Art&MusicaLSlides® "A Comunicação Interdimensional"

A COMUNICAÇÃO INTERDIMENSIONAL

 

CONSCIÊNCIA ESPÍRITA 2005
Produção: Cent. Est. Esp. Paulo Apóstolo de Mirassol /SP - Brasil
Citações de "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec
Tradução de J. Herculano Pires Edição: Editora EME
Texto extraído do site
http://www.consciesp.org.br/consciesp/noticias2.php?id=7

(Atualmente esse site não se encontra na WEB)

 

 Os seres que se manifestam designam-se a si mesmos pelo nome de Espíritos ou Gênios, e dizem, alguns, pelo menos, que viveram como homens na Terra

 

  

"Os Espíritos só se manifestam por vontade de Deus; se, pois, Deus em sua misericórdia envia aos homens esse socorro para afastá-los da incredulidade, é uma impiedade repeli-lo".
Allan Kardec


Evidências da comunicação entre homens e espíritos encontram-se em todas as civilizações, desde as remotas eras pré-históricas. Em todas as culturas de todos os povos há sinais de um intercâmbio interdimensional, cujos registros inequívocos impõem-se nas mais diferentes descobertas arqueológicas, nas mitologias, nas artes, religiões, rituais, etc.

Invasão psíquica organizada:

Mas em meados do século dezenove, uma avassaladora onda de fenômenos, alheios às leis da ciência, espalhou-se pela Terra.

Esses acontecimentos paranormais, tendo iniciado em 1848, em Hydesville, Nova Iorque, difundiram-se pela América em direção a Europa e posteriormente a todos os continentes.

Ocorriam em forma de misteriosas pancadas, provocadas por uma causa desconhecida e inexplicável.

Verificavam-se nos mais diversos ambientes, "das choupanas aos palácios", e todas as camadas sociais deles se ocupavam - fato que acabou despertando, por fim, a atenção da imprensa e, sobretudo da religião, da filosofia e da ciência. Interrogada acerca da sua natureza, essa força comunicante desconhecida declarou pertencer ao mundo dos seres espirituais que se despojaram do invólucro corporal do homem. Afirmavam desejar transmitir, à toda humanidade, uma importante revelação.

E assim, teve início o surgimento da Doutrina dos Espíritos.

"Um efeito inteligente tem por causa uma força inteligente":

Em 1853, toda a Europa detinha suas atenções ao chamado "fenômeno das mesas girantes".

Foi nesta época, que o prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail interessou-se por esses mesmos fenômenos, passando a estudá-los com seriedade e rigor científico.

O prof. Rivail, que mais tarde seria conhecido como Allan Kardec, diferentemente das opiniões frívolas e destoantes da época, concluía:

"Um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos provam que a força comunicante é capaz de entrar em contato com os homens por meio de sinais materiais".

Missão de instruir e esclarecer os homens sobre a sobrevivência da alma:

Em 1857, em O Livro dos Espíritos, primeiro fruto de um criterioso trabalho de observação e comparação, Allan Kardec afirmava:

"As comunicações entre o mundo espírita e o mundo corpóreo estão na ordem natural das coisas e não constituem fato sobrenatural, tanto que de tais comunicações se acham vestígios entre todos os povos e em todas as épocas. Hoje se generalizaram e tornaram patentes a todos".

E definia, com clareza, o por quê de todos aqueles acontecimentos espantosos:

"Os espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de Sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade".

Os horizontes do Espírito imortal:

Ainda em O Livro dos Espíritos, Kardec coordena uma síntese da então chamada Doutrina dos Espíritos, colhida como resultado de suas pesquisas:

"Os seres que se manifestam designam-se a si mesmos pelo nome de Espíritos ou Gênios, e dizem, alguns, pelo menos, que viveram como homens na Terra."

"Constituem o mundo espiritual, como nós constituímos, durante a nossa vida, o mundo corporal."



Resumimos em poucas palavras os pontos principais da doutrina que nos transmitiram, a fim de mais facilmente responder a certas objeções.



"Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom."

"Criou o Universo, que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais."

"Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal, e os seres imateriais, o mundo invisível ou espírita, ou seja, dos Espíritos."

"O mundo espírita é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevivente a tudo."

"O mundo corporal é secundário; pode deixar de existir ou nunca ter existido, sem alterar a essência do mundo espírita."

"Os Espíritos revestem temporariamente um invólucro material perecível e sua destruição pela morte os devolve à liberdade."

"Entre as diferentes espécies de seres corporais, Deus escolheu a espécie humana para a encarnação dos Espíritos que chegaram a um certo grau de desenvolvimento, o que lhes dá superioridade moral e intelectual perante as demais."

"A alma é um Espírito encarnado e o corpo é apenas o seu invólucro."

"Há no homem três coisas:

1) O corpo ou ser material, semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;

2) A alma ou ser imaterial, espírito encarnado no corpo;

3) O liame que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito."

"O homem tem, assim duas naturezas: pelo corpo participa da natureza dos animais, dos quais possui os instintos; pela alma, participa da natureza dos Espíritos."

"O liame ou perispírito que une corpo o Espírito é uma espécie de invólucro semimaterial. A morte é a destruição do invólucro mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar acidentalmente visível e mesmo tangível, como se verifica no fenômeno de aparição."

"O Espírito não é, portanto, um ser abstrato, indefinido, que só o pensamento pode conceber. É um ser real, definido, que em certos casos pode ser apreciado pelos nossos sentidos da vista, da audição e do tato."

"Os Espíritos pertencem a diferentes classes, não sendo iguais em poder nem inteligência, saber ou moralidade:
Os da primeira ordem são os Espíritos superiores que se distinguem pela perfeição, pelos conhecimentos pela proximidade de Deus, a pureza dos sentimentos e o amor do bem: são os anjos ou Espíritos puros."

"As demais classes se distanciam mais e mais dessa perfeição."

"Os das classes inferiores são inclinados às nossas paixões: o ódio, a inveja, o ciúme, o orgulho, etc. e se comprazem no mal."

"Nesse número há os que não são nem muito bons nem muito maus; antes perturbadores e intrigantes do que maus; a malícia e a inconseqüência parecem ser as suas características: são os Espíritos estouvados ou levianos."

"Os Espíritos não pertencem eternamente à mesma ordem. Todos melhoram, passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse melhoramento se verifica pela encarnação, que a uns é imposta como uma expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova a que devem submeter-se repetidas vezes até atingirem a perfeição absoluta; é uma espécie de peneira ou depurador de que eles saem mais ou menos purificados."

"Deixando o corpo, a alma volta ao mundo dos Espíritos, de que havia saído para reiniciar uma nova existência material após um lapso de tempo mais ou menos longo durante o qual permanecerá no estado de Espírito errante. (Há entre esta doutrina da reencarnação e a da metempsicose, tal como a admitem algumas seitas, uma diferença característica, que é explicada em 'O Livro dos Espíritos')."

"Devendo o Espírito passar por muitas encarnações, conclui-se que todos nós temos muitas existências e que teremos ainda outras mais ou menos aperfeiçoadas, seja na Terra, ou em outros mundos."

"A encarnação dos Espíritos ocorre sempre na espécie humana. Seria erro acreditar que a alma ou espírito pudesse encarnar num corpo de animal."

"As diferentes existências corporais do Espírito são sempre progressivas e jamais retrógradas; mas a rapidez do progresso depende dos esforços que fazemos para chegar à perfeição."

"As qualidades da alma são as do Espírito encarnado. Assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito e o homem perverso, a de um Espírito impuro."

"A alma tinha a sua individualidade antes da encarnação e a conserva após a separação do corpo."

"No seu regresso ao mundo dos Espíritos, a alma reencontra todos os que conheceu na Terra e todas as suas existências anteriores se delineiam na sua memória, com a recordação de todo o bem e todo o mal que tenha feito."

"O Espírito encarnado se acha sob a influência da matéria. O homem que supera essa influência, pela elevação e purificação de sua alma, aproxima-se dos bons Espíritos com os quais estará um dia. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites grosseiros, aproxima-se dos Espíritos impuros, dando preferência à sua natureza animal."

"Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do Universo."

"Os Espíritos não encarnados ou errantes não ocupam nenhuma região determinada ou circunscrita; estão por toda parte, no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos sem cessar. É toda uma população invisível, que se agita em nosso redor."

"Os Espíritos exercem sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico uma ação incessante. Agem sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das forças da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então inexplicados ou mal explicados, que não encontram solução racional."

"As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos convidam ao bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos convidam ao mal: é para eles ver-nos sucumbir e cair no seu estado."

"As comunicações ocultas verificam-se pela influência boa ou má que eles exercem sobre nós sem o sabermos, cabendo ao nosso julgamento saber discernir as más e boas inspirações. As comunicações ostensivas realizam-se por meio da escrita, da palavra ou de outras manifestações materiais, ma maioria das vezes através dos médiuns que lhes servem de instrumentos."

"Os Espíritos se manifestam espontaneamente ou pela evocação."

"Podemos evocar todos os Espíritos: os que animaram homens obscuros e os dos personagens mais ilustres, qualquer que seja a época em que tenham vivido; os de nossos parentes, de nossos amigos ou inimigos e deles obter, por comunicações escritas ou verbais, conselhos, informações sobre a situação em que se acham no espaço, seus pensamentos a nosso respeito, assim como as revelações que tenham a permissão de fazer-nos."

"Os Espíritos são atraídos na razão de sua simpatia pela natureza moral do meio que os evoca. Os Espíritos superiores gostam das reuniões sérias, em que predominam o amor do bem e o desejo sincero de instrução e de melhoria. Sua presença afasta os Espíritos inferiores, que encontram, ao contrário, livre acesso e podem agir com inteira liberdade entre as pessoas frívolas ou guiadas apenas pela curiosidade, e por toda parte onde encontrem maus instintos. Longe de obterem bons conselhos e informações úteis desses Espíritos, nada mais devemos esperar do que futilidades, mentiras, brincadeiras de mau gosto ou mistificações, pois freqüentemente se servem de nomes veneráveis para melhor nos induzirem ao erro."

"Distinguir os bons e os maus Espíritos é extremamente fácil. A linguagem dos Espíritos superiores é constantemente digna, nobre, cheia da mais alta moralidade, livre de qualquer paixão inferior, seus conselhos revelam a mais pura sabedoria e têm sempre por alvo o nosso progresso e o bem da Humanidade. A dos Espíritos inferiores é inconseqüente, quase sempre banal e mesmo grosseira. Se dizem às vezes coisas boas e verdadeiras, dizem com mais freqüência falsidades e absurdos, por malícia ou ignorância. Zombam da credulidade e divertem-se à custa dos que os interrogam, lisonjeando-lhes a vaidade e embalando-lhes os desejos com falsas esperanças. Em resumo, as comunicações sérias, na mais ampla acepção do termo, não se verificam senão nos centros sérios, cujos membros estão unidos por uma íntima comunhão de pensamentos dirigidos para o bem."

"A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: 'Fazer aos outros o que desejamos que os outros nos façam, ou seja, fazer o bem e não o mal. O homem encontra nesse princípio a regra universal de conduta, mesmo para as menores ações."

"Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que, desde este mundo, se liberta da matéria pelo desprezo das futilidades mundanas e o cultivo do amor ao próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve tornar-se útil segundo as faculdades e os meios que Deus nos colocou nas mãos para nos provar; que o forte e o poderoso devem apoio e proteção ao fraco, porque aquele que abusa da sua força e do seu poder para oprimir o seu semelhante viola a Lei de Deus. Eles ensinam, enfim, que no mundo dos Espíritos nada pode estar escondido: o hipócrita será desmascarado e todas as suas torpezas reveladas; a presença inevitável e incessante daqueles que prejudicamos é um dos castigos que nos estão reservados; ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos correspondem penas e gozos que nos são desconhecidas na Terra."

"Mas eles nos ensinam também não há faltas irremissíveis que não possam ser apagadas pela expiação. O homem encontra o meio necessário nas diferentes existências que lhe permitem avançar, na via do progresso, em direção à perfeição que é o seu objetivo final."

Este é o resumo da Doutrina Espírita, como ela aparece no ensinamento dos Espíritos superiores.

29 de julho de 2011

 

 

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