BAlelA - ARte e cULTurA Lenda do Baile do Dia da Mentira, Primeiro de Abril

Lenda do Baile do Dia da Mentira, Primeiro de Abril
Na França do século XVI existia o Baile do Dia Primeiro de Abril, onde todos usavam máscaras. Reza a lenda que neste dia se abria um portal e o demônio mais zombeteiro, do Inferno, saia para debochar das pessoas na Terra através de piadas e mentiras. Também existia o boato de que até o diabo debochado usava máscara neste baile e escolhia uma moça solteira para dançar. Porém se alguém desconfiasse que uma donzela bailou com este demônio, ninguém poderia se casar com ela porque traria azar.
Naquele tempo na França, morava Desiree, uma mulher solteira de 45 anos, que pretendia ir ao baile. Antes da festa ela disse a sua irmã:
- Arranjarei um noivo nesta festa nem que seja o diabo zombeteiro do dia primeiro de abril.
Quando chegou a noite do evento, as pessoas estavam de máscaras. Todas as mulheres dançavam com seu par menos Desiree. De repente, chegou um homem mascarado de bom porte que pediu para dançar com ela. Os dois estavam bailando no salão quando, de repente, o salto da moça puxou a capa do rapaz, que revelou um rabo escondido. Depois o chapéu do homem caiu e todos notaram os chifres em sua cabeça. Depois disto tudo o moço correu e fugiu do local. O problema é que Desiree ficou amaldiçoada, pois ninguém se casaria com ela.
Um certo dia, a donzela caiu em desespero e fez o famoso ritual do espelho onde ela invocou o demônio que dançou com sua pessoa no baile. Deste jeito este diabo apareceu e puxou a moça para dentro do espelho.
Porém quando sua irmã chegou ao quarto notou que havia algo estranho no espelho. Algumas vezes antes de dormir, ela via chamas infernais dentro deste objeto. Então a mulher resolveu vender a casa junto com o espelho dentro. Porém, o casal que comprou a residência passou a ver coisas estranhas no espelho como uma mulher no meio de chamas. Assim, os proprietários tentaram vender este objeto, mas não conseguiram. Reza a lenda que esta casa foi abandonada, porém o espelho continua intacto com a alma de Desiree dentro. Porém, todo o Dia Primeiro de abril, se abre um portal e o espírito desta moça vem passear na Terra junto com o demônio zombeteiro do Dia da Mentira.
Luciana do Rocio Mallon
 

Lendas do Dia Primeiro de Abril, Dia da Mentira
Desde o começo do século XVI o ano novo era comemorado no dia 25 de março com a chegada da primavera. Durante este dia até o dia primeiro de abril, existiam bailes no reinado de Carlos IX na França, mas este período de festas terminava no dia primeiro de abril. Pois reza a lenda que neste dia, se abria um portal e o demônio mais zombeteiro tinha permissão para andar pela Terra pregando peças através de mentiras. Segundo a tradição, as pessoas deveriam colocar máscaras em primeiro de abril para não serem alvos de brincadeiras deste diabo, que só partia no dia dois de abril.
No baile do Dia da Mentira todas as pessoas tinham que usar máscaras. Reza a lenda que o diabo zombeteiro também participava desta festa e escolhia uma moça para dançar. Porém se suspeitassem que alguma donzela dançou com o demônio zombeteiro, ninguém poderia se casar com ela porque senão teria azar.
O misterioso é que no dia primeiro de abril aumentavam as mortes por problemas de coração. Por isto, dizem que o diabo zombeteiro costumava mentir para as pessoas idosas e com saúde mais frágil que alguém da sua família tinha falecido.
Em 1562, o papa Gregório XIII colocou um novo calendário para o mundo cristão em que o ano novo caia no dia primeiro de janeiro. Mas, alguns franceses não aceitaram a ideia e os mais jovens começaram a chamar estes conservadores de bobos de abril. Então os moços passaram a convidar os mais tradicionais para bailes inexistentes. Assim por causa destes fatos surgiu a lenda de que primeiro de abril é o dia da mentira.
No Brasil, a tradição do Dia da Mentira surgiu em Minas Gerais, onde circulou A Mentira, um jornal inaugurado em 1º de abril de 1828, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. A Mentira saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, chamando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como endereço um lugar que nunca existiu.
Como dizem que o demônio zombeteiro fica solto no Dia Primeiro de Abril, as pessoas mais supersticiosas colocam alho na frente da porta junto com um pote de água benta e abrem a bíblia na varanda na parte onde diz que o diabo é o rei da mentira, localizada em João 8:44.  Reza a lenda que a casa onde as pessoas fazem isto, o demônio zombeteiro não entra no Dia da Mentira.
Luciana do Rocio Mallon
                                                                                 

BAlelA - ARte e cULTurA Para Que Cheirar Gás de Buzina ?

Para Que Cheirar Gás de Buzina?
                                         
Por favor, diga olhando nos meus olhos, menina
Para que você precisa cheirar gás de buzina?
Se em cada praça, de bairro, existe um jardim
Com azaleia, lírio, margarida e jasmim?
 
Para que cheirar um gás tão angustiante?     
Se o seu maravilhoso e lindo ficante
Entra no banho e sai com um cheiro sensual
Que transforma você na estrela deste astral?
 
Por favor, diga olhando nos meus olhos, menina
Para que você precisa cheirar gás de buzina?
Se você é jovem e pode despertar o cheiro do amor
Como os feromônios naturais a todo vapor?
 
Para que cheirar este gás de agonia?
Se você pode ir até a uma papelaria
Comprar um novo e lindo caderno
Com perfume da mais doce fantasia
Pois, nele, você pode escrever um poema eterno?
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

Lenda do Rei Guloso e a Lebre Disciplinadora da Páscoa
Num reino distante havia um rei apelidado de Gulosinho, que vivia comendo chocolates sem parar.
Uma vez, faltando três dias para o Natal, este monarca deixou uma caixa de bombons aberta em cima da mesa do seu quarto e foi até a suíte. De repente, uma faxineira magra e desnutrida entrou no aposento para fazer a limpeza. Porém, ao ver a caixa de bombos aberta toda cheia de chocolates, a empregada não resistiu e comeu um. De repente, o rei pegou a moça no fragrante e mandou a pobre para o calabouço.
Mas, no Reino do Beleléu, o Coelhinho da Páscoa e a Lebre Disciplinadora, que é uma criatura que castiga no domingo pascoal as pessoas que foram más o ano todo, estavam vendo tudo.
Quando chegou a Páscoa do ano seguinte, a Lebre Disciplinadora apareceu à meia noite pascoal, com três caixas de bombons de péssima qualidade, amarrou Gulosinho com cordas e disse-lhe:
- Como você foi um homem mau, farei a sua pessoa engolir três caixas de bombons de procedimento duvidoso, de uma só vez, após isto darei a loção de laxante da bruxa.
Desta maneira, a lebre fez o rei engolir todo o chocolate e ainda tomar purgante no final. Sem falar que ela soltou a empregada depois. Mesmo assim disse a ela:
- Agora, por favor, não coma nada que não for seu.
Reza a lenda que a Lebre Disciplinadora não costuma castigar só crianças no domingo de Páscoa, mas adultos ruins também.
Luciana do Rocio Mallon
 

A Importância da Humildade em Época de Crise
Sempre quando o mundo enfrenta uma crise, o desemprego aumenta no Brasil. Por isto, pessoas qualificadas são obrigadas a aceitar cargos mais simples. O problema é que estes trabalhadores, com muito estudo, ás vezes acabam tratando os clientes com má vontade como se eles tivessem culpa da situação econômica. Ora trabalhar brabo e com cara feia só mancha a reputação do empregado, sem falar que um cargo humilde sempre proporciona novos desafios e excelentes oportunidades.
Quando me formei, na faculdade, estava acontecendo a famosa crise de 1998, carregada de desemprego e diminuição na Economia. A única firma que me abriu as portas foi uma loja de linhas telefônicas e celulares. Mas o cargo aberto era para office-girl. Desta forma, como eu precisava trabalhar, aceitei a vaga na hora. Por isto, apesar de possuir universidade e diversos cursos técnicos, eu aceitei exercer as diversas atividades desta função, como exemplos: limpar os banheiros e dar banho no cachorro de guarda do local. Assim dei o melhor possível em todas as tarefas que me pediram.
Por isto são abomináveis as atitudes grosseiras que algumas pessoas com excelentes qualificações fazem com clientes e patrões quando trabalham em cargos mais humildes.
Nestas horas, o melhor é seguir aquela filosofia xamanica, dos índios americanos, no qual o poeta Malloch se baseou. Abaixo, colocarei o ditado original:
" Se você é uma grama que sonha em ser um pinheiro
Seja uma grama, mas seja a melhor
Não fique triste por ser uma grama
Tente beber a água da chuva e colaborar com a vida no solo
Pois no dia em que você secar e morrer
Ganhará uma nova vida como pinheiro
 
Se você é o cocô do cavalo do herói
E sonha em ser o equino elegante
Não fique triste por formar apenas as fezes
Faça a sua parte e adube o solo, sem reclamar
Pois, na outra vida, você renascerá como cavalo."
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda da Segunda-Feira Molhada, um Dia Após a Páscoa

Lenda da Segunda-Feira Molhada, um Dia Após a Páscoa
Há 2000 anos antes de Cristo, no continente europeu, existia a Deusa Ostera que era responsável pela Primavera e colheitas fartas. Reza a lenda que esta donzela não poderia tomar banho porque se tivesse algum contato com a água seus poderes poderiam acabar. O animal de estimação de Ostera era um coelho.
Naquele tempo os humanos tinham uma festa, chamada Páscoa, para celebrar o início da Primavera e desejar sorte na colheita. Então eles faziam um evento em adoração à deusa Ostera para que ela expulsasse os maus espíritos, que podiam invadir esta estação, e para garantir fartura.
O problema é que esta deusa era muito criticada por ter uma certa idade, ainda ser virgem e não querer casar. Um dia, outro deus se apaixonou por esta moça. Assim ele tentou de tudo para conquista-la. Depois de muitas investidas, o rapaz ficou com ódio e sabendo do ponto fraco do seu objeto de conquista, jogou água em Ostera enquanto ela estava dormindo bem um dia após a comemoração da Páscoa. A jovem ao acordar toda molhada olhou para o moço e se apaixonou por ele, pois a água tinha o poder de quebrar o encantamento. A camareira da deusa ao acompanhar tudo, desceu para a Terra e espalhou o boato que seria necessário que os rapazes jogassem água nas moças, um dia após a comemoração da Páscoa, para que nenhuma delas morresse virgem. Por isto, até hoje esta tradição existe no Leste Europeu e chama-se Segunda-Feira Molhada. Pois um dia após a Páscoa os homens jogam baldes de águas perfumadas nas mulheres solteiras.
Na época em que eu trabalhava, no comércio de Curitiba, havia uma cliente chamada Mari, que tinha 45 anos, era donzela e já tinha perdido as esperanças de se casar. Porém, aos 46 anos de idade, esta senhora viajou na época de Páscoa para o Leste Europeu, levou um balde da água da comemoração da Segunda-Feira Molhada e acabou se casando com o mesmo homem que fez esta brincadeira com ela.
Luciana do Rocio Mallon

 

BAlelA - ARte e cULTurA Protesto do Coelhinho da Páscoa

Protesto do Coelhinho da Páscoa
 
Sou o Coelhinho da Páscoa, muito prazer
Sinto-me desvalorizado para valer!
As pessoas consumistas de um jeito cruel
Sempre valorizam mais o Papai-Noel!
 
Um dia já fui uma ave que quase morreu
Porém a deusa Ostera tirou-me do breu
Mas para que eu voltasse à vida
Ela fez uma magia garrida
 
Então me transformou num coelho
Num por de sol misterioso e vermelho
Assim por causa dos meus órgãos doloridos
Comecei a botar ovos doces e coloridos
 
Ás vezes viro o coelho da Alice apressado
Pois, de trabalho, estou sempre apurado
Ás vezes viro o coelho do mato sem esperança
Daquele ditado onde não há temperança:
 
Deste mato não sai coelho
Daí nem consigo me olhar no espelho
Ás vezes viro o famoso Pernalonga
Fugindo de uma criatura monga
 
Ás vezes viro o coelho da Playboy
Colocar um ovo é sensual, mas sempre doí
Sou o Coelho da Páscoa e só me resta protestar
Meu sonho é me aposentar à luz do luar.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

Eu Abro os Livros e Abro as Pernas, Mas ás Vezes Não Consigo Abrir Meu Coração
 
 Li num muro com letras nada fraternas:
" Abra os livros e feche estas pernas!"
Mas fazer uma abertura não me impede de ler
Realizo este passo de balé lendo com prazer!
 
Eu abro os livros, ao mesmo tempo, que abro as pernas
Este exercício me torna uma pessoa resiliente
Minhas pernas transformam-se em páginas eternas
Em cada livro que leio tão alegre e contente!
 
Quando eu uso decote num calor quente
Sinto que consigo abrir o meu profundo peito
Para um livro que se sentia abandonado e carente
Numa estante velha, triste e sem jeito!
 
Só não consigo abrir o coração por causa do preconceito
Há segredos trancados e presos dentro do meu espírito
São aves que desejam voar, mas que se deitam no leito
Por causa da sociedade cruel que prende o sonho lírico
 
Eu abro o livro, eu abro as pernas e abro o que eu quiser
Porque acima de tudo sou uma independente mulher
Só não sei quando abrirei meu coração nesta terra doente
Mas o livro e o balé não deixam minha alma ficar carente
 
Realizar um passo de dança com abertura
Tendo, nas mãos, um livro de leitura
É um gesto de amor, doçura e ternura
Contra o preconceito, ele tem a cura.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Um Homem Com uma Enxada na Mão e um Wlakman no Ouvido

Um Homem Com uma Enxada na Mão e um Walkman no Ouvido
 
Um homem com uma enxada nos braços
É um herói sem medo de trabalho
Faz do esforço e da competência eternos laços
Em seu espírito forte como o carvalho!
 
Ele pega na grossa enxada de madeira
Para tirar o mato cruel e nocivo
Sua alma é uma luz verdadeira
Que matem o seu corpo vivo!
 
Ele escreve com a enxada poemas na paisagem
Que beijam a grama numa declaração de amor
Para ele, a vida não é apenas uma passagem
Porém, uma missão, repleta de esplendor
 
Ele tem um fone no seu ouvido direito
Que toca sua canção preferida com beleza
Porém, não tem nada no ouvido esquerdo
Pois, com ele, este homem ouve a natureza!
 
A natureza e sua banda preferida entram na mente
Deste jeito o homem trabalha com mais alegria
Com a sua enxada, ele é um poeta viril e inocente
Que consegue, na lavoura, a sua principal energia.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Vale dos Assexuais

Vale dos Assexuais
 
No suave Vale dos assexuais
Há brilhos de outros astrais!
Lá, a água é cristalina e pura
Em pequenas ondas de ternura!
 
Lá, o Sol é roxo como um cravo
E a Lua é cinza como a leve prata
Lá, ninguém é obrigado a ser escravo
Do sexo carnal que não leva à nada!
 
No vale dos assexuais, as nuvens são brancas
Mesmo nas noites pretas e escuras
Pois os habitantes tem almas francas
Nos olhares que emanam canduras
 
No vale dos assexuais todos são vencedores
Porque o que vale é somente a paz e o amor,
Que nunca trazem tristezas e dores
Neste vale onde nasce o esplendor
No meio de todas as lindas flores.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 

Dançando Com Uma Folha de Papel Higiênico
 
Dançando com uma folha de papel higiênico atrás
Sinto que ela se transforma numa pomba branca
Sobrevoando o espaço em nome da paz
De uma maneira franca e branda
 
Com uma folha de papel higiênico nos meus braços
Desfaço os mais tristes e complicados nós
Porque esta dança forma somente laços
Que não deixam as esperanças sós
 
Dançando com uma folha de papel higiênico rosa
Planto uma flor no meu eterno e doce jardim
No ritmo de uma melodia maravilhosa
Descubro que voar nunca foi ruim
 
Bailando com uma folha de papel higiênico claro
Vejo esta folha se transformar numa nuvem leve
Neste espetáculo magnífico, suave e raro
Que faz cair, no Sol, uma garoa breve.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

Lenda da Maria do Plástico Roxo de Curitiba
Nos anos 60 e 70, em Curitiba, havia uma senhora que se vestia enrolada em plásticos de quatro cores: roxo, branco, preto e cinza. Esta anciã vendia artesanato no Centro da cidade e sempre estava muito maquiada.
Naquela época, existia uma menina chamada Tereza que ficava admirando esta figura e prestava atenção em seus discursos moralistas como:
- O mal do mundo é o sexo. Pois a depravação trará uma doença que acabará com a humanidade.
- A sociedade me despreza porque eu tenho mais de 40 anos de idade e ainda sou donzela.
- Tem pessoas que nunca serão livres porque sempre serão escravas dos prazeres da carne.
Sempre quando Tereza fazia bagunça, sua madrasta fazia a seguinte ameaça:
- Se você não se comportar, levarei você para a Maria do Plástico Roxo!
Um certo dia, Tereza viu que esta moça do plástico colorido estava vendendo uma boneca artesanal muito bonita. Assim , a garota perdeu o medo, chegou perto e perguntou-lhe:
- Quanto custa esta boneca?
A moça respondeu:
- Vinte cruzeiros.
A menina disse:
- Vou comprar.
- Mas qual é o seu nome?
A vendedora respondeu:
- Chamo-me Maria Ivone, mas meu apelido é Maria do Plástico Roxo. Até hoje não entendo o porquê as pessoas me chamam com este apelido, sendo que também me visto com outras cores: branco, preto e cinza.
Após estas palavras, a garota levou o brinquedo para casa.
Um mês depois, assaltantes entraram atirando na casa de Tereza e alguns tiros pegaram seus parentes. Mas ela escapou porque, naquele momento ela estava dormindo agarrada com a boneca, e uma das balas entrou dentro daquele brinquedo.
Algum tempo depois, Tereza aproximou-se da Maria do Plástico Roxo e falou:
- A boneca que comprei de você salvou a minha vida.
Desta maneira, a vendedora comentou:
- Quem socorreu você foi o espírito que estava dentro do brinquedo. Eu sei porque converso com fantasmas todos os dias.
Esta misteriosa dama de plástico desapareceu nos anos 80. Algumas pessoas falaram que era voltou para sua cidade natal, que ficava no interior, para morar sozinha. Pois ela não tinha parentes e nem marido. Afinal ela não deixava que nenhuma pessoa tocasse seu corpo.
Por coincidência, hoje, as cores preferidas desta senhora formam a bandeira da assexualidade: roxo, branco, cinza e preto. Para quem não sabe, a assexualidade é a orientação das pessoas que não sentem atração sexual, assim, como a personagem principal deste texto.
Luciana do Rocio Mallon