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Desaparecido: O Sol de Curitiba

 

Há quinze dias, Curitiba está no breu...           

Porque o rico Sol desapareceu!

 As nuvens falaram que foi uma conspiração em teoria,

Que sumiu com o rei Sol e toda a sua harmonia!       

 

Acusaram a Lua de matar o astro rei,

Para viajar só no universo e fazer a sua própria lei!

Mas, ela nunca mataria o seu amado...

Como já revelou um anjo alado!

 

Porque a Lua apaixonada...

Gosta de ser iluminada!

 

Dizem que foi vingança da Estrela Dalva...                                                                             

Porque o Sol não deixou a pobre cantar...

Então, esta deusa Vênus ficou alva...

E jurou se vingar congelando todo o ar!  

 

As estrelas falaram que foi um bandido vândalo,

Que fez um perigoso seqüestro relâmpago...

 

E levou o Sol para um cativeiro...

Escuro, nublado e traiçoeiro!

O marginal apagou o fogo da lenha,

Porque descobriu a senha...

 

Dos raios dourados e solares...

Assim, mandou uma triste tempestade...

Com granizos em muitos ares...

Pois roubou as luzes de verdade!

 

Este marginal é da quadrilha da geada,

Que veste um "baby-doll" frio e transparente,

Ela, realmente, deseja deixar o Sol sem nada...

Porém, ele é precavido, cuidadoso e valente!  

 

Porém, o Sol não vai entregar a riqueza

Para esta sedutora, linda e vulgar bandida        !

O Sol precisa da liberdade para mostrar a beleza,

Que num dia nublado de outono fica escondida!

 

Porque para ter arco-íris com pote de ouro...

É preciso ter o Sol depois da tempestade...

Ainda bem que o segredo deste tesouro...

Os marginais não conhecem de verdade!

 

 

 

 

 

 

Há quinze dias, Curitiba está no breu...           

Porque o rico Sol desapareceu!

 As nuvens falaram que foi uma conspiração em teoria,

Que sumiu com o rei Sol e toda a sua harmonia.

Luciana do Rocio Mallon

 

 

 

                                                                                

 

 

 

 

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