Art&MusicaLSlides® "Relembrando Doutrinas da Teologia Dogmática Sobre Jesus"
RELEMBRANDO DOUTRINAS DA TEOLOGIA DOGMÁTICA SOBRE JESUS Para os espíritas, todos os seres humanos estão para sempre em caminhada evolutiva em direção ao nosso Deus Pai e Mãe, do qual procedemos e para o qual, um dia, retornaremos. Realmente, Deus não faz acepção de pessoas e pelo que não dá nó cego em sua criação! Quem é de outra crença, pode estar mais próximo de Deus do que eu. E eu não me preocupo tanto com o aspecto literário desta coluna, mas apenas com a sua correção e a sua clareza. Para que complicar mais ainda os assuntos teológico-bíblicos? Quando o Concílio Ecumênico de Nicéia (325) decretou que Jesus é também Deus, o que é contra o ensino Dele próprio, pois Ele sempre se declarou apenas Filho de Deus e jamais Deus, a Teologia Cristã começou a entrar em crise, da qual não sairá enquanto não a reformar. Como não se podia negar que o Nazareno é também um ser humano, o arcebispo e teólogo sírio Nestório, patriarca de Constantinopla, concluiu que Jesus tinha, então, duas pessoas, uma divina e outra humana. Mas o Concílio Ecumênico de Éfeso (431) decretou o dogma de que Jesus é só Pessoa Divina. E foi criado também o de "Maria Mãe de Deus" ("Theotokos"), acrescentado ao texto da Ave Maria bíblica do Anjo Gabriel, e que foi, assim, transformado na oração da Ave Maria. E esse concílio condenou Pelágio, criando também o Dogma do Pecado Original. O teólogo grego Eutiques defendeu, então, a doutrina de que, se Jesus é só uma Pessoa Divina, então Ele só tem uma natureza, a divina. (Monofisismo). Porém o Concílio Ecumênico de Calcedônia (451) estabeleceu que Jesus tem duas naturezas: uma divina e outra humana. Os Dogmas do Espírito Santo e da Santíssima Trindade já haviam sido declarados no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381). Mas o da Trindade foi esclarecido principalmente por santo Agostinho, e confirmado pelo Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), quando também foi condenada a preexistência do espírito antes da concepção do corpo, o que é contra a Bíblia. (Jeremias 1:5; e Sabedoria 8:19-20), e que, automaticamente, tirou a doutrina da reencarnação do cristianismo. Mas por ter sido esse concílio muito tumultuado e contra o Papa Virgílio, há teólogos que são de opinião de que a reencarnação não foi condenada. (Mais detalhes em meu livro: "A Reencarnação na Bíblia e na Ciência", 8a Edição, Ed. EBM, SP). Cerca de oito séculos depois, essas doutrinas polêmicas ainda incomodavam os teólogos, como ainda vão incomodá-los até que elas sejam retificadas. E assim, foi decretado o Dogma do "Filioque" (e do Filho) pelo Concílio Ecumênico de Lion (1274), França, dogma esse que dá mais importância à divinização de Jesus, ensinando que o Espírito Santo procede não só do Pai, mas também do Filho. Já a Igreja Católica Ortodoxa Oriental, que não aceita o dogma do "Filioque", ensina que Jesus e o Espírito Santo procedem do Pai. A Igreja Oriental é separada da Igreja Romana desde 1054 por questões doutrinárias e políticas. Muitos de vocês, que me honram com sua leitura, nunca ouviram padres e pastores falarem sobre essas coisas misteriosas e não bíblicas. E isso tem uma explicação: Eles mesmos não crêem nelas, deixando-as cair no esvaziamento. É que já se foi a época do "Creio porque é absurdo", de Tertuliano, Doutor da Igreja, mas condenado também por sua heresia montanista! * Publicado no jornal "O Tempo" de Belo Horizonte/MG
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