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Ensinar com sabedoria

Voc j teve alguma dificuldade para convencer seu filho a fazer alguma coisa que ele no desejava ou se sentia incapaz de fazer?

Em caso afirmativo, qual foi a ttica usada para esse convencimento?

As respostas so as mais variadas possveis, mas, geralmente, no usamos estratgias eficientes porque a nossa pacincia no o permite.

Todavia, para que consigamos um resultado satisfatrio na educao dos filhos, preciso ensinar com sabedoria.

Uma pequena histria de dois irmos nos dar mostra disso.

O menino, parado diante da alta montanha, disse irm mais velha:

"No consigo subir este morro. impossvel! O que vai acontecer comigo? Vou passar a vida inteira aqui no p do morro? Isso terrvel demais!"

"Que pena!" Disse a irm. "Mas olhe, maninho, descobri uma brincadeira tima!"

No mesmo instante, pisou com fora no solo e desafiou o irmo: "Duvido que voc consiga deixar uma pegada to ntida, na terra, quanto a minha."

O menino aceitou o desafio e deu um passo frente. Colocou o p no cho e respondeu com alegria:

"Veja! A minha pegada est igual sua!"

"Voc acha?" Perguntou a irm. "Olhe a minha de novo. Agora eu vou pisar mais fundo, porque sou mais pesada que voc.

Tente outra vez, e veja se consegue pisar mais forte", continuou a irm.

"Agora a minha est to funda quanto a sua", gritou o menino com alegria.

E, com satisfao continuou a dar passos e fazer pegadas cada vez mais fortes.

"Olhe, mana! Esta, esta e esta, esto o mais fundo possvel."

", est muito bom mesmo", disse a irm. "Mas agora minha vez, deixe eu tentar de novo e vamos ver."

E eles continuaram, passo a passo, comparando as pegadas e rindo da nuvem de poeira que deixavam para trs.

No demorou muito tempo e o menino olhou para cima.

"Ei", disse ele, "ns estamos no alto do morro."

"Nossa!" Disse a irm. "Estamos mesmo."

A garota, usando a sabedoria, conseguiu convencer o irmo que no estava disposto a enfrentar a caminhada morro acima.

Sua ttica foi a de caminhar sua frente e desafi-lo a fazer o mesmo, em forma de brincadeira.

Mas, ao contrrio da sua atitude, muitos de ns usamos a maneira mais difcil, que a do empurro. Desejamos que os filhos venam as dificuldades e as limitaes na base da chantagem ou do tradicional "sopapo".

Talvez esse seja o motivo pelo qual nossas tentativas muitas vezes no do bom resultado.

Por essa razo, vale a pena pensar na melhor forma de conduzir nossos educandos para que eles consigam chegar ao ponto que desejamos, sem cicatrizes e sem traumas.

Pensemos nisso!

Redao com base no cap. O morro, de Laura E. Richards, de O livro das virtudes, v. 2, de William J. Bennett, ed. Nova Fronteira