Art&MusicaLSlides® "A fanfarronice do pretenso elitista"
A fanfarronice do pretenso elitista
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Sentimos profunda inquietação quando ouvimos de alguns líderes populares – especialmente do maniqueísta mor da nação – que até a pouco se sentava na cadeira presidencial – a manifestação de desprezo pela parcela, da sociedade que matreiramente achou por bem denominar de "elite". Aliás, o faz com a nítida conotação de pecha, exsudando em sua fala, acompanhada dos gestos, a materialização dos sentimentos mais primitivos do ser humano, raiva mesmo. Ou será a exteriorização de seu indiscutível complexo de inferioridade...?
Penso, contudo, que essa estranha postura é milimetricamente estudada e segue um dos preceitos da infamante "cartilha" de Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista:
"Transformar seu/s adversário/s em um inimigo único. É importante adotar uma única idéia, um único símbolo." No presente caso, a "elite".
A fala verborrágica, e hipnótica, lamentavelmente despejada nos ouvidos do povo majoritariamente despolitizado e de pouca cultura faz – aos mais esclarecidos, ressuscitar a abjeta lembrança de algumas das figuras mais burlescas da história, mestres na pantomima que tristemente conduziram povos e nações a enormes desastres; basta citar Adolf Hitler, como exemplo mais recente.
Também provoca imenso mal-estar as megalomaníacas e improcedentes auto-comparações que faz com dignos e ilustres personagens da história mundial, tentando mimetizar sua obscura imagem com aquela de indivíduos que reconhecidamente contribuíram para o progresso de suas nações, e da humanidade, como ocorrido com a abolição da escravatura no país norte-americano.
Quanto à elite, basta entendermos que assim são classificadas todas as pessoas que, de alguma maneira, se destacam na sociedade independentemente do segmento em que se encontram – seja científico, tecnológico, cultural, religioso, sociológico, econômico..., ou até mesmo político, assim como se configura aquele que recebeu a alcunha de "o tal" – em grafia minúscula mesmo, como bem lhe cabe.
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