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domingo, 7 de fevereiro de 2016
Desabafo da Libélula
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Sou uma libélula, um inseto
Com espírito doce e esperto!
Quando jovem viro ninfa na lagoa
Como uma fada sedutora e boa!
Sou a predadora do mosquito da dengue
Mas, durante muitos anos sofri perrengue
Tudo por causa da ignorância e do preconceito
Pois, em mim, o homem sempre viu defeito!
O ser humano tentou me destruir sem paz
E até me apelidou de cavalinho de satanás!
Se o homem não me perseguisse de um jeito cruel e infinito
Hoje, com certeza, não sofreria com o assassino mosquito!
O homem me acusou de ter inveja da borboleta
Porém, sou libélula, vivo entre o ar e a água
Não sou egoísta, apesar de ser xereta
Posso curar qualquer tipo de mágoa!
Quando voo baixo é porque terá tempestade
Porém se bailo no alto bem perto do farol
O dia estará limpo de verdade
Com a presença do rei Sol!
Homem, ainda posso visitar o seu jardim
E devorar o mosquito da dengue ruim
Basta ter a flor crotalária amarela
Que apareço de uma forma bela!
Sou a libélula trabalhadeira
Pois além de ser lavadeira
Eu tenho a boa atitude
De ser agente de saúde.
Luciana do Rocio Mallon
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