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Lendas da Praça João Cândido de Curitiba
Em Curitiba, num bairro chamado São Francisco, existe uma praça denominada João Cândido, onde há muitas Lendas Urbanas. Leremos algumas abaixo:
Ruínas, Pirata Zulmiro e Anjo Dourado: Há muitos anos atrás, os franciscanos estavam erguendo uma igreja, no local onde é hoje a Praça João Cândido. Mas, eles tiveram que abandonar a obra na metade porque foram expulsos do Brasil pelo Marquês de Pombal. Dizem que durante a tentativa de construção deste templo, um anjo dourado aparecia todas as noites para proteger os freis. Mesmo depois da expulsão deles, o anjo continuou neste lugar. Reza a lenda, que este mesmo anjo, apareceu em sonho para um padre que pretendia ajudar na construção de uma catedral, na capital do Paraná, e disse-lhe: - Boa noite! - Sou o anjo dourado! - Por favor, construa a catedral basílica da Vila de Nossa Senhora da Luz, com o material que sobrou da tentativa de construção de igreja que os freis estavam erguendo. Pois, assim a catedral será um templo abençoado, merecedor de reformas todos os anos. Então, o sacerdote obedeceu ao anjo. Por isto, a catedral basílica de Curitiba sempre está em reforma e nunca correrá o risco de ser abandonada. Outro causo que rola na Praça João Cândido é que o Pirata Zulmiro estava procurando um local para esconder o seu tesouro. Desta maneira, o anjo dourado apareceu para ele e pediu para que este homem enterrasse o baú debaixo da igreja semi-construída dos franciscanos, pois lá o anjo dourado seria o eterno guardião do tesouro.
O Morro dos Enforcados e o Casal-Fantasma: Reza a lenda que, durante a época do Brasil-Colônia, a Praça João Cândido era apelidada de: O Morro dos Enforcados, pois lá era o local que os bandidos eram mortos, publicamente, na forca. Dizem que durante aquela época, existia um casal de namorados chamado: Isadora e Manoel, que se amavam desde a infância. Mas, ao chegar à adolescência, a moça foi obrigada a casar com um senhor idoso e rico, com o objetivo de salvar a sua família da falência. Desiludido, Manoel teve caso com a filha de um vizinho, engravidou esta jovem e foi obrigado a se casar com ela. Porém, mesmo assim, com o tardar do tempo, Isadora e Manoel reataram e passaram a ter um caso secreto. O lugar em que eles sempre se encontravam para ter intimidades era o Morro dos Enforcados, quando ficava vazio. Uma certa noite beatas puritanas, que passavam pelo local, pegaram o casal fazendo amor no morro e denunciaram o caso às autoridades competentes. Deste jeito, Manoel e Isadora foram condenados a morrer na forca, justamente, no Morro dos Enforcados por atentado violento ao pudor. Assim, os dois foram enforcados lado a lado. A partir deste dia, pessoas afirmaram ver um casal tendo relações íntimas, em plena luz do dia, naquele mesmo local. Mas, ao se aproximarem dele, o homem e a mulher sempre desapareciam no ar. Até hoje, na Praça João Cândido, há relatos como este. Em 2009 uma comerciante, que tem uma loja atrás das escadarias deste local, afirmou ter visto da janela do seu escritório, um casal fazendo amor atrás das escadarias da praça. Inconformada com tremenda falta de vergonha, a empresária, decidiu aproximar-se do local. Porém, à medida que ela chegava perto, o homem e a mulher desapareciam sem nenhuma explicação.
A Noiva Loira do Belvedere: Há muitos anos atrás existia, em Curitiba, uma adolescente chamada Esther, que era loira com os olhos muito azuis. O passatempo preferido dela era subir no belvedere, do Morro dos Enforcados, para admirar e conversar com as estrelas. Seu poema preferido era: Ouvir Estrelas do Olavo Bilac. O problema era que Esther tinha um padrasto que sempre tentava abusar da pobre, quando estava bêbado. Porém, quando isto acontecia, a menina sempre se escondia no seu mirante preferido e pedia a proteção das estrelas. Uma certa vez, seu padrasto resolveu casá-la com um idoso muito rico. Na hora do casamento, numa noite sem estrelas, ela não quis entrar na igreja, por isto levou chicotadas do seu padrasto e entrou no templo contra a sua vontade, pois estava muito machucada. Chegando, na sua nova residência, o seu noivo a violentou. Depois deste ato covarde, a garota saiu correndo, com o seu vestido de noiva todo rasgado, entrou no belvedere, se jogou e acabou morrendo. Reza a lenda que Esther odeia os homens, por isto até hoje, nas noites de Lua Cheia, ela seduz os rapazes que freqüentam as casas noturnas do bairro chamado São Francisco, leva as vítimas até o mirante e mata as pobres. Várias pessoas que freqüentam o lugar, à noite, falaram que já viram uma noiva loira da janela do belvedere. Luciana do Rocio Mallon
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