Senhoras e senhores escolham seus lugares e acomodem-se...

A "corrida" vai começar !

 

* Lourenço Nisticò Sanches

 

Os noticiários, através de todos os meios de comunicação, dão conta de que estamos vivendo o limiar do início das composições políticas, tendo em vista a próxima disputa presidencial em 2014. As recentes eleições municipais converteram-se no estopim.

Os tradicionais partidos políticos observaram surpresos o desempenho altamente satisfatório de agremiações, até então, de pouca expressão e representatividade no âmbito nacional; o "jogo do poder" tem agora novos parceiros em face do "espaço" por eles conquistado recentemente nas urnas.

Penso que a importância relativa dos partidos políticos terá enorme influência nas composições das "chapas" que serão formadas, chegando mesmo a igualar seu "peso" com os nomes dos candidatos que vierem a ser lançados, fato historicamente pouco comum em nosso país.

É mister que essa avaliação seja feita considerando que no Brasil, tradicionalmente, os candidatos sempre foram mais importantes individualmente do que as legendas políticas nas quais se abrigaram, em outras palavras os candidatos sobrepunham-se aos seus partidos quanto à relevância diante da população o que, em última análise, é fator decisivo para que o eleitor exerça sua opção de voto.

Os partidos políticos, parece-me, estão começando a criar identidade própria, e força, muito embora ainda permanecendo dependentes da vinculação individual com seus expoentes maiores; tal é o caso do PT com Lula, do PSDB com FHC, Geraldo Alckmin e Aécio Neves – neto de Tancredo Neves, e agora também o PSB com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos – neto de Miguel Arraes, dentre outros menos cotados.

No intrincado xadrez da política, o tabuleiro já está pronto, e com suas peças aparentemente posicionadas (será ?).

Ainda teremos, no tempo que permeia até as eleições, inúmeros fatos novos que influenciarão as estratégias de cada postulante – partidos e candidatos. Verdade é que as fichas que representam os "cacifes eleitorais" já se tornaram conhecidas – especialmente depois do pleito deste último outubro.

Importante também destacar que as "repercussões" do julgamento da "ação 470", o "mensalão" ainda não produziram todos os seus efeitos..., respingos - cá e acolá, persistem, além do ingresso – nesta data – de petição por parte da oposição a fim de que seja verificada pelo Ministério Público a participação de Lula no esquema criminoso recém julgado e que se encontra em fase de conclusão com a determinação das penas aos réus condenados. Qual será o desfecho dessa nova investigação?

Lembremos que somos um país de memória curta, que esquece os fatos de "ontem" (não tão antigos...) e endereça sua atenção aos novos acontecimentos... Mas será que esse perfil também não estará mudando? Somos um povo cuja politização é ainda insipiente, mas estamos aprendendo..., não mais poderemos nos deixar levar pelo "canto da sereia" vociferado por pretensos arremedos mambembes de caudilhos populistas, estes que são descompromissados com os interesses plurais da nação..., pensam em si próprios - apenas, e em sua perpetuação no poder.

Ao desejarmos o melhor para o Brasil, para a grande família brasileira e aos que irão nos suceder, faz-se imprescindível que participemos desde já, ao menos tomando ciência das notícias, dos fatos, e tecendo a necessária avaliação pessoal que auxiliará a construirmos base sólida para exercer com consciência e sabedoria nossa responsabilidade de cidadãos ao escolher nossos futuros governantes.

 

 

6 de novembro de 2012

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