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segunda-feira, 18 de abril de 2016Radicais, Gostaria de Possuir o Meu Direito de Escolha
Todas as pessoas que me conhecem, pessoalmente, sabem que sou contra relacionamentos abusivos e à violência contra a mulher. Também sou contra cafajestes que iludem e seduzem mulheres para obter vantagens como relações carnais e dinheiro.
Dias atrás, eu estava andando com um amigo delicado pelas ruas do Centro de Curitiba. Assim, como meu colega tem uma educação refinada, ele me disse:
- É melhor você andar pelo lado esquerdo da calçada.
Então eu concordei. Porém, uma moça radical que estava andando de bicicleta gritou:
- Garota, você ainda é da época em que as mulheres andavam pelo lado esquerdo da rua?!
- Você aceita ordens de um macho?!
Naquele instante resolvi ignorar a jovem e continuei conversando com o meu amigo. De repente, começou a garoar. Naquele instante, eu peguei minha sombrinha para abri-la. Porém o rapaz, que estava com um guarda-chuva grande, comentou:
- Não abra a sua sombrinha pequena, frágil e delicada. Por favor, meu guarda-chuva pode abrigar a sua pessoa.
Naquele momento, a mesma moça de bicicleta berrou:
- Este mundo está perdido:
- Uma mulher independente debaixo de um guarda-chuva de um homem!
Como um raio, a mesma jovem caiu da bicicleta. Desta maneira, meu colega aproximou-se da mulher para tentar ajuda-la. Mas ela xingou:
- Não preciso da ajuda de vocês!
Desta forma, eu e o rapaz continuamos o nosso caminho.
Reconheço que há muitos homens que usam de gentileza para enganar e humilhar as mulheres depois. Existem rapazes que abrem a porta do carro para a dama, para depois fechar as portas do amor para esta mesma moça. Há homens que colocam o casaco para a donzela passar por cima da poça da água para depois atirar a mesma jovem numa areia movediça. Porém quero ter o direito de escolha, mesmo que seja para ser enganada e sofrer depois.
Quanto ao meu amigo, ele nunca faria estas barbaridades que citei acima. Pois ele é homossexual assumido e tem namorado. Por isto os gestos dele foram apenas em nome da gentileza.
Luciana do Rocio Mallon
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