Art&MusicaLSlides® "Gestos que salvam vidas"

Gestos que salvam vidas

 

A chuva caa fina e glida na tarde quieta. Longe, na estrada, um carro parou. Era pequeno e meio velho.

Um rapaz saltou, levantou o cap e se ps a mexer em tudo que viu.

O fazendeiro, de onde estava, pensou: "coitado. Pelo jeito, no entende de mecnica."

Vestiu sua capa de chuva e caminhou at a estrada. O jovem estava muito nervoso, mexia no carro, voltava, tentava dar a partida, passava as mos pelos cabelos.

"Quer ajuda?"

O rapaz parecia preste a chorar.

" a bobina." - diagnosticou o fazendeiro, depois de uma boa olhada.

Buscou seu cavalo, rebocou o carro at o seu celeiro e com seu prprio carro, foi cidade comprar uma bobina nova.

Estranhou que, ao chegar loja, o rapaz no quisesse entrar. Deu-lhe o dinheiro necessrio e disse que tinha vergonha, por estar molhado.

Algum tempo depois com o carro funcionando, pronto para partir, a esposa do fazendeiro insiste para que fique para o jantar.

No era hbito convidar estranhos para adentrar a casa. Contudo, aquele rapaz parecia aflito, meio perdido. Poderia, talvez ser seu filho.

Ele quase no comeu. Continuava preocupado, ansioso. A chuva se fez mais forte. O casal preparou o quarto de hspedes e pediu que ficasse.

Na manh seguinte, suas roupas estavam secas e passadas. Ele se mostrava menos inquieto. Alimentou-se bem e despediu-se.

Quando pegou a estrada, aconteceu uma coisa estranha. Ele tomou a direo oposta da que seguia na noite anterior. Isto , voltou para a capital.

O casal concluiu que ele se confundira na estrada.

O tempo passou. Os dias se transformaram em semanas, meses e anos. Ento, chegou uma carta endereada ao fazendeiro:

"Sr. Mcdonald,

No imagino que o senhor se lembre do jovem a quem ajudou, anos atrs, quando o carro dele quebrou.

Imagine que, naquela noite, eu estava fugindo. Eu tinha no carro uma grande soma de dinheiro que roubara de meu patro.

Sabia que tinha cometido um erro terrvel, esquecendo os bons ensinamentos de meus pais.

Mas o senhor e sua mulher foram muito bons para mim. Naquela noite, em sua casa, comecei a ver como estava errado.

Antes de amanhecer, tomei uma deciso. No dia seguinte, voltei ao meu emprego e confessei o que fizera.

Devolvi todo o dinheiro ao meu patro e lhe implorei perdo.

Ele podia ter me mandado para a priso. Mas, por ser um homem bom, me devolveu o emprego. Nunca mais me desviei do bom caminho.

Estou casado. Tenho uma esposa adorvel e duas lindas crianas. Trabalhei bastante.

No sou rico, mas estou numa boa situao.

Poderia lhe recompensar generosamente pelo que o senhor fez por mim naquela noite. Mas no acredito que o senhor queira isso.

Ento resolvi criar um fundo para ajudar outras pessoas que cometeram o mesmo erro que eu. Desta forma, acredito poder pagar pelo meu erro.

Que Deus o abenoe, senhor, e a sua bondosa esposa, que me ajudou ainda mais do que o senhor sabia."

Enquanto o casal lia, os olhos se encheram de lgrimas. Quando acabaram, a esposa colocou a carta sobre a mesa e citou versculos do captulo 25 do Evangelho de Mateus:

"Era peregrino, e me recolheste. Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber.

Estava nu, e me vestistes. Estava enfermo e me visitastes. Estava no crcere e me fostes ver.

Em verdade, todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmos mais pequeninos, a mim o fizestes."

 

Redao com base no cap. O visitante da noite, de Hartley F. Dailey, do livro Histrias para aquecer o corao dos pais, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jeff Aubery, Mark & Chrissy Donnely, Ed. Sextante e Evangelho de Mateus, cap. 25, vers.35, 36 e 40.

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