Art&MusicaLSlides® "Escravos da palavra"

Escravos da palavra

Voc j percebeu o quanto nos tornamos escravos das palavras que falamos? De como nos conduzimos por situaes difceis pela nossa prpria fala?

Os pensamentos, enquanto guardados na intimidade da casa mental, so propriedade nica e exclusivamente de quem os idealiza.

Porm, o pensamento que se converte em verbo falado, passa a ser de domnio pblico e deveremos responder pelos reflexos dos mesmos.

A palavra que edifica, enobrece, auxilia, tesouro que dispensamos ao caminhar.

Porm, o verbo cido da crtica destrutiva, do comentrio maledicente buscando a desmoralizao alheia, ou a acusao injusta do julgamento insensato, so dificuldades que amealhamos e das quais teremos que dar conta, uma a uma.

Assim, atitude de sabedoria vigiarmos as palavras que saem de nossa boca. Pensar antes do falar atitude sensata que nos poupa de muitos dissabores.

Para tanto, imperioso cultivarmos a reflexo e autoanlise do que se passa em nosso mundo ntimo, pois que a boca fala daquilo que est cheio o corao, conforme nos alerta Jesus.

Alguns pesquisadores chegam a afirmar que circulam em nossa casa mental cerca de 95.000 ideias ao dia, das quais 85.000 so repetitivas, doentias, monotemticas.

Para que o verbo se faa construtivo, necessrio o exerccio da faxina mental, para que da mente possamos exteriorizar aquilo que no nos escravize negativamente.

O exerccio do silncio interior, do isolar-se alguns instantes diariamente do mundo para se encontrar consigo mesmo fundamental.

Ao mergulharmos no silncio de nossa casa mental, vamos conhecendo e entendendo qual o mundo ntimo que carregamos e que, muitas das vezes, ainda se mostra totalmente desconhecido para ns mesmos.

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Vigiemos nossas palavras, para que elas sejam teis, proveitosas e edificantes. Evitemos o comentrio maldoso, o julgamento precipitado ou a acusao indevida.

Ainda, preservemos o nosso falar das expresses chulas, das comparaes grotescas ou das piadas vulgares. O clima emocional e psquico, com o qual nos envolvemos, fruto do que pensamos e do que falamos.

Se a mente ainda traz dificuldades, se os pensamentos infelizes ainda tomam nossa casa mental, muitas vezes nos perturbando, faamos o silncio interior, deixando que lentamente aqueles pensamentos cedam espao para outros, mais nobres e enriquecedores.

Cultivemos o verbo elegante, a palavra de consolo, os temas edificantes para que nossa boca no seja quem nos condene, fazendo-nos escravos daquilo que, de forma invigilante, expressamos com a palavra no refletida.

 

Redao a partir de seminrio ministrado por Divaldo Pereira Franco, no Encontro fraterno, na praia de Guarajuba, Bahia, em data de 05.09.09.

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