04/02/2014

 às 15:40 \ Política & Cia

Delegado Romeu Tuma Jr. vai lançar segundo livro com denúncias sobre violações à lei durante o governo Lula

O ex-secretário Nacional de Justiça Romeu Tuma Jr.: vêm aí mais denúncias de ilegalidades. Ele se dispõe a apresentar provas à Justiça, se acionado (Foto: Paulo Vitale)

 

No livro Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado (2013, Editora Topbooks, 550 páginas), o delegado aposentado da Polícia Civil paulista Romeu Tuma Jr., durante três anos e meio Secretário Nacional de Justiça durante o segundo lulalato, descreve o funcionamento do que denomina “fábrica de dossiês” dentro do governo Lula para prejudicar adversários políticos e, entre muitos outros fatos, a instrumentalização política e a atuação ilegal da Polícia Federal.

O livro já ultrapassou a marca de 60 mil exemplares vendidos.

Tuma, que concedeu uma explosiva entrevista no final da noite de ontem ao programa Roda-Viva, da TV Cultura, afirma que, a despeito de ele e sua família estarem sendo ameaçados de morte, já prepara um segundo livro com mais denúncias.

Sua previsão – feita após a entrevista – é de que venha a público em quatro meses.

O delegado, que atualmente é sócio de um escritório de advocacia, promete, entre outras revelações que demonstrariam práticas ilegais durante o segundo mandato de Lula, contar mais do que sabe do assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, em 2002 — ele foi o primeiro encarregado de investigar o crime, cometido dentro da jurisdição de seu distrito policial à época — e do que afirma ter sido a colaboração de Lula, durante a ditadura, com o DOPS, a extinta polícia política de São Paulo.

Durante a entrevista, entre muitos outros pontos, Tuma revelou que, a despeito das gravíssimas e comprometedoras revelações feitas a respeito de vários membros do governo — incluindo o ex-ministro da Justiça Tarso Genro –, e diferentemente do prometido em dezembro, quando do lançamento do livro, ninguém até agora o processou.

O ex-secretário Nacional de Justiça afirmou que a Polícia Federal está sendo “instrumentalizada” para objetivos políticos, que setores da PF se preocupam mais em investigar adversários do governo do com a segurança pública e vêm seguidamente agindo à margem da lei. “Estamos vivendo um Estado policial em plena democracia”, acusou.

Se processado, ele pretende requerer à Justiça a “exceção da verdade” — ou seja, a possibilidade de provar que o que escreveu é verdade, com provas além das já publicadas no livro.

Se quiserem assistir ao programa Roda-Viva, cliquem aqui.

 

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