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"Amigo não tem defeito..."
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Nestes dois primeiros meses de 2012, por reiteradas vezes, tenho procurado elaborar escritos a fim de colocar em destaque, e a todos conscientizar, acerca da importância que este ano possui no calendário eleitoral de nosso país. Importância para o presente e, especialmente para o futuro de todos nós!
Lembrando que, no Brasil, "o ano só se inicia após o Carnaval", voilà, eis que agora já estamos no "ano novo"!
Foi dada a bandeirada para as movimentações tendo em vista a disputa cívica democrática prevista para outubro próximo.
Políticos de todas as facções, e colorações, desde os mais emplumados até os mais simples "assessores dos assessores" se movimentam por toda a nação buscando levar e trazer recados que objetivam "costurar" alianças – que nada têm a ver com ideologia ou programa partidário, mas sim com a volúpia pela conquista do poder. Inegavelmente isso é um fato!
Assim é que observamos basicamente duas forças que se destacam para digladiar: "situação" e "oposição".
Até parece que retrocedemos décadas, à época do bipartidarismo...
Naturalmente pequenos partidos – os chamados "nanicos" – cujas siglas prestam-se muito mais ao aluguel do tempo que possuem na mídia do que ao desejável idealismo em prol do interesse público, também ganharão "espaço" nos meios de comunicação hipotecando seus "incondicionais apoios desinteressados" para a "situação" ou à "oposição"; a depender de quem mais oferecer no "balcão de ofertas" que estará montado.
O butim brasileiro é valioso, e todos querem dele uma fatia..., Pero Vaz de Caminha, escriba da expedição que por aqui aportou já havia disso mencionado ao rei de Portugal!
Mais uma vez, a "situação" matreiramente – como de hábito, tentará promover junto à opinião pública um "plebiscito" entre o "antes" e o "depois" – tendo como marco divisório a assunção do PT ao poder em Brasília a partir de janeiro de 2003. Todo o período anterior, os alicerces, serão alvo de críticas.
A "oposição" responsável pelo "antes" receberá uma pá de cal por sobre o inegável crédito às boas obras que realizou, mas inexoravelmente será enxovalhada no denuncismo de suas mazelas – e as houve – por parte de personagens da "situação" que estarão travestidos de modernas vestais arrogando para si todas as virtudes..., como se também não tivessem telhados de vidro, e como os têm!
As manchetes dos jornais estampam de há muito os escândalos sucessivos, culminando mais ultimamente com a queda sistemática de ministros ímprobos, para se dizer o menos e não termos que chafurdar na lama do mensalão, em dinheiro oculto em cuecas, entregas filmadas de propinas, etc.
De acordo com o famoso dito de outrora, atribuído a célebre político tupiniquim:
"Amigo não tem defeito; inimigo, se não tiver, eu ponho".
E nesse "jogo do poder", não tenhamos dúvidas, até "fogo amigo" teremos oportunidade de testemunhar, serão os oportunistas – os chamados "muristas" e os defectores que só se farão conhecer na última hora quando tornar-se impossível de ocultar o lado para o qual penderão.
É isso mesmo que irá acontecer, de parte a parte, não tenhamos dúvidas!
Por essa razão é que nos cabe – sendo mesmo imperioso, mais do que nunca, participar do processo eleitoral procurando nos politizar, e para isso se faz necessário buscarmos nos informar adequadamente acerca dos candidatos que disputarão nossos votos – candidatos a prefeito e a vereador, em todos os rincões do Brasil – cerca de 5.565 municípios.
O enorme "peso" que estas eleições municipais possuem vincula-se ao poder de formação de uma base sólida que, tanto "situação" como "oposição", pretendem conquistar – alargando suas trincheiras e ganhando músculos para, aí sim, estarem preparadas para o grande embate de 2014 – as eleições presidenciais.
A "oposição" foi alijada do poder federal em 2002 e quer – a todo custo, para ele retornar; articulações já estão em curso – parece que PSDB e DEM, especialmente, aprenderam a não mais "deixar para a undécima hora" seus esforços... Já iniciaram seu trabalho 3 anos antes do pleito; Minas Gerais que o diga!
A "situação", majoritariamente o PT, não quer perder o poder, e muito menos as conquistas obtidas – especialmente por terem "aparelhado" toda a máquina administrativa do Estado ao posicionar seus filiados – independentemente da competência individual – em cargos políticos e outros "rotulados" de administrativos, e que se encontram distribuídos por todas as empresas estatais e para-estatais do Brasil.
"Nesta terra em se plantando tudo dá..." Ah Caminha..., e diziam que era visionário..., mais, que desejava agradar Sua Majestade Portuguesa!
Como o Brasil é rico!
Sejamos minimamente competentes para que a fabulosa riqueza do Brasil não permaneça circunscrita para desfrute dos transitórios detentores do poder – independentemente de qual seja sua agremiação, quer da "situação", quer da "oposição", mas entreguemos os destinos de nossos municípios e os de nosso país a brasileiros patriotas e idealistas – certamente os há – que não pensem no singular, mas sim no plural de toda a sociedade, esta que em última instância é a verdadeira dona deste nosso mundialmente invejado torrão natal chamado Brasil.
5 de março de 2012
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