Boa Noite, Bom Dia!

Nesta data, em que

o Outono se despede, enlaça-se

a Estação Gelada às folhas secas

e juntas aquecem o temido frio,

na esperança que a primavera

se aproxime, por um pêndulo,

da teia, apenas um fio,

galopante florida e linda!

Seja bem vinda!

Segue um Poema, estendendo a Mão

à Nova Estação.

INVERNO!

Com carinho...

Ilka.

Quando o Outono Findar

                                         (Ilka Bosse)

 

Quando o outono findar

e o relógio do meu tempo parar

não deixarei folhas em branco,

das  nuvens farei o meu banco.

 

Quando o outono findar

e me for dado a chance

das últimas letras rabiscar,

permita-me, que sobre elas

minha voz descanse.

 

Quando o outono findar

e o último poema balbuciar,

a linguagem da PAZ,

do amor e romances,

com ou sem intercessão,

das batidas do coração,

minha alma  escreverá,

em um minuto,

do que uma poeta é capaz!

 

Quando o outono findar

e em cada ponteiro esguio,

do relógio do meu tempo,

a neblina do vazio respirar,

e em teu corpo bater o frio

das madrugadas gélidas

que feneceram às pressas,

nas rajadas do vento,

dar-te-ei, o último beijo.

 

Quanto o outono findar

que cubra-me o luar...

E, cubra-me também

o meu último desejo

de ver meus poemas

serem um canto,

como sobejo,

do meu poetar...

Quando o Outono Findar.

Ilka Bosse

Bailarina das Letras

Blumenau-SC-Brasil-maio/2006

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 





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