BAlelA - ARte e cULTurA Geração Sanguessuga

Geração Sanguessuga
Sanguessuga, no dicionário, é definido como um bicho que se alimenta do sangue de outros animais, podendo ingerir uma quantidade de sangue 500 vezes superior ao seu próprio volume. Há mitos que dizem uma sanguessuga é capaz de ingerir sangue, sem estar com fome, só pelo prazer da ganância, inclusive, o fato curioso está sendo estudo por cientistas.
Na última década aumentou algo que os profissionais de saúde mental têm classificado como Geração Sanguessuga, que são pessoas de caráter duvidoso, que provocam acidentes para se fazerem de vítimas e assim conseguirem indenizações atmosféricas de: empresas, instituições e até mesmo de outros seres humanos, com menos condições financeiras do que elas próprias.
No começo desta década tornou-se popular a história de uma mulher que colocou uma barata dentro de um iogurte com a intenção de processar a fábrica.
Tenho uma amiga que abriu uma pequena mercearia. Para evitar acidentes, ela colocou um chão áspero e só limpava o piso depois que fechava o mercado. Num dia, onde o estabelecimento estava cheio, uma mulher simulou uma queda, descaradamente, e depois processou a mercearia. Por causa disto o estabelecimento fechou as portas, pois a indenização foi atmosférica.
Outro golpe dado por seres da Geração Sanguessuga é este: o marginal invade o computador da vítima, faz perfis falsos em redes sociais e começa a assediar ele mesmo. Depois esta mesma sanguessuga consegue o IP do falso perfil, que é o do computador da outra criatura. Então com as falsas provas em mãos, o golpista dá queixa e pede indenização, que acaba sempre sobrando para a verdadeira vítima que é obrigada a pagar altas quantidades em dinheiro. Mas quem acaba como inocente é a sanguessuga.
Também há casos onde um autor escreve sobre um personagem fictício e, de repente, surge um aproveitador caluniando o artista dizendo que a personagem foi baseada em alguém da sua família só para obter indenização em dinheiro.
Infelizmente é assim que funciona a indústria suja das indenizações, onde as sanguessugas são as principais beneficiadas.
As pessoas da Geração Sanguessuga, em sua maioria, tem curso superior e ganham mais de cinco salários mínimos por mês. Afinal, sanguessuga é um animal ganancioso que se alimenta do sangue dos outros mesmo sem precisar.
Luciana do Rocio Mallon

BAlelA - ARte e cULTurA Pé da Letra

Pé da Letra
Pessoas que levam tudo ao pé da letra
Não sabem o que significa interpretar
Confundem abelha com borboleta
E uma estrela radiante com luar!
 
Elas julgam o pé sem verificar a raiz
Por isto pegam o machado infeliz
Para cortar a árvore letrada e frondosa
De uma maneira nada carinhosa!
 
Elas julgam os pés sem saber o interior
Sem saber se estes humildes e pobres pés
Tem calos, unhas encravadas com dor,
Esporões, gotas, fungos ou chulés!
 
Elas se esquecem que desta árvore dadivosa
Nascem as frutas das sopas de letrinhas quentes
Que transformam uma tarde fria em maravilhosa
Com poemas doces, sinceros e ardentes
Alimentando os seres mais carentes!
 
Ás vezes estes pés precisam de meias
Para enfrentarem uma manhã gelada
Sem deixarem marcas nas areias
Numa noite suspeita e calada!
 
Pessoas que levam tudo ao pé da letra
Não sabem o que significa interpretar
Confundem abelha com borboleta
E uma estrela radiante com luar.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

Lendas, Preconceitos e Coincidências
                             
 Não tenho nada contra religião nenhuma, pois tenho amigos de diversas crenças. Mas, ontem veio uma pessoa se dizendo evangélica, me xingando porque participei de uma coletânea chamada As Herdeiras de Lilith. Esta criatura começou a falar que Lilith é um demônio e que na coletânea há 15 escritoras que é o número do diabo. Depois ela começou a me chamar de satanás e outras coisas com palavras de baixo calão.
Este fato me recordou os anos oitenta, onde eu ia ao mercado, com a minha família, e gostava das laranjas de uma marca chamada Lili(sem th). Estas frutas viam num saco amarelo feito de redes, onde havia um logotipo com a marca e a figura de uma moça sorridente com uma guirlanda na cabeça.
Um certo dia, neste mesmo mercado, fui pegar o saco de laranjas. Quando, de repente, uma idosa, aparentando ser evangélica, olhou-me e exclamou:
- Não compre este saco!
Eu perguntei:
- Por que?                                     
A velhinha respondeu:
- Porque a marca chama-se Lili que é um demônio.
Não dei bola e mesmo assim peguei o saco.
Logo pensei:
- Não tem como uma moça simpática com guirlanda na cabeça ser um diabo.
Quando cheguei à sala de aula, perguntei à professora:
- Quem foi Lili?
Ela respondeu:
- Reza a lenda que Lilith foi a primeira mulher do Adão antes da Eva. O termo Lilith também é usado para designar a mulher que não se submete aos preconceitos da sociedade.
Naquele instante pensei:
- Esta mulher é a moça da guirlanda.
O interessante é que no mesmo dia, em que a pessoa evangélica me criticou por causa do livro, entrou na rede social uma jovem furiosa dizendo que o personagem principal, de uma lenda que escrevi em 2003, era um parente dela que morreu do mesmo jeito sobrenatural do meu conto de ficção. Eu expliquei que nunca conheci o referido parente e retirei a lenda do ar. Só não entendi uma coisa:
Se a lenda foi escrita em 2003, por que ela veio reclamar só em 2014?
 Poxa, coincidências existem e quanto a isto não tenho culpa. Minha principal inspiração foi o filme Halloween com a Jamie Lee Curtis.
Resultado: retirei a lenda do ar. Eu, realmente, lamento que uma pessoa tenha morrido, numa festa de Dia das Bruxas, como no filme Halloween I. Na época quando escrevi a lenda, pesquisei noticias reais sobre assunto, em jornais, e somente achei referências ao filme. O resto foi inspirado nas histórias orais que alguns idosos me contaram.
Peço desculpas à família do rapaz que, realmente, morreu numa Festa de Halloween.
Jamais quis ser irônica e muito menos brincar com a dor dos outros. Pois, já perdi muitos entes queridos.
Apenas desejo que saibam que coincidências existem e quando um autor retrata isto, ele não pretende ser debochado. Além disto, as lendas que escrevo são ficção e qualquer semelhança com a realidade não passa de mera coincidência. A própria palavra lenda significa causo fantasioso criado pelo povo.
Com estes acontecimentos, as mesmas perguntas voltaram a minha cabeça:
- A Arte imita a vida?
- A vida imita a Arte?
- Como é possível a cena de um filme de 1978, se tornar real em 2003?
Talvez somente Lilith saiba responder.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Põe Ema, Poema

Põe Ema, Poema
                        
Toda a vez que escrevo um poema
Transformo-me numa ema!
A caneta é a minha pena
Que escreve toda a cena!
                                
Se eu me perco na minha própria luz
Logo virou um tímido avestruz
Escondendo minha cabeça dentro da terra
Mas, sem fugir do Sol da nova era
 
O poema me coloca em lugares
Até no meu próprio interior
Com ele navego pelos mares
E acabo na selva do amor!
 
Assim, liberto-me de minha algema
Gritando sem piedade e pena:
- Põe ema, poema!
Pois isto é a solução do problema
 
No jardim secreto e selvagem
No meio da rosa e da açucena
Existe a mais linda miragem
Onde o pó cósmico vira ema
Formando um só poema.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

Favor retirar esse e-mail de seu mailing, pois o mesmo está sendo desativado.

Grata


Em 24 de agosto de 2014 16:29, 'Luciana Do Rocio' via BALELA - ARte e cULTurA <balela@googlegroups.com> escreveu:
O Álbum de Figurinhas da Sarah Kay
Em 1982 eu tinha oito anos de idade e ganhei um álbum de figurinhas com as gravuras da ilustradora Sarah Kay. Logo fiquei encantada com a delicadeza dos desenhos e com as roupas das personagens, que misturavam figurinos do século dezenove com modelos hippies dos anos setenta.
Porém, o que mais me chamou a atenção foi a igualdade entre gêneros. Pois em muitas destas gravuras os meninos, assim como as garotas, também vestiam a cor rosa, exerciam tarefas domésticas, socorriam pequenos animais e cuidavam de jardins.
Reza a lenda que Sarah Kay criou estes desenhos para animar a sua filha que ficou doente. Mas a verdade é que além de trazer alegria a sua menina, a desenhista deu uma verdadeira lição de cidadania e igualdade em suas gravuras, que mais tarde transformaram-se nas figuras do álbum intitulado Bem-Me-Quer.
Luciana do Rocio Mallon                                             
 
 
 
 

--
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo quot;BALELA - ARte e cULTurA " dos Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para balela+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.



--
www.balela.com

--
Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo quot;BALELA - ARte e cULTurA " dos Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um e-mail para balela+unsubscribe@googlegroups.com.
Para mais opções, acesse https://groups.google.com/d/optout.

BAlelA - ARte e cULTurA O Álbum de Figurinhas da Sarah Kay

O Álbum de Figurinhas da Sarah Kay
Em 1982 eu tinha oito anos de idade e ganhei um álbum de figurinhas com as gravuras da ilustradora Sarah Kay. Logo fiquei encantada com a delicadeza dos desenhos e com as roupas das personagens, que misturavam figurinos do século dezenove com modelos hippies dos anos setenta.
Porém, o que mais me chamou a atenção foi a igualdade entre gêneros. Pois em muitas destas gravuras os meninos, assim como as garotas, também vestiam a cor rosa, exerciam tarefas domésticas, socorriam pequenos animais e cuidavam de jardins.
Reza a lenda que Sarah Kay criou estes desenhos para animar a sua filha que ficou doente. Mas a verdade é que além de trazer alegria a sua menina, a desenhista deu uma verdadeira lição de cidadania e igualdade em suas gravuras, que mais tarde transformaram-se nas figuras do álbum intitulado Bem-Me-Quer.
Luciana do Rocio Mallon                                             
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Cavalete de Propaganda Política

Cavalete de Propaganda Política
O popular cavalete de publicidade
Pode ferir alguém de verdade!
O cavalete de propaganda política
Pode destruir uma órbita elíptica!
 
Uma senhora desceu do coletivo
E tropeçou no cavalete de madeira
De sua pele escorreu sangue vivo
Mas, uma boa alma fez papel de enfermeira!
 
O cavalete atrapalha o mais cuidadoso pedestre
Quando precisa atravessar a avenida e a rua
O político precisa de uma intervenção celeste
Para refletir que a calçada não é somente sua
 
Um estudante tropeçou num cavalete
O que gerou um perigoso ferimento
Mas, deste cavalete ele fez torniquete
Assim, seu machucado não ficou ao relento!
 
Um morador de rua estava sem cobertor
Mas, quando viu um cavalete de madeira
Fez dele a sua manta protegendo da dor
Da geada gelada, fria, depressiva e traiçoeira!
 
Um menino que sonha em ser pintor
Pegou um cavalete em plena loucura
Transformou este objeto com ardor
Em uma base repleta de formosura
Que depois virou a mais pura moldura!
 
O popular cavalete de publicidade
Pode ferir alguém de verdade!
O cavalete de propaganda política
Pode destruir uma órbita elíptica.
Luciana do Rocio Mallon

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Diferenças Entre Ciclista e Bicicleteiro

Diferenças Entre Ciclista e Bicicleteiro
Uma criança perguntou-me de um jeito faceiro:
- Qual é a diferença entre ciclista e bicicleteiro?
Então com o bater das asas de um colibri:
Deste jeito, rapidamente, respondi:
                                                      
O ciclista é um verdadeiro esportista
Pois obedece aos sinais na pista
Ele é iluminado por uma força celeste
Porque sempre respeita o pedestre!
                                                            
Já, o bicicleteiro faz bagunça de madrugada
Anda de bicicleta por toda a calçada
Deixando uma idosa atropelada!
                                              
O bicicleteiro é distraído, só conta com a sorte
Ele ignora que bicicleta é um meio de transporte!
 
O bicicleteiro não respeita quem está na pista
Porque ele é marginal, boçal e egoísta
Ele nem sequer conhece a Praça do Ciclista!
 
Agora você aprendeu de um jeito verdadeiro
As diferenças entre ciclista e bicicleteiro
Analise os condutores com uma pitada de poesia
Somente assim conseguirá livrar-se da agonia
 
Qual é a diferença entre ciclista
E um simples e mero bicicleteiro?
Bem, o ciclista é um bom esportista
E o outro não passa de um barbeiro.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Fotografia e Poesia, Retrato e Poema

Fotografia e Poesia, Retrato e Poema
 
Há anos atrás, a fotografia
Era em preto-e-branco
Onde a divina poesia
Tinha um jeito franco!
 
Naquele tempo, o lado negativo
Não era tão depressivo e ruim
Ele virava um retrato vivo
Suave como o luminoso cetim
 
A poesia não era de auto-ajuda
Ela até valorizava o sofrimento
A musa poderia até ser muda
Mas, sempre mostrava sentimento!
 
Antigamente, o filme era como o segredo
Porque ele precisava ser revelado
A poesia era misto de amor, suspense e medo
Pois um espírito poderia ser castigado!
 
Agora existe a fotografia digital
Presa a um avançado computador
Ela alcança até o espaço sideral
Flagrando a estrela explodindo por amor!
 
Hoje, a poesia não precisa de métrica e nem de rima
Qualquer tema vira inspiração para um poema
Porém, o que não muda é a musa que encanta e fascina
Vinda de um outro astral para solucionar um problema!
 
Hoje tem até "fotopoema"
Misturando letra e imagem
Delicadas como a açucena
Enfeitando uma paisagem
 
A poesia abraça a fotografia
Na mística música do tempo
As horas passam com harmonia
Mas, nunca muda o sentimento
Apenas o objeto do momento.
Luciana do Rocio Mallon

 
 
 
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda das Barbies de Vodu

Lendas das Barbies de Vodu
A boneca Barbie tem muitas lendas urbanas, leremos algumas abaixo:
A Barbie e a Garota Masculinizada:
Em 1984, dona Laura era uma mãe muito preocupada com o comportamento da sua filha, Flávia. Pois a garota falava grosso, cortava os cabelos muito curtos e gostava de esportes considerados violentos como o futebol e as artes marciais.
Como naquela época existia muito preconceito e homofobia, esta menina sofria muito bullying na escola, o que desesperou mais ainda a sua mãe.
Então Laura levou a filha em vários médicos. Mas, como não encontrou o resultado esperado, resolveu consultar uma feiticeira. Assim, a bruxa pediu para que a mãe da garota trouxesse uma boneca Barbie, que ela faria uma magia no brinquedo e depois do ritual Laura deveria esconder a boneca.
A mulher obedeceu à "curandeira", que pegou a boneca, fez um estranha magia e depois entregou o brinquedo para Laura novamente.
Quando chegou a sua residência, esta senhora escondeu a boneca dentro de um baú que estava em seu quarto.
A partir daquele dia, Flávia foi mudando o seu comportamento pouco a pouco. Primeiro ela comprou um vestido, depois pintou os cabelos de loiro e passou a ser mais delicada.
Alguns meses depois, esta adolescente transformou-se numa verdadeira Barbie.
No dia do seu aniversário de quinze anos, Flávia estava deslumbrante com o seu vestido de princesa todo cor-de-rosa. Porém, no meio da valsa, a jovem teve uma espécie de convulsão, desmaiou no chão e sangue começou a sair de todos os seus buracos.
Deste jeito, Laura entrou em casa e telefonou para a ambulância. Mas, ao passar pelo seu quarto, viu o baú aberto e ao seu lado, um cachorro rasgando a Barbie com os dentes.
A Barbie e a Acidentada:                                                         
Este outro relato abaixo foi contado pela minha amiga Déborah Abrãao:
Era uma vez uma moça chamada Cláudia que estava noiva de Rodrigo, o melhor partido da cidade.
Mas o que ela não sabia era que Vânia, sua melhor amiga, também era apaixonada pelo seu amado.
Um certo dia, Cláudia estava atravessando a rua e, de repente, foi atropelada. Quando chegou  ao hospital, ela precisou ter as duas pernas amputadas. A moça ficou tão revoltada que dispensou o próprio noivo.
Um ano depois Rodrigo casou-se com Vânia. Naquele mesmo mês Cláudia resolveu ir até a tenda de uma vidente e perguntou-lhe:
- Por que eu tive que ficar aleijada?
A sensitiva jogou cartas de tarô e respondeu-lhe:
- Isto não era para acontecer com você. Pois a sua colega que casou com o seu ex-namorado fez feitiço para você perder as pernas.
A moça duvidou:
- Isto não é possível. Pois, ela sempre foi minha melhor amiga.
Então, a vidente explicou:
- Tenho como provar:
- Vá até o jardim do cemitério, que ao lado do jasmineiro há um vodu enterrado que foi feito para você perder as pernas.
Naquele mesmo dia, Cláudia foi ao cemitério, pegou uma pá e retirou uma caixa que estava enterrada ao lado do jasmineiro. Porém, ao abrir o recipiente, viu que dentro dele havia uma boneca Barbie sem as duas pernas.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

Balde de Água Gelada na Cabeça
 
Antigamente, há muitos anos atrás
Um balde na cabeça, carregava a morena
Fazendo a favela encher-se de paz
Numa manhã ensolarada e serena!
 
No circo, animados palhaços
Com corpos fortes como aços
Jogavam baldes de confetes
Nas cabeças das vedetes!
 
Hoje atores famosos
E artistas maravilhosos
Jogam balde de água fria
Com uma pitada de poesia
 
Em suas cabeças brilhantes
Que são estrelas radiantes!
Este balde é uma corrente de caridade
Para acabar com uma doença de verdade!
 
Este desafio curioso e especial
De jogar balde de água fria
É para acabar com a esclerose lateral
Que a muitas pessoas traz agonia.
Luciana do Rocio Mallon

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Desce do Palco

Desce do Palco
Eu vim de um triste lugar
Onde é proibido sonhar!
Lá trocam qualquer fantasia
Por uma corrente de agonia!
 
Desde cedo, falaram que eu era incapaz
De tornar a minha vocação em realidade
Porém eu sentia que a minha aura lilás
Transformava-se em asas de verdade!
 
Na primeira vez em que pisei no teatro
Para fazer meus repentes e poesias
Um conhecido quis acabar com meu ato
Através de um grito cheio de antipatias:
 
- Desce do palco, neste momento!
Então, na barriga, senti um tormento
Por isto, clamei ao firmamento
Mas, não pude desobedecer
A autoridade deste ser!
 
A vida inteira escrevi poesias ao ar
Porque nunca parei de escutar:
Pobre não tem que sonhar
Porque precisa trabalhar!
 
Fui retirada do palco
Porém aprendi algo
Que palco não há só no teatro
Isto é um verdadeiro fato!
 
O palco pode ser a experiente rua
E a ribalta pode ser a leve Lua!
O palco pode ser o coletivo
Um ônibus vivo e ativo!
 
O palco é sempre onde há pessoas,
Sejam cruéis, más ou boas!
Aprendi que o palco é qualquer lugar
Basta o artista ter disposição para amar!
 
Até hoje eu ouço e escuto
Deste ser com espírito mudo:
- Desce do palco, neste momento, agora!
Porém, o mundo me espera lá fora.
Luciana do Rocio Mallon

 
 
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Falta de Educação Não Justifica Falta de Respeito

Falta de Educação Não Justifica a Falta de Respeito                
A palavra educação é definida no dicionário como ação de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais, morais, e, também o conhecimento com prática dos hábitos sociais através das boas maneiras. Mas como seres humanos sabemos que a palavra educação vai muito além desta mera definição, pois ela tem um cunho espiritual.
Já o verbete respeito significa no dicionário: sentimento de consideração. Porém como animais racionais sabemos que esta palavra tem um significado muito mais nobre.
Neste ano de 2014, durante os meses de junho e julho, notamos verdadeiros atos que destacaram a falta de respeito. Durante a Copa do Mundo alguns brasileiros vaiaram políticos e hinos de alguns países adversários, atitudes que não passam de uma tremenda falta de consideração.
Agora no mês de agosto, algumas pessoas demonstraram sua total falta de bom senso ao tirarem fotos estilo "selfie" ao lado do caixão do político Eduardo Campos. Ao comentar isto, logo recebi as seguintes críticas de amigos desavisados:
" – Estas atitudes são corretas, pois somos um povo sem educação, sem trabalho, sem cultura, sem lazer..."
Discordo destes meus colegas, pois ausência de escolaridade nunca significou falta de respeito. Pois, conheço pessoas humildes que seriam incapazes de realizar tais atos insanos. Sem falar que já ficou provado que tanto as criaturas que vaiaram na Copa tanto os seres que costumam fazer "selfies" em velórios, no geral, tem pelo menos o terceiro grau. Aqui, notamos que o principal problema é a falta de caráter e isto não se aprende em banco de escola, pois vem de berço.
Luciana do Rocio Mallon              
                                                           
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Robin Willians

Robin Willians
 
Neste dia onze de agosto
O céu encheu-se de breu
No mais puro desgosto
Pois algo ruim aconteceu:
Robin Willians faleceu!
 
Na infância foi tímido, mas inteligente
Provocando sorrisos em toda a gente!
Na juventude com sua aura celeste
Fez papel de extraterrestre!
 
Incorporou um radialista
Alegre, esperançoso e otimista
Que com sua voz toda a manhã
Dizia: "-Bom dia, Vietnã!"
 
Com sua magia e feitiços sem fim
Robin Willians deu voz ao Aladdin!
Este ator já foi o Peter Pan
Com roupas cor de hortelã!
 
Robin era o primeiro nome deste grande ator
Mas, não era o amigo do Batman, o Homem Morcego
E muito menos era o Robin Wood no bosque do amor
Porém, ele chamava-se Robin Willians, que partiu cedo!
 
Robin Willians já foi uma babá quase perfeita
Cuidando de crianças peraltas com suas travessuras!
Foi um sedutor em apuros com uma musa eleita
E um pescador de ilusões brincando nas suas loucuras!
 
Robin Willians já foi bom professor
Mandando os alunos aproveitar o dia
Sem se esquecer da luta e do labor
Ao escrever uma bela poesia!
 
Neste dia onze de agosto
O céu encheu-se de breu
No mais puro desgosto
Pois algo ruim aconteceu:
Robin Willians faleceu.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 
 

Lenda do Monstro da Pedra Azul
Há quinze dias gravei num canal de TV uma entrevista sobre lendas urbanas. Lá, nos bastidores, fui recebida pelo maquiador Jhonny, que me contou sobre a lenda do monstro da Pedra Azul, que habita o vale do Jequitinhonha. O moço explicou que este monstro é uma espécie de lobisomem com pelos azuis que sai nas noites de Lua cheia com o objetivo de engravidar mulheres.
Após a conversa procurei informações sobre este monstro em portais virtuais e em livros. Porém, caminhando na praça em frente a minha residência descobri dona Martha, uma idosa que morou no Vale do Jequitinhonha, e que relatou o seguinte causo:
Na época do Brasil Colônia havia uma mãe-da-água, uma espécie de sereia de água doce também conhecida como iara, numa vila apelidada de Pedra Azul. Pois, segundo esta lenda existia uma pedra azul ao lado lagoa onde esta linda criatura, que também era da cor anil, habitava. Por coincidência, era em cima desta mesma Pedra Azul que a mãe-da-água costumava se bronzear ao Sol.
Naquela aldeia nasceu Pedro, o sétimo filho de uma família de lavradores. Pelo fato do rapaz ser o sétimo, logo surgiu o boato de que o menino viraria lobisomem quando entrasse adolescência.
O tempo passou e ao completar treze anos de idade, Pedro transformou-se num monstro na primeira Lua cheia depois de seu aniversário. Então, este lobisomem foi esconder-se na lagoa da Pedra Azul. Mas, quando chegou lá apaixonou-se pela mãe-da-água que sentiu o mesmo por ele. Porém, a iara sempre avisava ao seu amado:
- Por favor, só posso amar você em cima desta pedra azul. Por isto, nunca insista em entrar na lagoa porque o meu instinto me obrigará a devorá-lo.
Uma certa noite, uma criança apareceu morta num matagal e o povo da aldeia acusou Pedro de ter matado a pobre enquanto estava na forma de um lobisomem. Por isto, a população correu atrás deste rapaz com a intenção de linchá-lo. No meio do desespero, o homem correu, pulou na lagoa da Pedra Azul, foi devorado pela mãe-da-água e morreu.
Porém, o que ninguém sabia é que a iara estava grávida e depois de nove meses deu a luz a um bebê.
Um certo dia uma fazendeira rica, que sonhava em ter filhos mas nunca conseguia, estava passando pela lagoa da Pedra Azul, viu um neném chorando em cima desta rocha e o adotou.  A mulher batizou o menino de Joaquim. Mas, quando o moleque completou treze anos, na mesma noite, ele foi até a lagoa da Pedra Azul e transformou-se num monstro de pêlos azuis com garras prateadas. Lá ele avistou uma mãe-da-água que contou-lhe:
- Na realidade você é filho de uma iara azul e de um lobisomem. Por isto, agora seu destino é virar o monstro da Pedra Azul.
Apesar disto, Joaquim conseguiu manter o seu segredo, virou fazendeiro e teve três esposas.
Quando ele faleceu, foi sepultado em um túmulo fechado. Mas, no dia seguinte, a sepultura rachou e apareceram pelos azuis entre as fendas. Por isto, a sepultura foi consertada. Porém, rachaduras e pelos azuis surgiram de novo.
Assim, nasceu a lenda de que Joaquim saía do túmulo e transformava-se no Bicho da Pedra Azul para seduzir mulheres nas noites de Lua cheia.
Luciana do Rocio Mallon

                                                                                 
                                                                    
                                            
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Quem um Dia Magoou uma Mulher Inocente

Quem um dia magoou uma mulher inocente, nunca conseguirá ser discreto ao lado de uma amante proibida.
( Descobertas da Tia Lu ) 
Luciana do Rocio Mallon 


BAlelA - ARte e cULTurA Acróstico Para um Vagabundo

Para descontrair:
Este jogo de palavras dedico para aqueles artistas, que escrevem acrósticos para baladeiras e mulheres casadas pensando que um dia terão algo sério com elas. Por isto desprezam as meninas legais que amam estes caras de verdade:
V alente, ele escreve poesias para piriguete
A lma de safado, mas não passa de moleque
G alinha que não sossega no terreiro
A legre e vulgar de um jeito faceiro
B obo, pois corre atrás de mulher que não presta
U nindo a falta de vergonha com sua orgia em festa
N ada numa lagoa com piranhas que só dizem sim
D esprezando o amor real e sem fim
O uvindo a canção da sedução tão ruim.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

Para descontrair:
Este jogo de palavras dedico para aqueles artistas, que escrevem acrósticos para baladeiras e mulheres casadas pensando que um dia terão algo sério com elas. Por isto desprezam as meninas legais que amam estes caras de verdade:
V alente, ele escreve poesias para piriguete
A lma de safado, mas não passa de moleque
G alinha que não sossega no terreiro
A legre e vulgar de um jeito faceiro
B obo, pois corre atrás de mulher que não presta
U nindo a falta de vergonha com sua orgia em festa
N ada numa lagoa com piranhas que só dizem sim
D esprezando o amor real e sem fim
O uvindo a canção da sedução tão ruim.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

Para descontrair:
Este jogo de palavras dedico para aqueles artistas, que escrevem acrósticos para baladeiras e mulheres casadas pensando que um dia terão algo sério com elas. Por isto desprezam as meninas legais que amam estes caras de verdade:
V alente, ele escreve poesias para piriguete
A lma de safado, mas não passa de moleque
G alinha que não sossega no terreiro
A legre e vulgar de um jeito faceiro
B obo, pois corre atrás de mulher que não presta
U nindo a falta de vergonha com sua orgia em festa
N ada numa lagoa com piranhas que só dizem sim
D esprezando o amor real e sem fim
O uvindo a canção da sedução tão ruim.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Superlua, a Heroína

Superlua, a Heroína
                         
Na noite do dia 10 de agosto de 2014, eu estava andando na praça em frente a minha casa, quando, de repente, vi uma menina de uns quatro anos perambulando sozinha pelo local. Então, eu perguntei:
- Menina, você está sozinha?
Naquele instante ela estalou os olhos.
Deste jeito, continuei:
- Seus pais estão por perto?
- Poxa, é perigoso uma criança andar sozinha por aí, ainda mais à noite. Pois, existem marginais que podem fazer maldades.
Desta maneira, a menina comentou:
- Hoje não tenho medo porque é noite de Superlua. Isto significa que se alguém tentar me fazer algum mal, a Lua virará uma mulher gigante, com capa prateada e deterá o bandido com os seus raios poderosos.
Naquele mesmo instante, apareceu na esquina um casal levando um carrinho de papel, que gritou:
- Estela!
Então, a menina foi encontrar-se com aquelas pessoas.
Logo pensei:
- Talvez a Superlua seja uma heroína mesmo, pois ela conseguiu iluminar, totalmente, esta praça escura e fez com que certas pessoas admirassem o firmamento com outros olhos nem que seja somente por esta noite.
Luciana do Rocio Mallon
 

BAlelA - ARte e cULTurA Ferrão e Mel

Ferrão e Mel
          
Sou uma trabalhadeira abelha
Dentro de mim há uma centelha
Que acende a chama do amor
Com dedicação e esplendor!
 
Para quem me trata bem como o céu
Eu distribuo o mais divino e saboroso mel
Mas, para quem me dá o amargo fel
Eu sei ser vingativa, ruim e cruel
 
Assim dou uma inesquecível ferroada
No meio da nublada e escura madrugada!
Eu sou uma meiga abelha operária
Sou esforçada, mas não sou otária!
 
Se você me trocar por uma mariposa
Com asas sedutoras como a louça
Girando em volta da luz vermelha
Eu perderei toda a minha centelha!
 
Assim, cortarei sua pele com minha ferroada
Bem mais afiada do que a prateada facada!
Sou uma abelha que espalha polens de flores
Porém, quando ferida, sei espetar mil dores.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

Paródia: Funk do Tigrão do Zoológico, Depois que Ele Engoliu o Braço de um Inocente Menino:
Tchutchucaaa, nem venha aqui com o seu tigrão
Pois, comerei seu braço, se você passar a mão!
Meu lugar é na floresta, não sou traiçoeiro
Mas, não me confunda com o Gato Guerreiro!
                                                      
Eu não posso ser dócil, pois tenho instinto selvagem...
O ser humano me tirou de meu habitat natural
Levou-me para o zoológico, em outra paisagem
Por causa de um acidente, levei fama de mal!
 
Tchutchucaaa, nem venha aqui com o seu tigrão
Pois, comerei seu braço, se você passar a mão!
Se você pular a cerca de um jeito ruim
Devorarei sua mão e seu braço, sim.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda do Maníaco da Foice de Campo Largo

Lenda do Maníaco da Foice de Campo Largo
Em 1977, na cidade de Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, apareceu um bandido apelidado de Paraibinha, que era um assaltante que atacava nas estradas rurais e depois que roubava tudo, matava suas vítimas com uma foice.
Reza a lenda que um dia ele entrou numa casa, roubou a família e matou todos os seus membros com a foice menos Paulo, o filho mais novo que tinha 13 anos de idade, porque este garoto permaneceu escondido num armário do porão o tempo inteiro.
Assim, Paulo jurou vingança. Porém, o curioso é que este adolescente tinha fama de virar lobisomem e por isto ele era discriminado na região.
Numa sexta-feira de Lua cheia, Paraibinha andava na estrada de uma vila rural chamada Morro Grande quando, de repente, sentiu que estava sendo seguido. Quando ele olhou para trás, avistou um monstro peludo. A criatura pulou em cima do bandido, tomou a sua foice e deu golpes nas pernas, nos troncos e nos braços. Deste jeito, o marginal morreu naquele mesmo lugar.
Muitas pessoas da região desconfiaram que foi Paulo, transformado em lobisomem, que matou o meliante para vingar o assassinato de sua família. Mas, nunca nada foi provado contra o rapaz.
Alguns dias depois, o corpo de Paraibinha foi levado para o museu do Instituto Médico Legal do Paraná, onde foi mumificado, colocado em exposição e até hoje continua lá.
Segundo alguns ex-vigilantes deste estabelecimento, nas noites de Lua Cheia, o corpo de Paraibinha cria vida e ronda o prédio atrás de sua foice. Uma vez, sumiu a foice de um jardineiro, que cuidava das plantas do local, e algumas pessoas afirmaram que isto foi obra da múmia do maníaco.
Diz o mito que os cabelos do corpo de Paraibinha não param de crescer e por isto existe um funcionário do Instituto Médico Legal que cuida das madeixas dele.
Luciana do Rocio Mallon     
                                        
 
                                                                 
                

BAlelA - ARte e cULTurA O Tigre, o Braço do Menino e a Culpa

O Tigre, o Braço do Menino e a Culpa
Dias atrás uma notícia chocou o Brasil: um tigre, atrás das grades de um zoológico no interior do Paraná, mordeu o braço de um menino de onze anos de idade.
O garoto entrou no recinto proibido dos felinos, começou a brincar com o animal e a acariciar esta mesma fera colocando o braço para dentro da grade. Quando de repente, foi surpreendido pela mordida, fato que fez com que o pobre tivesse o braço direito amputado. Testemunhas viram que visitantes alertaram o pai do garoto sobre o perigo, mas ele não deu bola. Logo, este fato tornou-se o assunto do momento. Tanto que ontem peguei o ônibus e escutei a seguinte conversa entre os passageiros:
- A culpa foi do pai que negligenciou o filho, que é menor de idade!
- O responsável é o zoológico porque este estabelecimento público tem o dever de preservar a segurança das pessoas.
- Deveriam sacrificar o tigre que atacou o menino. Afinal, animais que vivem em zoológico possuem a obrigação de serem amáveis.
- Os culpados são estes desenhos animados que mostram os tigres como bichos dóceis, como nas histórias de: He-Man, Mogoli e as Crônicas de Nárnia.
 Naquele instante, fiquei refletindo sobre aquela discussão deste jeito:
Bem, sacrificar o tigre seria um absurdo, pois ele é um animal carnívoro por natureza que foi retirado da floresta e trancafiado à força num zoológico pela vontade do homem.
Já, culpar os roteiristas de desenhos animados seria meio patético. Mas, confesso que, várias vezes, sonhei em montar num tigre grande com o He-Man fazia com o Gato Guerreiro. Porém mesmo tendo 11 anos naquela época, mesma idade da vítima do tigre, eu tinha consciência da cilada de se aproximar de um animal destes porque sempre tive diálogo familiar com relação a todos os perigos da vida.
Luciana do Rocio Mallon                                             
 
                                                     
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Como o Ser Humano é Estranho

Como o ser humano é estranho:
Se você comenta que está contente porque algo de bom aconteceu em sua vida, ele reclama e lhe acusa de ser gabola.
Se você desabafa porque está enfrentando problemas pesados, ele lhe acusa de se fazer de vítima.
Como o ser humano é difícil de entender!
(Descobertas da Tia Lu)
Luciana do Rocio Mallon 

Como Me Tornei uma Escritora Trash
 O termo trash, no dicionário formal da Língua Inglesa, significa lixo. Mas, na gíria, quer dizer arte de qualidade duvidosa. Temos como exemplos: escritores de terror, filmes de horror, paródias, programas de auditório estilo Casos de Família, pessoas que não sabem cantar e postam suas vozes na Internet, etc.
Sempre admirei a arte trash por estar, intimamente, perto das pessoas mais simples. Em toda a minha vida curti livros de horror, filmes de terror e paródias cômicas, estilo Stephen King, Zé do Caixão e a banda Mamonas Assassinas. Através deles descobri que o artista que mistura causos que o povo conta com a sua própria imaginação é um forte candidato a ser um autor trash. Na infância, minha mãe não gostava de contar contos-de-fada porque ela preferia falar sobre lendas urbanas, como exemplos: loira do táxi, cachorro do Drácula, boto cor-de-rosa, igreja dos exorcistas, etc.
Confesso que, conforme a oportunidade, procuro ler escritores que exageram nas linguagens rebuscadas, nas metáforas e que são elogiados por apenas meia dúzia de intelectuais. Porém, na verdade, nunca fui fã destes tipos de obras, consideradas chiques, porque creio que exista nelas uma pitada de arrogância.
Já, as obras consideradas trash são humildes porque levam em consideração a cultura popular do povo simples e a linguagem usada é a do dia-a-dia.
Os escritores trash desejam que, realmente, pessoas de todas as classes sociais e com diversos problemas consigam ler seus livros. Por isto, seus artigos são repletos de conjunções que tem como objetivo fazer a coerência e coesão dos textos, sem falar que os diálogos entre os personagens possuem vocativos para que o leitor, por mais experiente que seja, nunca se perca.
Eu sou "rapista", uma mistura de repentista com rapper, pois faço poesia na hora com a palavra que a pessoa sugerir. Nos anos 90, num dia de primavera, eu estava exercendo esta atividade na praça e uma senhora disse-me:
- Você com esta agilidade toda e com esta voz de taquara rachada é tão ruim, que chega a ser boa como uma verdadeira obra de arte trash.
A partir daquele momento, passei a pesquisar melhor sobre o assunto e decidi:
- Quero ser escritora trash.
O tempo passou e hoje sou pesquisadora de lendas. Assim, para realizar a minha obra, vou atrás de causos que o povo conta e misturo um pouco com a minha imaginação. Na linguagem escrita procuro usar muitas conjunções e vocativos com o objetivo de facilitar a leitura das pessoas mais humildes da nossa sociedade.
Luciana do Rocio Mallon