BAlelA - ARte e cULTurA Amarrada na Roseira
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domingo, 15 de fevereiro de 2015
Amarrada na Roseira
Fechei os olhos sob a Lua rara
Para receber um simples beijo
Mas você me deu um tapa na cara
Ao som de um prateado lampejo
Após isto me amarrou na roseira
Começando pelos meus finos braços
De uma maneira muito faceira
Fez nos meus membros vários laços
Senti os espinhos na pele macia
Assim transformei-me numa rosa
Escrevendo com dor a poesia
Na folha da pétala maravilhosa!
Amarrada na grande roseira
Senti o espírito do seu amor
Com alma da mais pura feiticeira
Notei que a beleza nasce da dor!
A luz da lua acendeu o brilho
Do meu apertado espartilho
O meu sangue escorrido virou aurora
Da madrugada que nunca chora
Porém sob a luz do Sol
Você chegou como farol
Desamarrou os laços de cetim
E a depressão que havia em mim
Amarrada na grande roseira
Descobri que tenho um real dono
Então de uma forma verdadeira
Não posso desistir do meu sonho.
Luciana do Rocio Mallon
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