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Lendas da Cigana Dama da Noite

 

A Cigana Dama da Noite tem várias Lendas Urbanas, vamos ler algumas abaixo:

 

Flor Dama da Noite:

 

Na Idade Antiga, no Oriente, havia uma princesa chamada Damang, que tinha o dom de fazer perfumes. Ela sempre pesquisava a essência das flores através de passeios secretos pelos bosques e jardins, às escondidas, pela noite. Já que naquela época as princesas eram proibidas de sair desacompanhadas em lugares ermos. Nestas saídas proibidas, a princesa colocava uma capa escura, comprida e com um capuz que escondia o seu rosto. Afinal, tudo isto servia como disfarce.

Então, as senhoras fofoqueiras, que espiavam tudo pelas suas janelas, passaram a apelidar a moça misteriosa, da capa, de Dama da Noite.

Uma certa noite, Damang estava andando na floresta em busca de novas plantas. Quando, de repente, viu um acampamento de ciganos. Logo, a princesa fez amizade com eles e ensinou este povo a elaborar perfumes. Quando ela deu sua última aula de fabricação de perfumes para os ciganos, ela disse:

- Quero morrer cedo, para reencarnar logo num acampamento cigano.

Quinze dias depois, ela foi encontrada morta por causa de uma parada cardíaca dentro do castelo. Sua família sabia que o sonho de Damang era ser enterrada no jardim do palácio e este seu pedido foi aceito. Com a morte da princesa, a sua aia predileta espalhou seu segredo para todo o reino. Assim, todos souberam que Damang era uma excelente fabricante de perfumes.

No dia seguinte, os serviçais do castelo notaram que em cima do túmulo desta princesa, nasceram flores brancas com pétalas amareladas que só se abriam durante a noite. Então, o povo do local batizou aquela flor de Dama da Noite em homenagem à princesa.

 

Cigana Flor:

 

Na Idade Média, num acampamento cigano do clã Calon, existia uma cigana chamada Mara, que estava grávida. Um dia, esta caravana parou num local onde havia um jardim repleto de flores chamadas dama da noite. Assim, Mara sentiu contrações fortes e deu à luz a uma menina bem no meio daquele jardim. Por isto, a garota foi batizada de Flor.

Quando chegou a noite, Mara e Flor estavam olhando para a Lua, quando, de repente, viram que uma estrela cadente caiu perto do acampamento. Mara deixou a menina com sua irmã e foi atrás do astro. No local em que a estrela caiu, ela achou um espelho em forma de triângulo. Deste jeito, Mara pensou:

- Darei este presente para a minha filha, quando ela crescer.

O tempo passou e um certo dia, esta caravana de ciganos foi atacada por um monstro que lançava raios mortais. Porém, Flor percebeu o perigo e mostrou o espelho, em forma de triângulo, à terrível criatura, cujo o raio bateu no espelho e se voltou contra o próprio lançador de raios, que foi atingindo e acabou morrendo.

Alguns anos depois a cigana Flor faleceu de pneumonia.

Reza a lenda que quando uma mulher ganha ou compra um espelho em forma de triângulo ela se torna protegida pela cigana Flor no astral.

 

Dama da Noite no Império Brasileiro:

 

No século dezenove, a cigana Flor reencarnou no Brasil, com o nome de Helena. Aqui, ela virou uma dona de uma casa de espetáculos. Este estabelecimento só abria no período noturno e por isto sua dona recebeu o apelido de Dama da Noite. Helena, além de ser empresária do ramo de entretenimento, também curava as pessoas com receitas de chás com pétalas de flores.

Reza a lenda que Dom Pedro I, ainda solteiro, freqüentou algumas vezes esta casa noturna e teve um romance proibido com Helena, que morreu de tuberculose aos 23 anos de idade. A lenda, também diz, que no local onde funcionava a casa noturna da dama da noite é, hoje, um famoso cemitério onde há, por coincidência, muitas flores chamadas dama da noite.

Luciana do Rocio Mallon              

 

 

 

 

 

 

 

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