Art&MusicaLSlides® "2014 - O 'carro madrinha' já está na pista"

2014 – O “carro madrinha” já está na pista

 

* Lourenço Nisticò Sanches

 

Enfileirados atrás do “carro madrinha” os postulantes à candidatura presidencial já estão iniciando a “volta de apresentação”, em verdadeiro desfile...

Essa exposição foca angariar a simpatia pública, mas principalmente a do meio político – de fato, em particular, os grupos detentores do poder de decisão em cada legenda.

Naturalmente a imprensa também é alvo – muitos dos veículos assumindo papel ativo, tecendo seus comentários, mas também outros compromissados meramente com a informação pura e simples – desse “desfile”.

As “equipes”, digo, os partidos, após as recentes eleições municipais, iniciaram o processo de articulação interna para escolher e, a seguir, apresentar seus pré-candidatos; inicialmente no âmbito interno da legenda e, obtido o consenso, descortinando publicamente a opção indicada.

Perceba-se que o importante não se resume ao fato de ter um “bom candidato”..., mas sim ter um candidato com amplas possibilidades de vitória e, para tanto, não se pode negligenciar nenhuma das providências a seguir elencadas.

Estamos na fase inicial em que a “musculatura” representada pelas alianças partidárias – muitas delas podendo mesmo ser chamadas de “conchavos” por nada incorporarem do ideário das agremiações – começa a tomar forma. Aglutinam-se tão somente ao real objetivo comum, este que chama-se simplesmente “a conquista do poder”! Infelizmente, convenhamos, apenas em segundo plano vêm os anseios do plural da população..., infelizmente.

Terá enorme influência às pretensões de vitória “das oposições” o pleno engajamento interno – o quanto antes, dos membros de cada partido que venham a apresentar o candidato ungido, especialmente por saber que o PT , atualmente no poder, tem sido historicamente o único partido que mantém seus membros e afiliados permanentemente mobilizados – havendo ou não eleições no curto prazo.

Os noticiários já nos dão conta de que os “caciques” das legendas estão se movimentando, tanto os da situação como os das agremiações que compõe a oposição, todos eles...

Por melhor que possa ser o “piloto”, digo candidato, ele deverá contar com o auxílio pleno de sua equipe (partido) e a ela, obrigatoriamente, tem que integrar “massa crítica” suficiente a fim de conferir robustez e força para o enfrentamento político. Outras siglas partidárias deverão somar-se para que a possibilidade de vitória seja consistente, especialmente ao considerarmos a dimensão e as diferenças regionais presentes em nosso país, mesmo que esse amálgama de partidos tenha “ingredientes” diferentes em cada porção da “terra tupiniquim”.

Um verdadeiro e consistente “tour de force” deverá ser construído em torno da “chapa” a ser definida pelos partidos que integram as “oposições”; com a imprescindível participação do maior número de legendas – independentemente dos ideários oficiais desses partidos – todos segurando o que podemos chamar de “cabo de guerra”. Explicações ao povo, oportuna e matreiramente (aliás, como sempre se verifica) poderão ser dadas.

Na política a vaidade pessoal e o assodamento são inimigos mortais para os planos de longo prazo de qualquer candidato, ou partido..., independentemente de qual sigla pertença.

Há que se entender que existe uma “fila”, e que ela anda... Há que incorporar-se com firmeza e confiança mútua o mote “me empurra que eu te puxo”...

Mesmo com os profundos arranhões que vem sofrendo, em face de escândalos que se sucedem dos mau feitos em seu governo – quantos mais haverá? – a figura carismática (isso é fato inegável) de Lula, junto à expressiva parte da população – menos politizada, ainda possui um grande peso como “cabo eleitoral” do partido que está na situação, e do seu candidato que venha a ser escolhido/a, muito provavelmente Dilma Roussef.

Não nos esqueçamos de que o PMDB – hoje ocupando a vice-presidência, nunca foi um partido coeso, representando muito mais aquilo que se pode denominar de “frente”, na qual se abrigam políticos cujo único compromisso limita-se tão apenas com o singular, o seu singular de poder.

Não tenhamos dúvidas de que o embate será polarizado, mesmo que a situação use a estratégia de Napoleão e tente “dividir” a oposição.

Os ingredientes desse quadro podem, e deverão, ser explorados para a construção maciça dessa “força suprapartidária de oposição” para, aí então, ela ter um “bom candidato”..., aquele que, independentemente do nome, terá reais chances de vitória e fazer com que o PT volte às suas origens filosóficas de partido de oposição – de onde nunca deveria ter saído, prestando um melhor serviço à nação, como outrora já o fez – desde que assumiu o poder não mais.

 

5 de dezembro de 2012

 

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