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terça-feira, 4 de março de 2014
Lendas do Burro Brabo de Curitiba
O famoso causo do burro brabo de Curitiba tem muitas lendas urbanas, leremos algumas abaixo:
Fantasma do Burro Brabo:
No século dezenove, Severino era um lavrador viúvo que cuidava da sua plantação no Nordeste e morava num sítio com sua filha Clarissa de cinco anos de idade.
Uma certa noite ele viu sua filha brincando com um filhote de burro e expulsou o animal da sua chácara. Mas, nas noites seguintes a situação se repetia. Então, a menina disse-lhe:
- Pai, deixa o burrinho ficar, pois sou muito sozinha.
- Batizarei o animal com o nome de Pinote.
Assim o homem acatou o pedido da criança. Porém, a partir daquela noite, Severino passou a ter pesadelos estranhos. Pois, ele sonhava com bandidos atacando seu sítio. Porém, seu falecido pai sempre saía do meio daquela confusão e dava o seguinte conselho:
- Nossa família tem uma maldição. Portanto, para fugir desta praga, abandone a chácara, vá para o Sul, leve sua filha e o burrinho. Pois, fui eu que mandei este animal do Umbral, onde estou, para protegê-los.
Deste jeito, Severino resolveu viajar com sua filha e Pinote para o Sul do país. Assim, ele chegou à Curitiba e comprou um sítio, onde hoje é um pedaço do bairro chamado Tarumã. O problema é que o animal passou a mudar de comportamento, pois ele não ficava mais ao lado de Clarissa, e, sim na estrada correndo atrás das pessoas.
Pinote ficou tão famoso por causa da sua personalidade forte que aquela região foi apelidada de Bairro do Burro Bravo.
Uma noite, ladrões pretendiam assaltar o sítio, mas foram atacados por este animal, que levou cinco tiros, mas não morreu.
O tempo passou e quando Clarissa completou dezoito anos, ela pegou tuberculose e morreu. Depois deste dia, seu animal de estimação entrou em depressão, não conseguia comer e faleceu de inanição.
Porém, alguns dias depois, certas pessoas que passavam em frente à chácara afirmaram que foram atacadas por um burro prateado e transparente, que juravam ser o fantasma do bicho que faleceu.
O tempo passou e naquela região surgiu uma Avenida chamada Victor Ferreira do Amaral. Até hoje, dizem que nesta rua, nas madrugadas de Lua cheia, os motoristas vêem o fantasma de um burro transparente e por isto tem muitos acidentes, mesmo num horário onde o trânsito é folgado.
O Burro Brabo e o Lobisomem do Tarumã:
Reza a lenda que, nos anos 60, um caminhoneiro com sua esposa e o filho de dois anos de idade alugaram uma casa do bairro Tarumã em Curitiba. Logo, no começo, os vizinhos passaram a achar esta família estranha, pois o homem era calado e a mulher com sua criança pequena não saiam de casa. Além disto, já no primeiro mês no novo bairro, o homem passou a tocar bumbo todas as sextas-feiras das vinte e duas horas até a meia-noite.
O problema é que a partir da vinda destas pessoas ao bairro, fatos estranhos começaram a acontecer: um vigilante que estava andando de bicicleta atrás do jóquei, do bairro Tarumã, relatou às autoridades que foi atacado por um monstro, numa noite de Lua Cheia, e o retrato falado do bicho parecia o desenho de um lobisomem.
Uma certa madrugada, também, de Lua Cheia um cavaleiro decidiu andar à cavalo, no Jóquei Clube, junto com sua namorada, com o objetivo de pedir sua mão em casamento montados em cima do animal.
Porém, no momento mais romântico do casal, quando o jóquei mostrou um anel de noivado a sua amada, um monstro pulou em cima dos dois, fazendo com que o cavalo caísse. O eqüino e a moça conseguiram escapar. Mas, o cavaleiro ficou todo ensangüentado e precisou ser levado ao hospital.
Numa outra noite de luar, Sara saiu de sua aula noturna e decidiu atravessar a Avenida Vitor Ferreira do Amaral. Quando, de repente, notou que estava sendo seguida por uma espécie de cachorro gigante e começou a gritar por socorro. De repente, apareceu o fantasma de um burro transparente, que emitiu raios em direção ao monstro, fazendo com que ele caísse no chão.
A garota ao chegar em casa relatou o fato à sua família, que informou o caso às autoridades competentes. No dia seguinte, a polícia saiu em busca do tal famoso lobisomem do Tarumã.
Porém naquele mesmo instante o estranho caminhoneiro e sua família fugiram do bairro. Depois da mudança destas pessoas, não apareceram mais relatos sobre este lobisomem.
Luciana do Rocio Mallon
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