Art&MusicaLSlides® "A era PT ou a institucionalização da mentira"

 

A era PT ou a institucionalização da mentira

 

*Lourenço Nisticò Sanches

 

    Ontem o Papa Francisco, em entrevista ao repórter da TV Globo – foi exibida no Fantástico, disse ser natural da juventude o inconformismo, explicando que a busca pelo sonho do ideal, muita vez utópico, responde por essa postura. Asseverou, contudo, que é preciso estabelecer o diálogo, ouvir, respeitar e escutar atentamente o que a juventude tem a dizer, aproveitando sua contribuição para a construção de uma sociedade mais humana e solidária, execrando a injustiça e a corrupção.

    Bravo!

    A sensibilidade do pontífice exala através de cada sílaba de sua lúcida e serena manifestação, aliás, demonstrou substantivamente em sua viagem ao nosso país que não cinge-se no falar, mas que essa postura está incorporada no seu comportamento, em cada singular atitude de sua vida.

    E como estabelecer as bases para o diálogo franco, aberto, honesto e construtivo? Imprescindível que o alicerce da honestidade de princípios e da absoluta higidez de conduta estejam presentes, a fim de permitir erigir empreendimentos de qualquer natureza – material, filosófico, de relacionamento interpessoal e, especialmente, político.

    Nos idos de sua fundação o PT aproveitou-se do momento histórico que vivia o país, carente de ideias e ideais – menos pautados pelo rigor militar e mais civis – e qual uma cunha avançou por esse nicho conquistando a simpatia dos jovens e de algumas figuras de destaque no meio acadêmico, todos "picados pela mosca azul" do entusiasmo de uma pseudo ideologia liberacionista.

    O partido cresceu numérica e politicamente, aos poucos os obstáculos foram sendo contornados – alguns derrubados, para tanto os princípios que o embasaram tornaram-se maleáveis e foram sendo adaptados em consonância com a dinâmica dos acontecimentos – especialmente para consumar arreglos espúrios, que o ajudaram a pavimentar o caminho para a conquista do poder, tendo como lema oculto: "O fim justifica os meios!"

    E assim ocorreu... O discurso mambembe e apedeuta finalmente alçou seu expoente mor ao Palácio do Planalto e, pasme-se, por dois mandatos consecutivos.

    Mentiras, falácias e arroubos caricatos, de causar pecha a qualquer chefe de Estado, foram incorporados a quem se proclamou ser uma metamorfose ambulante – ao menos nisso foi coerente.

    A mancheias – por conta de gigantesco rombo no erário – implantou programas assistencialistas de eficácia altamente danosa no médio e longo prazos, mas hipocritamente valiosas no imediato – especialmente em favor de votos, muitos votos... Conseguiu, com essa matreirice ladina, até eleger sua sucessora, presidente que ainda nesta semana se auto proclamou ser uma nulidade, ao declarar que seu antecessor nunca saiu de sua posição política, incluso o poder, que detinha quando formalmente foi presidente.

    Mas voltemos ao período anterior a março de 1985, à época em que a juventude idealista – tão bem destacada pelo Papa Francisco, foi ardilosamente manipulada (igualmente objeto de recriminação na fala do Sumo Pontífice) e somada aos anseios da população (inclusive dos militares) fazendo com que o Brasil retornasse ao regime democrático presidencialista.

    Robustecidos pela atividade militante ao longo dos anos, além da tutela dos "donos da ilha caribenha", e sempre lastreados na incansável obsessão de conquista do poder – a qualquer custo, finalmente o PT chegou a ele, onde permanece por mais de doze longos anos.

    A fala bravateira do ex-presidente já não mais se ouve com tanta freqüência (nem para "explicar" o caso Rose), além de não calar tão intensamente quanto outrora, enquanto que a ex-micro empresária de R$1,99 além de ser "dura de molejo" no relacionamento político, nos pronunciamentos e diálogos – quando abre a boca é uma tragédia, enfrenta as dificuldades decorrentes de uma péssima administração, além de condução desastrada da política financeira e econômica. Sem que se mencione as contas (publicadas) do governo, com fantásticos gastos (desperdícios/orgias financeiras), notícias diárias de falcatruas e corrupção com o dinheiro público se avolumando (Gestão nota "0"), "cada hora parte um trem" – também objeto da fala do Papa Francisco ao referir-se à corrupção...

    E o discurso dos "líderes" do PT mantém-se iludindo a população...: "O tomate é azul..., lindo!"

    Os programas de "propaganda gratuita" em breve terão início e seremos obrigados a ver e voltar a ouvir a mesma arenga petista, aliás, já iniciaram ao dizer que as manifestações que estão ocorrendo Brasil afora é porque o povo provou do que é bom e quer mais...

    Como o PT é generoso e competente, acho até que algum marqueteiro vai fazer sua estrela virar azul, como o tomate...

    A verdade, sempre a verdade – "duela a quien duela" (acho que os cubanos, se pudessem, diriam assim...!)

    Que mensagem soberba ao Brasil nos trouxe o Papa Francisco!

 

*Lourenço Nisticò SanchesProfissional de Marketing, pesquisador, cronista e articulista

29 de julho de 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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