BAlelA - ARte e cULTurA Lenda da Coelha de Páscoa de uma Creche em Taguatinga
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domingo, 5 de abril de 2015
Lenda da Coelha de Páscoa de uma Creche de Taguatinga
Quando eu morei em Brasília conheci um causo de Páscoa muito interessante.
Reza a lenda que nos anos setenta morava em Taguatinga, cidade satélite de Brasília, uma menina apelidada de Dolly, que tinha características físicas muito diferentes, pois era albina e tinha os dentes da frente um tanto maiores do que a maioria da população.
Quando esta garota entrou na escola, logo começou o bullying. Pois os colegas chamavam a pobre de dente de coelho. O problema aumentava, na Páscoa, porque as outras crianças chamavam Dolly de Coelho da Páscoa o tempo inteiro.
Na adolescência, ela chorava muito porque pensava que nunca conseguiria um namorado. Até que um dia, mudou-se um moço, chamado Robson, para o bairro onde ela morava e passou a paquera-la. Deste jeito, ela aceitou namorar o rapaz.
No dia dos namorados, Dolly decidiu pular a janela do quarto do amado para fazer uma surpresa. Porém ela se assustou com o ambiente, pois o tema da decoração era: coelho. Existiam almofadas com a estampa deste animal, abajur com desenho deste bicho, pelúcias deste tema por toda a parte e várias revistas Playboy.
De repente, Robson chegou e assustou-se ao ver a amada chorando:
- O que você está fazendo aqui?
A moça perguntou:
- Por que o tema da sua decoração é coelho?
O rapaz falou:
- Confesso que é porque tenho ejaculação precoce e me sinto um coelho.
Ao escutar estas palavras, Dolly saiu correndo e fugiu para sua casa.
Um mês depois, Robson fez uma serenata pedindo desculpas. Assim os dois se casaram e tiveram uma filha chamada Patrícia.
Na semana santa de 1984, Patrícia viu sua mãe chorando e perguntou-lhe:
- Por que está chorando?
A senhora respondeu:
- É porque na época de Páscoa, lembro-me de que as outras crianças me chamavam de Coelho da Páscoa por causa dos meus dentes da frente que são grandes.
A garota comentou:
- Não fique triste por causa disto. Eu até tive uma ideia: a creche da cidade está precisando de alguém para fazer o papel de Coelhinho da Páscoa. Mas as roupas brancas que recebemos para este personagem são número 54 e não servem para nenhuma voluntária porque todas são magras. Por isto tive a ideia da senhora fazer este papel, já que cabe na fantasia.
Dolly além de aceitar vestir as roupas de coelho, também doou vários ovos de Páscoa. Então, a partir deste momento, esta moça passou a doar chocolates e a se vestir de coelho, em toda a Páscoa, para visitar a creche.
Em 1987, ela faleceu de Câncer. Porém, na Páscoa de 1988, em Taguatinga, pessoas passaram a ver uma mulher vestida de coelho deixando vários chocolates em frente à creche. Reza a lenda que isto acontece até hoje e por isto este estabelecimento recebeu o apelido de A Creche do Coelho.
Luciana do Rocio Mallon
Reza a lenda que nos anos setenta morava em Taguatinga, cidade satélite de Brasília, uma menina apelidada de Dolly, que tinha características físicas muito diferentes, pois era albina e tinha os dentes da frente um tanto maiores do que a maioria da população.
Quando esta garota entrou na escola, logo começou o bullying. Pois os colegas chamavam a pobre de dente de coelho. O problema aumentava, na Páscoa, porque as outras crianças chamavam Dolly de Coelho da Páscoa o tempo inteiro.
Na adolescência, ela chorava muito porque pensava que nunca conseguiria um namorado. Até que um dia, mudou-se um moço, chamado Robson, para o bairro onde ela morava e passou a paquera-la. Deste jeito, ela aceitou namorar o rapaz.
No dia dos namorados, Dolly decidiu pular a janela do quarto do amado para fazer uma surpresa. Porém ela se assustou com o ambiente, pois o tema da decoração era: coelho. Existiam almofadas com a estampa deste animal, abajur com desenho deste bicho, pelúcias deste tema por toda a parte e várias revistas Playboy.
De repente, Robson chegou e assustou-se ao ver a amada chorando:
- O que você está fazendo aqui?
A moça perguntou:
- Por que o tema da sua decoração é coelho?
O rapaz falou:
- Confesso que é porque tenho ejaculação precoce e me sinto um coelho.
Ao escutar estas palavras, Dolly saiu correndo e fugiu para sua casa.
Um mês depois, Robson fez uma serenata pedindo desculpas. Assim os dois se casaram e tiveram uma filha chamada Patrícia.
Na semana santa de 1984, Patrícia viu sua mãe chorando e perguntou-lhe:
- Por que está chorando?
A senhora respondeu:
- É porque na época de Páscoa, lembro-me de que as outras crianças me chamavam de Coelho da Páscoa por causa dos meus dentes da frente que são grandes.
A garota comentou:
- Não fique triste por causa disto. Eu até tive uma ideia: a creche da cidade está precisando de alguém para fazer o papel de Coelhinho da Páscoa. Mas as roupas brancas que recebemos para este personagem são número 54 e não servem para nenhuma voluntária porque todas são magras. Por isto tive a ideia da senhora fazer este papel, já que cabe na fantasia.
Dolly além de aceitar vestir as roupas de coelho, também doou vários ovos de Páscoa. Então, a partir deste momento, esta moça passou a doar chocolates e a se vestir de coelho, em toda a Páscoa, para visitar a creche.
Em 1987, ela faleceu de Câncer. Porém, na Páscoa de 1988, em Taguatinga, pessoas passaram a ver uma mulher vestida de coelho deixando vários chocolates em frente à creche. Reza a lenda que isto acontece até hoje e por isto este estabelecimento recebeu o apelido de A Creche do Coelho.
Luciana do Rocio Mallon
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