E POR FALAR EM FIM DO MUNDO...

*Milton Medran

E, por falar em fim de mundo, me perguntam o que penso a respeito.

            Penso que não existe um fim. Nem da gente, nem do mundo. O que existe é um eterno recomeço. Cecília Meireles, poeta de sensibilidade ímpar, disse isso em inspirados versos:

            "Tu tens um medo: acabar:/ Não vês que acabas todo o dia./ Que morres no amor./ Na tristeza./ Na dúvida./ No desejo./ Que te renovas todo o dia./ No amor./ Na tristeza./ Na dúvida./ No desejo./ Que és sempre outro./ Que és sempre o mesmo./ Que morrerás por idades imensas./ Até não teres medo de morrer./ Então serás eterno".

            Tudo em nós, e em torno de nós: as células e os átomos, os neurônios e os sentimentos, os sonhos e o pensamento...Tudo está em constante mutação. O Planeta que nos abriga e o Universo que nos contém, também se transformam permanentemente. Talvez as mudanças ocorram hoje com mais rapidez. Num ritmo com o qual ainda não nos acostumamos. Por isso, às vezes assustam.

            A propósito, acontece, amanhã, em Porto Alegre, palestra com uma reflexão espírita sobre o assunto: "Transição Planetária ou Fim do Mundo?", com Salomão Jacob Benchaya. Será no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, (Rua Botafogo, 678), às 3 da tarde, desta quarta-feira, 19. Entrada franca.

            Apareça lá para refletirmos juntos sobre o tema. Quando refletimos sobre algo que nos causa medo, quase sempre o medo se transforma em esperança. Neste caso, esperança fundada na consciência, que todos já somos capazes de assumir, da necessidade de um novo tempo para o homem e para o mundo.

 

* Milton Rubens Medran Moreira - Advogado e jornalista. Presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre - RS.

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