Art&MusicaLSlides® "Ex-embaixador diz que aproveitava espionagem dos EUA para mandar recados"
20 de Setembro de 2013 às 11:44
Ex-embaixador diz que aproveitava espionagem dos EUA para mandar recados
Por Jovem Pan
fonte: Jovem Pan
Ricupero esteve à frente da Embaixada do Brasil na capital dos EUA entre os anos de
Rubens Ricupero afirmou nesta sexta-feira (20) ao participar do Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que aproveitava o sistema de espionagem dos Estados Unidos na época em que foi embaixador do Brasil em Washington para mandar recados às autoridades locais.
“Toda vez que eu precisava mandar uma mensagem ao governo americano, que eu não poderia fazer em linguagem diplomática, eu falava ao telefone com o meu colega do Brasil”, contou Ricupero, que esteve à frente da Embaixada do Brasil na capital dos EUA entre os anos de
O jurista comentou também que, segundo sua análise, a presidente Dilma Rousseff desistiu de viajar aos EUA por motivação política. Para Ricupero, ela ouviu o “ex-presidente Lula e percebeu que não havia clima para o encontro com Barack Obama”.
“A desistência de Dilma de ir aos Estados Unidos é o primeiro grande resultado em nível mundial após as revelações de espionagens feitas por Edward Snowden. Não havia clima para o encontro. (...) Ela cancelou a viagem sobretudo por motivação política. Dilma chegou à conclusão que em termos eleitorais ela tem mais a ganhar do que a perder”, disse.
O ex-embaixador lembrou que há mais de 40 anos houve uma grande investigação sobre a espionagem norte-americana. Segundo ele, desde então foi revelado que os EUA monitoravam diversos países. “Nesta época eu era conselheiro da embaixada do Brasil nos Estados Unidos. (...) As agências secretas entravam nas Embaixadas com uniformes de empresas que faziam manutenção dos equipamentos para colocar microfones nas paredes. Elas já violavam o sistema desde aquela época”, afirmou.
Já sobre o fato de as gigantes americanas desistiram de participar do leilão do pré-sal no Brasil, Ricupero acredita que as empresas não obtiveram informações privilegiadas do sistema de espionagem norte-americano. “Eu não creio que tenha sido por isso. Mas há indícios de que as empresas teriam sido favorecidas, antes do anuncio da desistência, pela espionagem”.
Ouça o áudio e confira ainda a análise do embaixador sobre a atual situação da economia brasileira após tentativas de leilões frustrados no país.
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