BAlelA - ARte e cULTurA Lenda do Lobisomem do Tarumã
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domingo, 2 de março de 2014
Lenda do Lobisomem do Tarumã
Dona Cida é uma senhora, que mora a muitos anos no bairro Tarumã, em Curitiba. Então, ela me contou a lenda abaixo e autorizou-me a posta-la na Internet:
Reza a lenda que nos anos 60, um rapaz vindo do interior chamado Zé, bateu nas portas do Jockey Club, localizado no bairro Tarumã, para pedir emprego. Então, este moço explicou a sua situação ao gerente, que deu emprego de auxiliar de serviços gerais e um quartinho nos fundos do estabelecimento para Zé morar.
O problema foi que partir daquele momento, nas noites de Lua Cheia, de quinta para sexta-feira coisas estranhas passaram a acontecer: primeiro os moradores passaram a escutar uivos estranhos vindo do jóquei, mas pensaram que se tratava de um cachorro de grande porte.
Porém, no mês seguinte, os cachorros da região começaram a aparecer com os corpos dilacerados. Por isto, quem tinha bichos de estimação passou a prender os animais nas noites de Lua Cheia.
Já no outro mês, Lurdes, que era vizinha de dona Cida, passou maus bocados por causa do monstro. Como esta moça era uma enfermeira solteira, dependendo do horário do plantão, ás vezes, ela pegava o ônibus madrugueiro e chegava altas horas em casa. Numa madrugada de sexta-feira, Lurdes estava cortando caminho por um bosque no Tarumã, quando , de repente, sentiu que estava sendo seguida. Então quando ela olhou para trás viu um lobo gigante e passou a gritar. O bicho encostou as garras nas costas da donzela, que sangraram e ficaram marcadas. Mesmo assim, como esta dama conseguiu entrar numa rua iluminada, escapou do monstro. Porém, ao chegar a sua casa, a jovem chamou a ambulância. Porém, os médicos não souberam identificar qual tipo de animal atacou Lourdes.
No dia seguinte, Zé bateu palmas na cada de Cida, com uma aparência cansada e perguntou se esta senhora tinha um punhado de sal para emprestar. A dona-de-casa foi até a cozinha e deu o pedido ao moço, que no mesmo instante derramou todo o sal em sua boca. Deste jeito Cida pensou:
- Este rapaz só pode ser um lobisomem, pois lá no norte do Paraná dizem que um homem que pede sal, na casa da vizinha, com aparência de cansado é porque virou lobisomem na noite anterior. Afinal, a transformação consome muito sal do corpo.
No outro mês, alguns cavalos do jóquei apareceram mortos como se fossem atacados por um animal de grande porte. Então, acionaram as autoridades competentes para uma investigação. Naquele mesmo dia, Zé desapareceu e a partir daquele instante não houve mais relatos de ataques de lobisomens no bairro Tarumã.
Luciana do Rocio Mallon
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