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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
O Gosto Doce da Minha Menstruação
Um elogio que escuto desde criança é:
- Você é doce!
Mas nunca me julguei uma pessoa meiga a este ponto. Na realidade, eu é que preciso de muito doce. Pois se fico sem ingerir uma certa quantidade de açúcar chego até a desmaiar. Já me falaram que este problema poderia ser hipoglicemia, porém nunca fiz um exame específico. Mesmo assim, por causa desta minha necessidade de açúcar, eu ingiro muito doce.
Durante a minha infância e adolescência, eu gostava muito de brincar em parques e em jardins. Então eu notei que borboletas viviam tentando pousar entre as minhas duas pernas.
Um certo dia, eu estava de mini-saia brincando num parque. Quando, de repente, uma abelha entrou por dentro desta minha peça e começou a zumbir perto da minha calcinha. Naquele instante corri e gritei sem parar, mas não fui picada.
Aos dez anos de idade tive minha primeira menstruação. O curioso é que, às vezes, quando eu estava neste estado e me aproximava da minha turma de amigas, uma ou outra colega sempre comentava:
- Que cheiro doce!
Quando eu estava na faculdade, um colega com a inicial M. me assediava muito. Porém, como eu não curtia pegação, tentava ignorá-lo. Uma vez, este homem falou:
- Quero ver um absorvente seu usado!
- Você deixaria alguém lhe lamber se estivesse menstruada?
Eu estranhei esta fantasia dele e afastei-me.
Uma semana depois, minha menstruação desceu e eu fui usar um banheiro que ficava num corredor deserto. Pois assim eu me sentia mais a vontade. Depois de fazer minhas necessidades fisiológicas, olhei para trás e vi M. entrando no banheiro feminino.
Desta maneira, fiquei curiosa, e decidi espiar o que ele estava fazendo lá. De repente, me surpreendi ao ver que o moço estava lambendo o meu absorvente higiênico usado e, pelo jeito, parecia que estava gostando.
Hoje não acho estranha a fantasia de um homem desejar ter relações orais com uma mulher menstruada. Pois, isto apenas é um fetiche que deve ser respeitado.
Porém uma pergunta não quer calar, em mim, até agora:
- Eu, realmente, sou doce?
Luciana do Rocio Mallon
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