do Rocio Mallon
Jogador Suarez e os Pitt Bulls na Copa
Ontem, uma amiga fez o seguinte comentário:
- Tia Lu, tenho três cachorros da raça Pit Bull em casa. Mas em dois dias dos jogos do Brasil, nesta Copa do Mundo, fui comemorar no bar. Porém quando voltei ladrões tinham entrado em minha casa e os cães estavam sossegados.
- O que devo fazer?
Respondi assim:
-Colega, o negócio é contratar o jogador uruguaio Suarez, pois este late e morde. Pior: não é a primeira vez que ele faz isto.
- Pois, é a oposição soltou tanto os cachorros na Copa que deu até Pit Bulls, o primeiro foi o cantor que bailou com a Cláudia e a Jeniffer, já, o outro foi o Suarez.
- Inclusive surgiu a lenda de que Suarez gravará um CD com a regravação dos seguintes sucessos:
Mordida de Amor;
A Mordida;
Se Você Chutar, Eu Mordo;
Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Morde;
O Jegue Quer Me Morder e
Doce Vampiro.
Luciana do Rocio Mallon
Tocha do Prazer
Há um pedaço de madeira
Que não quer ficar apagado
Pois, ele tem alma verdadeira
Sem deixar a paixão de lado!
Quando estou no perigoso escuro
Precisando de uma estrela- guia
Ele quer deixar de ser obscuro
Para me tirar desta agonia!
Então, de solidão, eu me queixo
Por isto, este pedaço de madeira
Procura o fogo ardente do desejo
Na chama de uma bela fogueira
Esta tocha luminosa e quente
Ilumina a minha estrada
Com esta luz na minha frente
Não preciso de mais nada!
O imenso e severo frio
Causa tremor com arrepio
No meu suado corpo em cio
Perto do rio gelado e vazio
Mas, a tocha cheia de luz
De um jeito leve, me seduz
Então, ela aquece a minha pele
Esperando que o segredo se revele!
A tocha acaricia minha cútis de marfim
Penetrando devagar dentro de mim...
Até na parte mais macia do que o cetim,
Que exala um perfume de jasmim!
O problema é que, dentro de mim, existe um mar
Que a iluminada tocha pode apagar!
Mas, esta tocha fraterna e terna
Confessou que é eterna!
Ela me faz chegar ao infinito
Através do grito aflito!
Ela é a tocha do prazer
Que surge só para me aquecer
No mais gelado amanhecer.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Ação Intelectual X Atividade Física
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sábado, 21 de junho de 2014
Ação Intelectual X Atividade Física
Como sou aspirante à escritora, recebo mensagens "in box" todos os dias, umas são delicadas e algumas são agressivas. Estes dias conversei com um homem que acha que mulheres dedicadas à alguma atividade intelectual não podem cuidar do corpo. O debate foi mais, ou, menos assim:
- Lu, até que você não escreve mal. O problema é que você também faz aulas de dança e mulheres que praticam alguma atividade intelectual não deveriam freqüentar academias. Pois, a atividade física torna as escritoras arrogantes, fúteis e com a cabeça vazia.
Logo respondi:
- Estimado amigo, eu faço aulas de dança não para ter um corpo bonito. Mas para corrigir os meus transtornos de coordenação motora e para consertar os meus problemas da coluna que são: lordose, cifose e escoliose. Aliás, foram médicos que me aconselharam a fazer balé. Portanto, no meu caso, é uma questão de saúde. Aposto que você deve ser do tipo de homem que é guiado pelos esteriótipos impostos pela sociedade. Por exemplo: achar que toda a escritora usa óculos, se veste mal e está fora do peso. Poxa, na realidade, a vida não funciona deste jeito. Acredito, também, que você também nunca escutou o famoso ditado grego: "Mens Sana in Corpore Sano", que significa mente sã em corpo sã. Na Grécia Antiga a Filosofia era tão importante quanto a Educação Física. Pois, não adianta a pessoa ser um gênio nas atividades intelectuais se o seu corpo é doente. Afinal, nossa mente depende do corpo. Neste caso comida saudável e exercícios físicos ajudam no funcionamento do cérebro. Portanto, não confunda uma patricinha que fica seis horas, por dia, numa academia com uma menina que gosta de Arte e faz aulas de dança para melhorar a saúde.
Depois desta resposta o respeitável colega, simplesmente, sumiu.
Luciana do Rocio Mallon
Diferenças Entre Gratidão e Reconhecimento
Numa misteriosa tarde de Sol
No meio da plantação de girassol
Surgiu uma doce criança
Balançando a sua trança
Com a força da brisa e do vento
Que perguntou-me ao relento:
Qual é a diferença entre gratidão e sentimento?
Beijando uma suave flor
Com o desejo do colibri
Através da alma com amor
Deste jeito, eu respondi:
Gratidão é o sentimento
Da troca cheia de ternura
Porque um dia você esteve ao relento,
Quase cometendo uma loucura
Mas, recebeu uma ajuda cheia de doçura!
Gratidão é o desejo de agradecer,
Mesmo que seja ao alvorecer,
À pessoa que lhe estendeu as mãos macias
Para livrar seu espírito de mil agonias!
Gratidão é uma dívida de amor
Que se paga com a moeda do favor
Mas, que nunca deve ser cobrada com horror
Porque ela é questão de honor!
Só quem tem caráter sabe agradecer
Descobrindo que existe prazer
Na gratidão de uma amizade
Que é a ponte para a felicidade!
Já, o mágico reconhecimento
É um outro sentimento
Que sabe elogiar o talento
De qualquer ser em qualquer momento!
Reconhecer é treinar a memória
Com o coração cheio de glória!
O reconhecimento é o filho,
Repleto de emoção e brilho,
Da gratidão com o sentimento
Que sempre nasce dentro
Do luminoso peito cheio de suavidade
De quem possui caridade e honestidade!
A leve gratidão e o eterno reconhecimento
Retiram qualquer pessoa do cruel tormento.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA A Chuteira do Neymar e a Minha Sapatilha
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sexta-feira, 20 de junho de 2014
A Chuteira do Neymar e a Minha Sapatilha
Liguei a televisão num palpitar
E o noticiário que estava ao ar
Falou que o craque Neymar
Tinha uma linda chuteira
Feita com alta tecnologia
Para numa bola traiçoeira
Não desperdiçar energia!
A chuteira era de cinco mil reais
Já, eu tenho uma sapatilha de rua
De apenas dez pilas, que no ar flutua!
Com ela viajo para diversos astrais
Até jogo pelada, quando estou nua
Esta minha barata sapatilha
É uma verdadeira maravilha
Com ela, eu mato um leão por dia
No meu trabalho cheio de agonia!
Recebo Sol e tomo tempestade
Com esta sapatilha de verdade!
Corro nas compras, subo e desço
Apenas dez reais foi o seu preço
Ela tem o conforto que mereço!
Apesar de ser uma simples sapatilha
Sem amortecedor e sem palmilha!
O craque Neymar tem uma chuteira de cinco mil reais
Mas, só a sapatilha barata me conduz a vários astrais.
Luciana do Rocio Mallon
Viagem ao Edredom Numa Noite Fria
Num dia nublado e frio
A chata depressão me visita
Meu corpo sente um arrepio
E tudo ao redor me irrita!
Para fugir desta tristeza
Arrumo o meu leito
Fingindo ser princesa
Num quarto imperfeito!
O edredom abraça o cobertor
Com paixão, desejo e amor!
Então, o amarelo lençol
Transforma-se num Sol!
Pego o urso de brinquedo
E confesso o meu medo!
O boneco cria vida
Nesta noite sofrida
Beijo a sua peluda e macia fronte
Brincamos de esconde-esconde
Com cócegas recupero a alegria
De enfrentar uma noite fria!
Numa guerra de travesseiros
Encontro a real paz
Em carinhos faceiros
No edredom lilás!
Reúno calor e ternura
Nesta mágica viagem
No meu leito de loucura
Brinco na leve paisagem.
Luicana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Não Quero Mais Ser Convocado Para Ser Mesário
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quinta-feira, 19 de junho de 2014
Amigos, a Tia Lu aqui recebe carta para ser mesária nas eleições, desde os anos 90, e não agüenta mais ser convocada. Por isto, quero ver todo mundo cantando este funk:
Não Quero Mais Ser Convocado Para Ser Mesário
Todo o ano de eleição, recebo um convite ordinário
É uma intimação ameaçadora para ser mesário!
Fazem isto comigo desde os anos noventa
Assim, minha paciência não agüenta!
Tive que agüentar fiscal de partido
Com o ego orgulhoso e ferido!
Fui xingada por um eleitor egoísta
Que entrou na sala por engano
Só porque seu nome não estava na lista
Eu quase apanhei e entrei pelo cano
Não me deram lanche e nem almoço
Meu estômago ficou em alvoroço
Uma grávida quase teve um filho na hora de votar
Naquela hora eu pensei que parteira eu ia virar
Aquela máquina eletrônica parecia uma furna
Pois, toda a hora era um entra e sai na urna!
A urna travava, pois todo mundo enfiava o dedo
Só eu não sabia onde colocar meu medo
Não quero ser mais mesário, isto não é segredo
Voto obrigatório não é democracia
Obrigar alguém a ser mesário é incoerência
Nisto não existe paz e nem harmonia
Muito menos um pingo de consciência
Luciana do Rocio Mallon
Lenda da Calçada Petit-Pavé
Na Idade Média, uma nobre portuguesa chamada Manuela e sua mãe dona Ana, que tinha fama de bruxa, viajaram para a Índia. Lá elas conheceram um marajá chamado Shankar que se apaixonou por Manuela. Logo, ele descobriu que a portuguesa gostava de jóias e de caminhar em chãos diferentes e exóticos. Então Shankar consultou seu mestre espiritual que o aconselhou a fazer uma calçada com pedras preciosas, formando um mosaico com os símbolos do amor, para oferecer a sua pretendente.
Mas quando a donzela chegou ao local, sua mãe tinha feito uma magia para que as pedras preciosas virassem quadradinhos de mármore. Naquele mesmo instante, o indiano começou a cantar uma música jamais escutada:
" – Se esta rua, se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Só de pedras preciosas coloridas
Só para meu amor passar."
A jovem exclamou:
- Adorei a calçada e amei a música!
Deste jeito, sua mãe pensou:
- Jogarei uma praga nesta calçada: toda a mulher que um dia pisar nela, cairá ou arrebentará os sapatos, começando por minha filha.
Quando a moça pisou na nova calçada, escorregou e quebrou o salto. Mesmo assim falou:
- Acidentes acontecem.
Desta maneira, Manuela ficou encantada tanto com o estilo da calçada quanto com a música. Por isto, confirmou:
- Levarei esta técnica de calçadas de mármore e esta música para Portugal. Porém, darei o nome da calçada de petit-pavé porque a Língua Francesa é muito chique.
Ao chegar em Portugal, esta nobre mandou colocar mosaicos de petit-pavé em toda a aldeia onde morava e não parava de cantar a música chamada: Nesta Rua, de composição do indiano.
Manuela não se casou com o marajá, mas afanou suas idéias.
Reza a lenda que esta calçada recebeu o apelido de Calçada Portuguesa e a canção chamada Nesta Rua tornou-se uma música tradicional de ninar. O interessante é que todas as mulheres que conheço já escorregaram ou quebraram o sapato numa calçada petit-pavé, já que moro em Curitiba e a maioria das ruas do Centro tem este tipo de calçamento.
Com relação à música chamada Nesta Rua, ela teve a letra e o ritmo modificados com o tempo, tendo versões diferentes regravadas por Sandy e até por Vila Lobos.
Luciana do Rocio Mallon
Sua Barba no Meu Pescoço
Sua barba no meu pescoço
Tem a força de uma magia
Tira-me do fundo do poço
Para o jardim da fantasia!
Sua barba no meu pescoço
É a borboleta no leve jasmim
Fazendo o maior alvoroço
Num arrepio dentro de mim!
Sua barba quente no meu frio pescoço
Faz-me sentir o profundo fruto proibido
Deste jeito percebo um tipo de caroço
Que, no fundo, é o pomo de adão escondido!
Sua barba no meu pescoço
Tem a força de um colosso
Pois, arrepia o meu espírito
Neste sonho lírico e onírico!
Ela é a escova no cetim
Tirando toda a sujeira
Sem rasgar nada assim
Numa carícia verdadeira!
Sua barba é o cachecol
Que me aquece no frio
Num dia nublado sem Sol
Evitando qualquer vazio!
Sua barba deixa minha pele vermelha
Com minha alma tímida e ruborizada!
Ela aquece a minha gelada orelha
Então, não preciso ouvir mais nada
Minha pele fica suada e molhada!
Sua barba no meu pescoço
Tem a força de uma magia
Tira-me do fundo do poço
Para o jardim da fantasia.
Luciana do Rocio Mallon
Sua Barba no Meu Pescoço
Sua barba no meu pescoço
Tem a força de uma magia
Tira-me do fundo do poço
Para o jardim da fantasia!
Sua barba no meu pescoço
É a borboleta no leve jasmim
Fazendo o maior alvoroço
Num arrepio dentro de mim!
Sua barba quente no meu frio pescoço
Faz-me sentir o profundo fruto proibido
Deste jeito percebo um tipo de caroço
Que, no fundo, é o pomo de adão escondido!
Sua barba no meu pescoço
Tem a força de um colosso
Pois, arrepia o meu espírito
Neste sonho lírico e onírico!
Ela é a escova no cetim
Tirando toda a sujeira
Sem rasgar nada assim
Numa carícia verdadeira!
Sua barba é o cachecol
Que me aquece no frio
Num dia nublado sem Sol
Evitando qualquer vazio!
Sua barba deixa minha pele vermelha
Com minha alma tímida e ruborizada!
Ela aquece a minha gelada orelha
Então, não preciso ouvir mais nada
Minha pele fica suada e molhada!
Sua barba no meu pescoço
Tem a força de uma magia
Tira-me do fundo do poço
Para o jardim da fantasia.
Luciana do Rocio Mallon
Homem Trans Gestante
Um homem trans gestante
É uma suave e forte criatura
De alma doce e cintilante
Na transformação mais pura
Ele já foi um espírito de rapaz
Aprisionado num corpo de donzela
Porém, hoje ele vive em plena paz
Pois passou por uma mudança bela!
Mas, ele tinha o sonho bom
De gerar um neném, uma criança
Sou corpo sempre deve o dom
De gestar um bebê com esperança!
Um homem trans tem força e brilho
Para gestar um saudável filho
Ele é um poema com estribilho!
Ele já foi uma rima
Hoje é puro verso
Ele já foi menina
Agora é o universo!
Um homem trans gestante
É uma suave e forte criatura
De alma doce e cintilante
Na transformação mais pura
Como o pó que vira estrela brilhante
Na troca de energia de uma jura.
Luciana do Rocio Mallon
Lenda do Mendigo do Cemitério de São Mateus do Sul
No século dezenove, no Paraná, existia um andarilho chamado Zé que vivia realizando cura nas pessoas. Mas ele sofria preconceito por não tomar banho e sempre carregar um saco nas costas. Por isto muitas pessoas apelidaram o pobre de Homem do Saco e surgiu uma fofoca de que ele pegava crianças para fazer sabão.
Um certo dia Zé estava uma região, onde hoje é São Mateus do Sul, e um menino desapareceu misteriosamente. Logo surgiu o boato de que Zé pegou a criança para fazer sabão. Deste jeito o infeliz foi linchado e faleceu devido os ferimentos. Porém seu corpo foi enterrado no cemitério de São Mateus do Sul.
Reza a lenda que o tempo passou e numa noite de 2014, em São Mateus do Sul, um sem-teto apelidado de Bahia estava sendo perseguido por viciados em crack. Mas, ele correu em frente ao cemitério e viu que uma criatura, em cima do muro, disse-lhe:
- Meu nome é Zé, um dia fui um injustiçado como você e por isto posso lhe ajudar!
- Pule para dentro do campo-santo.
Bahia saltou e seu novo amigo mostrou um túmulo desocupado, onde ele pôde se esconder. Então, o pobre colocou suas coisas dentro deste túmulo e passou a morar lá dentro. Assim, seu recente colega explicou a situação:
- Eu moro aqui e já fui mendigo como você.
Bahia explicou:
- Na realidade, não sou mendigo, pois sou pedreiro. Saí do Nordeste e vim tentar a vida aqui no Sul atrás da minha irmã que mora em Curitiba.
O colega comentou:
- Bem, eu já morri há muito tempo e o meu túmulo fica nos fundos. Se precisar de ajuda, basta chamar.
- Mas, por favor, não fale nada sobre a minha existência.
- Isto deve ser um segredo entre nós.
Numa manhã de Sol, Bahia estava dormindo dentro do túmulo. Porém uma idosa, que foi levar flores ao seu ente querido, viu o homem deitado. Por isto chegou perto e notou que, de repente, ele abriu os olhos. Assim, a senhora saiu correndo e passou a gritar:
- Os mortos estão saindo de dentro dos túmulos!
- É o juízo final!
Deste jeito, a velhinha assustada ligou para uma rádio popular. Mas, quando os jornalistas chegaram ao local, viram apenas Bahia fazendo artesanato de lixo reciclável dentro do túmulo.
Desta maneira, o sem-teto foi encaminhado ao Centro de Referência de Assistência Social. Mas, o fantasma de Zé continua chamado para o cemitério os mendigos em situação de risco com o objetivo de protege-los.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Calçada Petit-Pavé:É Para Andar ou Para Ver?(Parte III)
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quarta-feira, 18 de junho de 2014
Calçada Petit- Pavê
( Parte III)
A Calçada Petit-Pavé
É para andar ou para ver?
O problema é que esta calçada diferente
Pode causar mais de um acidente
Machucando muita gente!
Quem nunca caiu numa calçada petit-pavé?
Talvez ela não seja para andar
Somente para ver!
Esta calçada bela e bonita
Não é eterna e infinita
E pode causar uma dor aflita!
A calçada petit-pavé
É para andar ou para ver?
A exótica calçada peti-pavê
É para andar ou é para ver?
Esta calçada dá orgulho na gente
Porém, pode causar acidente!
Ela é uma calçada portuguesa
Feita de mármore branco
Com a mais pura delicadeza
Num desejo doce e franco!
Uma mandala perfeita
Sinceramente pode ser feita
Desta calçada petit-pavé
Causando o maior fuzuê!
Escorregar nesta calçada
Numa tarde molhada
É ter uma surpresa
Cheia de sutileza!
Quebrar o salto no petit-pavé
É aprender a ser elegante
Pagando a dívida no carnê
Deste sapato galante!
A calçada petit-pavé é uma obra de arte
Mas, ela poderia existir somente em Marte
Seja em Curitiba, ou, em Copacabana
Esta calçada a todos engana.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA O Dia Em Que Tropecei Num Balão de Coração
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quinta-feira, 12 de junho de 2014
O Dia em Que Tropecei Num Balão de Coração
Neste dia 12 de junho, data de estréia do Brasil na Copa do Mundo e dia dos namorados, levantei, pela manhã, com uma dor no intestino devido a um problema que tenho chamado Crohn. Quando esta doença me ataca , logo tenho sintomas como: enjôos, má digestão e tonturas. Por isto, desci do ônibus e tropecei na calçada estilo "petit-pavê", que não é para andar e sim para ver, de tantos acidentes que ela causa. De repente, vi um bigodudo com uma cartola gigante verde e amarela. Notei que este homem era parecido com o Chapeleiro Maluco da Alice do País das Maravilhas. Mas, isto não foi nada sombrio já que tratava-se de período de Copa do Mundo
Ao cruzar, distraidamente, a Praça Osório, tropecei em algo estranho e caí. Ao olhar para trás reparei que tinha enroscado o pé num balão em forma de coração. Assim, olhei para frente e notei que existiam dezenas de bexigas de corações amarradas ao chão. Logo, notei que uma moça me fotografou, bem quando eu estava caída no solo e exclamou:
- Pode pegar um balão!
Eu não peguei, pois achei que estava tendo uma alucinação causada pelo meu problema no intestino, já que isto não é impossível. Porém, ao andar entre os corações notei que aqueles balões eram reais. Então, comecei a pensar:
Há pessoas em que o coração parece uma bexiga de ar, na praça, amarrado a uma pequena ripa de madeira. Este coração tem os seguintes elementos por dentro:
- O oxigênio que é essencial para a respiração. Por isto, estas criaturas costumam dizer aos seus amados: "Você é o ar que respiro."
- O nitrogênio que é importante para a vida. Deste jeito, estes seres falam:" Não há vida sem amor."
-O gás carbônico que é bom para as plantas, mas que existe na poluição. Ele é como o ciúme no relacionamento. Assim, as pessoas de coração de balão dizem: "O ciúme é o tempero do relacionamento".
- Os gases nobres que não possuem nenhum tipo de reação química. Por isto, as almas de coração de balão valorizam sentimentos importantes como: compreensão, fidelidade, sinceridade, harmonia e fé.
Após refletir isto tudo, deixei a bexiga no mesmo lugar e notei que um balão de coração, amarrado a um pedaço de madeira também pode machucar quem tropeça distraído nele e que por isto devemos tomar cuidado com os sentimentos das pessoas. Alguém que coloca seu coração disponível na praça, amarrado na ripa da sedução, não tem o direito de iludir ninguém.
Após estas reflexões descobri que sou uma Alice no país da rainha de copas e dos corações de bexigas na praça.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Então, Você Está Feliz Porque Amanhã é Dia 12 de Junho?
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quarta-feira, 11 de junho de 2014
Então, Você Está Feliz Porque Amanhã é Dia 12 de Junho?
Você está feliz porque amanhã é dia 12 junho
E assistirá a copa ao lado da linda namorada!
Mas, para tira-lo da ilusão, escrevi do próprio punho
Este poema que deixará a sua alma acessa e ligada!
Depois do número 12 , sempre vem o 13, este algarismo
Com o espírito repleto de mistério e muito pessimismo!
Neste ano de 2014, 13 de junho cairá numa sexta-feira
Cuidado com assombração, lobisomem e feiticeira!
Se no dia 12 você deu um coração de almofada
Para a menina que você julga ser sua amada
O Jason, o Fredd Krueguer podem despedaçar
Esta almofada, com uma faca, à luz do luar!
Se você deu uma maravilhosa boneca
Para sua namorada gata e sapeca!
O Chuck pode transformar-se neste brinquedo
Enchendo sua paixão de terror e medo!
Se você deu uma caixa de bombom
Para sua musa em frente ao mar
O Demônio da Tasmânia fora do tom
Pode devorar os doces sem parar!
Depois do número 12 , sempre vem o 13, este algarismo
Com o espírito repleto de mistério e muito pessimismo!
Neste ano de 2014, 13 de junho cairá numa sexta-feira
Cuidado com assombração, lobisomem e feiticeira!
Então, você está feliz porque amanhã é Dia 12 de Junho?
Cuidado: a decepção não tem rascunho.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Idoso Morre Afogado na Enchente Por Culpa da Insensibilidade dos Filhos
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domingo, 8 de junho de 2014
Idoso Morre Afogado Na Enchente Por Culpa da Insensibilidade dos Filhos
Na noite do dia 6 de junho de 2014, houve um forte temporal em Curitiba, causando enchentes em muitos bairros humildes. Numa comunidade carente próxima ao bairro chamado Cidade Industrial, as fortes águas entraram na casa de madeira de um ancião, com mais 70 anos de idade e que morava sozinho. Então, o pobre foi levado pela enchente e faleceu.
Segundo conhecidos próximos, este idoso tinha problemas de saúde, mancava e precisava da ajuda de uma muleta. Também conforme os vizinhos, os filhos não vinham visitá-lo justificando péssimo relacionamento com a vítima.
Que criaturas são estas que abandonam um pai velhinho e doente?
Os pais por mais rígidos ou permissivos que tenham sido, precisam da atenção dos seus filhos quando tornam-se idosos, principalmente, quando são atingidos por alguma enfermidade.
Mas, esta geração egoísta tem o seguinte pensamento:
"- Já tenho minha vida para cuidar
- Por que devo zelar pela vida dos meus pais?"
Muitas religiões valorizam o quarto mandamento: "Honrar pai e mãe". Porém, o direito que os velhinhos possuem de serem cuidados por seus filhos é lei e está no Estatuto do Idoso. Portanto, quem abandona um ancião doente, ainda mais em local de risco, está cometendo um crime.
Luciana do Rocio Mallon
O Mecânico do Amor
O corajoso mecânico do amor
Conserta tudo com ardor
De prego torto até carburador!
Quando a pele da dama está uma secura
Por causa do coração cheio de amargura
Ele troca o óleo desta triste princesa
Com delicadeza e, ao mesmo tempo, com firmeza!
Seu óleo tem um perfumado aroma
Que levanta a alma que está coma!
Este mecânico conserta o quebrado farol
Pois seu espírito tem a luz do Sol!
Ele abre as portas que foram fechadas
Com sua mágica chave de fenda,
Com forças nada caladas,
Mostrando uma nova senda!
Quando a moça está estressada e nervosa
De TPM, ou, com um desequilibrado sentimento
O mecânico de uma maneira caridosa
Conserta o seu caído escapamento
Assim, seu humor se renova como o vento!
O corajoso mecânico do amor
Conserta tudo com ardor
De prego torto até carburador.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Lua Grávida: Eclipse e Eclampsia
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sábado, 7 de junho de 2014
Lua Grávida: Eclipse e Eclampsia
A Lua recebeu vários raios do Sol,
Que sempre foi o seu guia, um farol
Então a Lua tornou-se gestante
Com uma luz alegre e radiante!
Ela ficou muito mais do que cheia
Porque tornou-se repleta
Como a paixão que incendeia
Uma leve noite de seresta!
Porém, a Terra tornou-se invejosa
Pois, também, amava o Sol dourado
Por isto rogou uma praga perigosa
Ao casal etéreo e apaixonado
A Terra deixou a Lua em crise
Ameaçando um duro eclipse!
A sombra deste mundo imundo
Queria ocultar o satélite profundo!
A Lua ficou agitada e nervosa
Teve eclampsia e desmaiou
Mas, uma estrela caridosa
A divina Lua salvou!
O eclipse durou apenas um segundo
Porém, a Lua continuou gestante
Foi um ponto a menos para o mundo
Que queria destruir um amor elegante
Existe uma Lua grávida em cada poeta
Levando no ventre palavras ao vento
Há uma Lua grávida em cada profeta
Gestando gestos com sentimentos.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA Dia dos Namorados e Copa do Mundo, ao Mesmo Tempo, nas Redes Sociais
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quinta-feira, 5 de junho de 2014
Dia dos Namorados e Copa do Mundo, ao Mesmo Tempo, nas Redes Sociais
O Dia dos Namorados no Facebook sempre é um saco. Por um lado tem aquelas mensagens repletas de hipocrisia dos casais melosos que, na vida real, brigam e nem são tão apaixonados assim, e, há a outra face das pessoas solteiras que se sentem rejeitadas, por isto soltam frases de lamúria. Para piorar, no próximo dia 12 de Junho o Brasil jogará na Copa do Mundo. Então, será uma onda de gente comemorando o gol e baixando o espírito de técnico em futebol, que o Facebook ficará embolado com tanta bola no ar.
Reza a lenda que uma vez o Zezinho levou sua namorada donzela ao motel chamado Entrou na Rede, no Dia dos Namorados, que também era estréia do Brasil na Copa. Deste jeito, ele postou nas redes sociais:
- Neste Dia dos Namorados serei igual a Copa do Mundo, pois farei muitos gols.
Na hora "H", ele descobriu que sua namorada estava menstruada. Assim, ele colocou nas redes sociais:
- Campo alagado. Mas, baterei a bola na trave de trás. Afinal sou parecido com a Internet: sempre faço a bola entrar na rede de qualquer jeito.
Luciana do Rocio Mallon
Boa noite meninas.....acabei de fazer essa polaina pra minha sobrinha.....fiz em ponto meia tanto na ida como na volta.....facinho de fazer.....
-- Beijus lindas e um bom descanso
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Amor de Inverno
Quem se arrepia com o frio
E na geada sente um vazio
Procura um amor de inverno
Que seja doce e fraterno!
Através da chama da lareira
Nasce uma paixão traiçoeira
Pois, basta um simples apelo
Para transformar-se em gelo!
Ela pode ser efêmera e breve
Como a mais grossa neve!
Uma paixão de inverno
É cruel como o inferno!
Ela é como o gelo transparente
Que finge ser eterno e inocente!
A paixão que nasce no frio
Até protege contra o arrepio
Porém ela é como a fina geada
Que se derrete no primeiro Sol
Quando a vermelha rosa orvalhada
Abre-se para o canto do rouxinol!
É em Junho, o mês do frio de arrepiar
Que existe o Dia dos Namorados
Seres querem encontrar um par
Por causa das datas dos calendários!
O amor de inverno é a neve
Que se derrete na primavera
De um jeito rápido e breve
Com perfume de aloé-vera.
Luciana do Rocio Mallon
BAlelA - ARte e cULTurA O S2 Virou um $
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segunda-feira, 2 de junho de 2014
O S2 Virou um $
S2 é um coração virtual
Que sempre existiu no universo
Iluminado o mais escuro astral
Neste mundo cruel e perverso!
Adão comeu a vermelha maçã
Entre a Eva e a serpente
Naquela ensolarada manhã
E deixou de ser inocente!
Mas, Adão virou sultão no deserto
Atrás de uma esbelta odalisca!
Com escambo de jóias por perto
Em troca de uma musa arisca!
Depois Adão virou um grande rei
Onde ouro era a principal lei!
Ele escolhia a sua princesa
Só pela nobreza e riqueza!
Depois Adão virou capitalista
E inventou o Dia dos Namorados
Para vender mais produtos da sua lista
Para corações ingênuos e apaixonados!
As flechas afiadas do cupido
Viraram cartões de crédito
De um amor fútil e aflito
Que pensa que é inédito!
O príncipe trocou o cavalo branco
Por um carro da moda, nada franco!
As musas trocaram a poesia
Por um rebolado cheio de agonia!
O S2 virou um $ num status de rede social
Mas, será que alguém sonha com um amor universal?
O S2 era um S com um número 2
Que significavam: só nos dois!
Mas, o cupido flechou só o corpo do S
Agora, um $ é tudo o que aparece
Quando a vida de amor carece
O melhor é se ajoelhar e fazer uma prece.
Luciana do Rocio Mallon
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