Art&MusicaLSlides® "Motivação"

 

Motivação

 *Lourenço Nisticò Sanches

 

São as circunstâncias que vivenciamos no cotidiano, em sua maioria, que nos proporcionam a motivação – especialmente quanto ao humor determinante das atitudes comportamentais que assumimos.

Como não somos seres "programados" – a exemplo de um desses aparatos modernos da era da informática, mas detentores de circuitos atrelados à sutileza dos sentimentos são estes, portanto, os responsáveis pelas nossas posturas e ações: inconscientes – assim também a maior parte das conscientes.

A sociedade, especialmente a de consumo, criou datas que se repetem anualmente, rotuladas como sendo específicas para se homenagear pais, mães, avós, crianças, namorados, etc. É especialmente a elas que me refiro.

O comércio preocupa-se em estar bem abastecido de mercadorias nas "datas oportunas"  às vendas e os apelos da publicidade se encontram presentes em todos os tipos de mídia; hoje até por meio da poderosa Internet. Não há quem "navegue" pela Web que não tenha recebido alguma dessas peças publicitárias de incentivo à compra de artigos, para "homenagear seus pais" – no dia a ele consagrado pelo comércio.

É muito natural que isso aconteça, principalmente se refletirmos nos valores maiores que ditam as regras da sociedade, atualmente; ela tem feito fazer valer mais a posse dos bens materiais do que é essencial à formação e às conquistas do homem de bem, infelizmente.

Penso seriamente que devemos – todos nós, dar uma pausa e dedicar alguns minutos que seja para sopesarmos no que estamos nos transformando, na alienação que estamos tendo para com aqueles circuitos antes mencionados; aqueles mesmos que conduzem o sentimento, sendo o amor o maior deles.

Não será essa a motivação que efetivamente devemos fazer valer no imo de nosso ser para exteriorizar e homenagear nossos entes queridos, independentemente das datas promulgadas pelo comércio?

O "dia de nossos amados" não tem data marcada, nem hora..., constitui-se em todos os momentos nos quais temos a oportunidade de saborear conjuntamente as múltiplas experiências proporcionadas pelo dom da vida que o Criador, o Pai Eterno, nos presenteou com seu infindo amor.

Homenageemos sim – todos os instantes, mas com a singeleza que enseja a prática do amor sincero que brota das almas menos vinculadas, ou preocupadas, com a matéria e mais, muito mais, com os singelos gestos de ternura próprios à manifestação dos valores já conquistados, estes que são constituídos pela riqueza perene dos sentimentos elevados, aninhados em nossos espíritos.

12 de agosto de 2012

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