Art&MusicaLSlides® Aureci - "Comportamento e qualidade de vida" (Na visão espírita)
COMPORTAMENTO E VIDA
O fatalismo biológico, estabelecido mediante as conquistas pessoais de cada indivíduo, não é definitivo em relação à data da sua morte.
A longevidade como a brevidade da existência corporal, embora façam parte do programa adrede estabelecido para cada homem, alteram-se para menos ou para mais, de acordo com o seu comportamento e do contributo que oferece à aparelhagem orgânica para a sua preservação ou desgaste.
Necessitando de um período de tempo em cada existência física para realizar a aprendizagem evolutiva em cujo curso está inscrito, o Espírito tem meio para abreviar-lhe ou ampliar-lhe o ciclo, mediante os recursos de que dispõe e são facultados a todos.
É óbvio que o estróina desperdiça maior quota de energias, impondo sobrecargas desnecessárias aos equipamentos fisiológicos, do que o indivíduo prudente.
As ocorrências que lhes sucedem têm as suas causas no comportamento que se permitem.
Igualmente, a forma de desencarnar, sem fugir ao impositivo do destino que é de construção pessoal, resulta das experiências que são vividas.
O homem imprevidente e precipitado, desrespeitador dos códigos de lei estabelecidos, torna-se fácil presa de infaustos acontecimentos, que ele mesmo se propicia como efeito da conduta arbitrária a que se entrega.
Acidentes, homicídios, intoxicações, desastres de vários tipos que arrebatam vidas, resultam da imprevidência, da irresponsabilidade, do orgulho dos que lhes são vítimas, na maioria das vezes e no maior número de acontecimentos.
Devendo aplicar a inteligência e a bondade como norma de conduta habitual, grande parte das criaturas prefere a arrogância, a discussão acesa, o desrespeito ao dever, a negligência, tornando-se, afinal, vítimas de si mesmas, suicidas indiretas.
Nos autocídios de ação prolongada ou imediata, a responsabilidade é total daqueles que tomam a decisão infeliz e a levam a cabo, inspirados ou não por Entidades perversas com as quais sintonizam.
Derrapando em comportamentos pessimistas a que se aferram, a atitudes agressivas nas quais se comprazem, na fixação de ideias tormentosas em que se demoram, em ambições desenfreadas e rebeldia sistemática, a etapa final, infelizmente, não pode ser outra. Com o gesto que supõem de libertação, tombam, por largos anos de dor, em mais cruel processo de recuperação e desespero, para que aprendam disciplina e submissão contra as quais antes se rebelaram.
Depreende-se, portanto, que o comportamento do homem a todo instante contribui de maneira rigorosa para a programação da sua vida.
São de duas classes as causas que influem na sua existência, dentro do determinismo da evolução humana: as próximas, desta reencarnação, na qual se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. Estas últimas estabeleceram já os impositivos de reparação a que o indivíduo não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os através de atuais ações do amor, que promovem quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas. As primeiras, no entanto, as da presente existência, vão gerando novos compromissos que, se negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação.
O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são de livre opção, não incursos no processo educativo de ninguém. Quem a qualquer deles se vincula, padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar solução de emergência. O tabagismo responde por cânceres de várias procedências, na língua, na boca, na laringe, por inúmeras afecções e enfermidades respiratórias, destacando-se o terrível enfisema pulmonar. Todo aquele que se lhe submete à dependência viciosa, está incurso, espontaneamente, nessa fatalidade destruidora, que não estava no seu programa e foi colocada por imprevidência ou presunção.
O alcoolismo é gerador de distúrbios orgânicos e psíquicos de inomináveis consequências, gerando desgraças que, de forma nenhuma, deveriam suceder. É ele o desencadeador da loucura, da depressão ou da agressividade, na área psíquica, sendo o responsável por distúrbios gástricos, renais e, principalmente, pela irreversível cirrose hepática. Seja através da aguardente popular ou do whisky elegante, a alcoolofilia dizima multidões que se lhe entregam espontaneamente.
A toxicomania desarticula as sutis engrenagens da mente e desagrega as moléculas do metabolismo orgânico, lesando vários órgãos e alucinando todos quantos se comprazem nas ilusões mórbidas que dizem viver, não obstante de breve duração. Iniciada a dependência que se fez espontânea, desdobram-se à frente longos anos, numa e noutra reencarnação, para que sejam reparados todos os danos que poderiam ter sido evitados quase sem esforço.
A sexolatria gera distonias emocionais, por conduzir o indivíduo ao reduto das sensações primitivas, retendo-o nas áreas do gozo insaciável, que o leva à exaustão, a terríveis frustrações na terceira idade, se a alcança, e a depressões sem conta pelo descalabro que desorganiza o corpo e perturba a mente. Além desses, são criados campos de dificuldade afetiva, de responsabilidade emocional com os parceiros utilizados, estabelecendo-se compromissos desditosos para o futuro.
A glutoneria, além de deformar a organização física, é agente de males que sobrecarregam o corpo produzindo contínuas disfunções gastrointestinais, dispepsias, acidez, ulcerações, alienando o homem que vive para comer, quando deveria, com equilíbrio, comer para viver.
São muitos os agentes dos infortúnios para o homem, que ele aceita no seu comportamento, afetando-lhe a vida. Entretanto, através de outras atitudes e conduta poderia preservá-la, prolongá-la, dar-lhe beleza, propiciando-lhe harmonia e felicidade.
Além de atingir aquele que elege esta ou aquela maneira de agir, os resultados alcançam os descendentes que, através das heranças transmissíveis, conforme as suas necessidades evolutivas, as experimentarão.
O comportamento do Espírito, no corpo ou fora dele, é responsável pela boa ou má qualidade da vida, contribuindo de maneira eficaz na sua programática, igualmente interferindo na conduta do grupo em que se movimenta e onde atua, bem como dos descendentes que se lhe vinculam.
As ações corretas prolongam a existência do corpo e promovem o equilíbrio da mente, enquanto as atribuladas e agressivas produzem o inverso.
Nunca será demasiado repetir-se que, assim como o homem pensa e age, edificará a sua existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento elegido.
Livro: Temas da Vida e da Morte, Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, Ed. FEB – Federação Espírita Brasileira.
ANTECIPAÇÃO DA HORA DA MORTE
As principais condições que podem levar o indivíduo a um desencarne antes do momento programado são:
a) Suicídio Direto: o suicídio é sempre um acontecimento dramático, e não previsto anteriormente. Configura uma fuga, um ato de extrema covardia do Espírito orgulhoso que não quer enfrentar as dificuldades criadas e solicitadas por ele mesmo;
b) Suicídio Indireto (inconsciente): característico daqueles casos de morte prematura, onde o indivíduo vai minando as suas reservas orgânicas, em função de excessos, de abusos, de vícios ou mesmo de imprudência. São condições extremamente comuns e, segundo André Luiz, a maioria dos Espíritos retornam ao mundo espiritual antes da época prevista, configurando casos diversos de suicídio indireto.
Principais causas de suicídio indireto: alcoolismo, cólera, gula, tabagismo, depressão, tóxicos, sexolatria, imprudência.
c) Por Mérito da Família: casos existem em que o indivíduo é retirado do corpo antecipadamente para poupar a família da presença incômoda de um enfermo difícil. Quando os familiares são pessoas de grandes méritos e de bons recursos morais, a espiritualidade pode trabalhar para que o parente enfermo venha a retornar prematuramente a vida espiritual. André Luiz [No Mundo Maior] relata o "caso de Fabrício" que exemplifica essa condição;
d) Por Mérito do desencarnante: almas boas, com créditos importantes na contabilidade da vida, podem sofrer um desencarne precoce, poupando-os de sofrimentos acerbos caso continuassem na Terra.
MORTE PROGRAMADA
Allan Kardec apresenta ao Espírito São Luis a seguinte indagação [CI-2ª parte cap III]:
"Poderá uma pessoa, por esforço da própria vontade, retardar o momento da separação da alma do corpo?
Resposta: Certamente, em dadas condições, pode um Espírito encarnado prolongar a existência corporal a fim de terminar instruções indispensáveis - é uma concessão que se lhe pode fazer... como provação para o Espírito, ou no interesse de missão a concluir os órgãos depauperados podem receber um suplemento de fluido vital que lhes permita prolongar de alguns instantes a manifestação material do pensamento."
Essa prorrogação da hora da morte pode ocorrer:
a) Por Expiação: quando o apego do Espírito à matéria faz com que ele se mantenha ligado ao corpo praticamente inerte, impedindo que a desencarnação se conclua;
b) Por Provação: quando o desencarnante ainda tem lutas a enfrentar e a misericórdia divina permite que ele permaneça mais alguns anos encarnado para que se desencumba dessas provas;
c) Por Missão: em benefícios de indivíduos em que muito têm a dar a coletividade, ou a uma ou mais pessoas em particular.
Bibliografia:
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Céu e o Inferno - Allan Kardec
3) Painéis da Obsessão - Manoel Philomeno Miranda/Divaldo Franco
4) Quem tem Medo da Morte - Richard Simonetti
5) Obreiros da Vida Eterna - André Luiz/Chico Xavier
6) No Mundo Maior - André Luiz/Chico Xavier
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