Art&MusicaLSlides® "A Esperteza e a Imoralidade"

A Esperteza e a Imoralidade

 

*Lourenço Nisticò Sanches

 

A distração e o entretenimento sadios, contidos em algumas produções cinematográficas, ensejam refletirmos acerca de nosso comportamento perante o mundo, e diante de nós próprios, tendo em vista os objetivos morais que todo homem de bem busca alcançar.

Palmilhando cada singular momento a que somos submetidos em nossa existência verificamos que sempre nos é dada a oportunidade de exercitarmos nossa vontade consoante às influências impressas em nosso ser pelo nível evolutivo em que nos encontramos, cada um de nós. Temos o livre arbítrio.

Há alguns anos fomos brindados pela magnífica interpretação de Al Pacino no filme "Perfume de Mulher" onde, na cena final, o discurso da personagem por ele magistralmente interpretado nos "fala" substantivamente acerca dos valores maiores da moral que devem nortear o ser humano, e o faz sem economizar palavras, sensibilizando a todos.

Mais recentemente, embora já transcorridos alguns anos, outra fantástica produção foi levada às telas de todo o mundo: o título?

"Coração de Dragão" – "Dragon Heart" no original em inglês.

Os magníficos efeitos visuais, a fotografia impecável e o desempenho irretocável dos atores, desfiando um enredo pleno de emoção, marcam indelevelmente a lembrança de todos que assistiram ao filme. Contudo, quero destacar uma frase dita pela voz de Sean Connery, emprestada à personagem do Dragão:

"Não confunda esperteza com imoralidade".

Quanta substância contém esse pronunciamento, muito mais do que uma simples "fala" inserida no texto!

A ambientação do filme situa-se na Idade Média, entretanto a advertência contida na frase de "Draco" bem poderia ser reiteradamente repetida nos dias atuais, por toda parte em que encontramos o homem exercendo suas atividades, especialmente àqueles que – em face do desempenho de seu mister, detém o poder de decisão que pode atingir – com efeitos irreversíveis, o dia-a-dia, e até a vida de outras pessoas!

Esforcemo-nos por buscar superar em nós próprios tudo aquilo que ainda nos ancora nos níveis inferiores do progresso moral, base de nossa essência espiritual, soltando as amarras que nos prendem às mazelas que obstam nossa evolução.

Reflitamos e, mãos à obra...!

 

 

29 de julho de 2012

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