BAlelA - ARte e cULTurA Poema Para Touro Rompesuelas

Poema Para Touro Rompesuelas
 
Rompesuelas era um touro escuro
Como uma linda noite de inverno sem Lua
Porém, de um jeito duro e obscuro
Foi sacrificado e torturado em plena rua
 
Numa festa chamada " Toro de La Ve ga ",
Onde a crueldade não se nega,
O pobre Rompesuelas foi escolhido
Para ser morto, perseguido e ferido!
 
Ele correu como uma assustada criança
Fugindo de homens maus com lança!
 
Seu sangue sagrado escorreu pela cidade
E, com uma lança no pescoço, foi morto de verdade!
Agora, eu me pergunto onde está a humanidade
Que pensa que fazer festa é praticar maldade?
 
Hoje, Rompesuelas é uma estrela que brilha
Por toda a cidade de Tordesilhas
Pois ele sempre possuiu uma alma que vale ouro
Por isto se juntou à constelação de touro
 
Para onde vão todos os bovinos
Sacrificados com desatinos!
Rompesuelas virou um símbolo contra a tortura
Pois apesar da morte, seu brilho ainda perdura
Seus chifres viraram uma torre de marfim
Pois a esperança contra a dor não tem fim!
 
Seu sangue virou um sagrado rubi
Com aroma mágico de patchuli!
Até quando o homem vai matar por prazer?
Estrelas avisam que isto não pode mais acontecer
 
Rompeseuelas rompe o solo e mais de mil sacrifícios
Contra bovinos nas touradas e nos frigoríficos.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Todos Nós Somos Famílias

Todos Nós Somos Famílias
 
Todos nós somos uma família
Numa constelação que brilha
No céu azul do firmamento
Repleto de emoção e sentimento
 
Um amoroso casal homoafetivo
Com um grato filho adotivo
Também formam uma família
Que não é uma isolada ilha
 
Uma mãe-solteira com sua filha
Também formam uma família
Porque esta moça é uma guerreira
Pois cria a filha só à vida inteira!
 
Um bicho de estimação com sua dona
Também formam uma família bela
Quando a moça, o animal, não abandona
Porque tem a alma virgem de donzela!
 
A sociedade não deve dar as costas
Para as doces famílias recompostas
Formadas por um segundo casamento
Porque nelas há um grande sentimento!
 
Todos nós somos uma família
Numa constelação que brilha
Na noite escura com esplendor
Pois, o que importa é o amor.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

Ele Só Quer Alguém Que Dê Bom Dia no Dia Seguinte
 
Ele só quer alguém que lhe dê "- Bom Dia"
Depois de uma balada glamorosa!
Com uma pitada doce de simpatia
Junto com uma massagem sedosa
 
Porém isto não é a realidade
Pois depois do gozo proibido
A dama vai embora de verdade
Sem oferecer um abraço amigo!
 
Quando a moça decide permanecer até a manhã
Ela coloca, rapidamente, a roupa sem se despedir
Deixando, no leito, um perfume de hortelã
Mas para a solidão, de quem fica, não há elixir!
 
Ele só quer alguém que lhe dê "- Bom Dia"
Depois de uma balada glamorosa!
Com uma pitada doce de simpatia
Junto com uma massagem sedosa
 
Depois de uma noite selvagem
Ele se sente um objeto sem valor
Que se perdeu numa linda paisagem
Sendo quebrado em pedaços cheios de dor.
Luciana do Rocio Mallon
 

BAlelA - ARte e cULTurA

Ele Só Quer Alguém Que Dê Bom Dia no Dia Seguinte
 
Ele só quer alguém que lhe dê "- Bom Dia"
Depois de uma balada glamorosa!
Com uma pitada doce de simpatia
Junto com uma massagem sedosa
 
Porém isto não é a realidade
Pois depois do gozo proibido
A dama vai embora de verdade
Sem oferecer um abraço amigo!
 
Quando a moça decide permanecer até a manhã
Ela coloca, rapidamente, a roupa sem se despedir
Deixando, no leito, um perfume de hortelã
Mas para a solidão, de quem fica, não há elixir!
 
Ele só quer alguém que lhe dê "- Bom Dia"
Depois de uma balada glamorosa!
Com uma pitada doce de simpatia
Junto com uma massagem sedosa
 
Depois de uma noite selvagem
Ele se sente um objeto sem valor
Que se perdeu numa linda paisagem
Sendo quebrado em pedaços cheios de dor.
Luciana do Rocio Mallon
 

BAlelA - ARte e cULTurA Desnudo, com um Buquê de Flores nas Mãos

Desnudo, com um Buquê de Flores nas Mãos
                                      
Todo o começo de primavera
De um jeito doce, sempre me lembro
Do presente de uma quimera
Naquele vinte e três de setembro
 
A campainha tocou diferente
Como um musical instrumento
Senti um arrepio ardente
Repleto de sentimento
 
Quando abri a pesada porta
Tive uma doce surpresa
No começo fiquei torta
Depois me senti princesa
 
Você estava todo desnudo
Mas tinha um buquê de flores
Que, embaixo, tapava tudo
Na promessa de mil amores
 
Quando a flor tem perfume
A magia sempre vem da raiz
O aroma tira todo o azedume
Para fazer qualquer ser feliz
 
Daquela primavera nunca mais me esquecerei
Um homem com flores sempre será um rei.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda da Cigana Rosa dos Ventos

Lenda da Cigana Rosa dos Ventos
Por volta do ano 250 a. c. existia um navegador chamado Aristóteles Timóstenes. Um certo dia ele decidiu navegar com o seu barco. Mas, de repente, foi surpreendido por uma forte tempestade e, no meio da confusão, sua bússola simples, feita de pedras especiais, quebrou. No meio daquela chuvarada, ele percebeu que uma moça se afogava no mar. Então, jogou uma espécie de boia feita de bexigas de animais, que estava amarrada a uma corda, em direção da jovem. Assim ela chegou até seu barco e lhe agradeceu:
- Obrigada, senhor!                                             
O homem disse:                              
- Disponha!                         
- Porém não sei se conseguirei achar terra firme, depois que esta tempestade passar, porque meu aparelho guiador quebrou.
Naquele mesmo instante, a chuva parou e o Sol voltou a brilhar.
Desta forma a moça explicou:
- Sou a cigana Rosa dos Ventos e posso construir uma bússola nova para você. Basta eu sapatear, em forma de círculo e formar uma estrela com as batidas dos meus pés no chão do seu barco.
Desta maneira, a donzela bailou os passos prometidos e formou uma flor, que acabou virando uma bússola diferente que mostrava todos os pontos cardeais porque apontava a direção dos quatro sentidos fundamentais de orientação geográfica e representava uma volta completa do horizonte, com seus pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste; pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste; e pontos subcolaterais: nor-nordeste, lés-nordeste, lés-sudeste, su-sudeste, su-sudoeste, oés-sudoeste, oés-noroeste e nor-noroeste.
Assim os dois chegaram a uma ilha. Mas a cigana faleceu na floresta deste lugar e nasceu uma flor debaixo do solo onde se corpo foi enterrado. O problema é que seu amigo, navegador, não conseguiu divulgar tão bem o novo modelo de bússola.
Alguns séculos depois, Rosa dos Ventos apareceu nos sonhos noturnos de um outro inventor, chamado Flávio Gioia, onde ela ensinou este homem a fazer uma nova bússola, com seu nome, por meio de uma agulha sobre um cartão onde havia uma flor desenhada. A partir daquela noite, este tipo de instrumento tornou-se popular.
Reza a lenda que a cigana Rosa dos Ventos é uma entidade que ajuda as pessoas que estão perdidas, precisando de uma direção. Ela, também, auxilia seres que se perdem em lugares ermos e não conseguem mais voltar a seus locais de origem.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

Um Sábado, Quatro Dias Antes da Primavera
No último sábado, dia dezenove de setembro, levantei cedo, pois precisava fazer uma grande faxina na casa porque receberia visitas no domingo, devido ao aniversário da minha mãe. Na frente do meu muro há uma pequena quantidade de areia, que não foi aproveitada na última reforma. Mas sempre que observo minha rua vejo que animais deixam suas necessidades fisiológicas nesta areia. Então, neste sábado, quando fui esfregar a calçada, vi exatamente bichos fazendo isto. De repente, no meio desta minha faxina, uma idosa bateu palmas em frente ao portão da minha residência e perguntou:
- Posso pegar um pouco, desta sua areia, para as plantas do meu jardim?
Eu respondi:
- Sim, fique à vontade. Porém, cachorros, gatos e pássaros fazem suas necessidades fisiológicas nela. Agora mesmo um cão, que estava passeando com sua dona, deixou fezes nesta areia.
A anciã explicou:
- Isto é ótimo!
- Pois, é sinal de que a areia já vem adubada.
Depois de alguns minutos, esta senhora veio com um balde florido e colocou um pouco de areia nele com a ajuda de uma pazinha de plástico infantil. Porém um cocô de cachorro, que estava muito vistoso, entrou junto sem nenhum problema por parte da velhinha.
Logo pensei:
- Eu sei que excrementos de animais servem como adubo. Mas o acontecimento de hoje me fez lembrar que minha avó disse que, uma semana antes da primavera, ocorre a magia das pessoas pensarem que até fezes viram flores, de acordo com uma lenda europeia.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

Lenda da Procissão dos Mortos
Aqui, no Brasil, um conto oral que mais se aproxima da tradição do Halloween é a Lenda da Procissão dos Mortos, que possui várias versões, dentre elas a mais conhecida é esta:
Na época do Brasil-Colônia existia uma vila no interior do Nordeste, onde moravam muitos descendentes de irlandeses, que logo se misturaram com afrodescendentes, índios e descendentes de portugueses que estavam antes aqui.
Neste tempo, havia uma menina chamada Beatriz que sabendo do novo casamento de sua mãe, fugiu para a floresta bem no dia 31 de outubro. Então ela achou uma estrada secreta e escutou um barulho ao longe. Com medo de ser reconhecida, a garota se escondeu atrás de uma moita. Logo apareceu uma procissão. Mas ela notou que a maioria dos integrantes eram criaturas já falecidas como seu pai, sua avó e até o seu bichinho de estimação. Deste jeito, ela correu para perto de sua falecida vovó, que disse baixinho:
- Volte logo para a casa, pois esta é a procissão dos falecidos, que somente acontece dia 31 de outubro. Pois nesta data abre-se um portal para que os mortos voltem à Terra e, deste jeito, eles tem uma chance de sair do purgatório e esta procissão é uma destas chances. Se orarmos, com fé, durante este desfile, conseguiremos sair dos vales das sombras.
Desta forma, Beatriz obedeceu à anciã. Porém, depois ela descobriu que outros vivos da vila já passaram por experiência semelhante, sempre na mesma data: 31 de outubro.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Mão Azul com Sinal de Positivo "In Box "

Mão Azul Com Sinal de Positivo "in Box"
 
Quando você está numa rede social
E tenta puxar conversa com alguém
Fica com uma expectativa sensacional
Esperando só palavras de amor e bem
 
Mas, quando você conta uma novidade
E apenas recebe uma mão azul
Com o desenho otimista de positividade
Você sente raiva de norte a sul
 
Pois você não quer um "emotion" de sinal
Você quer palavras digitadas inteiramente
Isto significa que a pessoa não lhe tratou igual
E você não tem importância temporariamente!
 
Com aquela mão azul, você se sente desvalorizado
Só palavras em forma de poemas emocionantes
Podem retirar um sorriso que estava calado
Pois letras são estrelas brilhantes
Num céu virtual tão amado.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Eu Só Queria um Livro Que Ensinasse a Alisar o Cabelo

Eu Só Queria um Livro Que Ensinasse a Alisar o Cabelo                                                                                
Meu cabelo crespo e o corpo desproporcional sempre foram motivos para minha baixa autoestima. Quando eu era adolescente andava sempre de rabo de cavalo, para esconder o cabelo pixaim, e roupas largas para disfarçar o peso. Aos dezoito anos comecei a emagrecer, aos poucos, sem motivo. Porém as minhas madeixas continuavam crespas. Em 1998 passei um produto chamado Alisa e Tinge, mas fiquei parecida com um mico-leão dourado. Até que em 2001, resolvi procurar uma biblioteca popular, onde os atendentes não eram muito eruditos. Então cheguei à seção de moda e beleza. Deste jeito, perguntei à atendente:
- Eu gostaria de um livro que ensinasse a alisar o cabelo sem gastar muito dinheiro e sem químicas, pois estou desempregada e não posso gastar com salões de estética.
Assim a moça foi até a estante e me entregou um livro chamado Cem Escovadas Antes de Ir Para a Cama da autora Melissa Panarello, onde na capa havia uma moça escovando seus cabelos lisos, em frente, ao espelho.
Logo pensei:
- Se o meu cabelo se tornar igual ao da jovem da capa, ficarei contente.
Porém ao folhear as primeiras páginas dentro do ônibus, já no primeiro capítulo, notei que se tratava de um livro erótico, pois era o diário de uma adolescente libertina. A cada página que eu lia, meu cabelo se arrepiava cada vez mais.
No dia em que fui devolver este livro, meu cabelo estava tão pixaim que tentei passar gel, antes de prende-lo, mas era só "frizz" saindo para tudo o quanto era lado. Quando cheguei ao balcão, a atendente comentou com uma cara assustada para meu cabelo:
- Pelo jeito as dicas deste livro, de cabeleireiro, não adiantaram.
Eu expliquei:
- Na verdade esta obra, não deveria estar na seção de Moda e Beleza. Mas na estante de Literatura Erótica. Pois as cenas eram tão picantes, que todos os meus fios se arrepiaram e agora parece que fizeram um permanente eterno nos meus cachos.
Após esta confissão, fui experimentar um procedimento chamado Escova Progressiva, que estava na moda. Até hoje realizo esta química de seis em seis meses, sem ler livros sensuais durante os intervalos. O problema é que estou louca para ler a nova obra da modelo Andressa Urach, porém estou com medo de estragar os meus cabelos novamente.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 

Preservativos e Tamanhos de Seus Moradores      
Todos sabem que sou uma escritora, praticamente, de lendas e de poemas. Mas, de uns tempos para cá, meus leitores andam pedindo para que eu escrevesse sobre sexo. Realmente, não gosto da prática, porém não tenho nada contra quem tem relações sexuais. Mesmo assim para atender aos pedidos entrevistei uma ex- trabalhadora de "book rosa" e conversei com esta moça sobre um assunto pouco explorado: as camisinhas e os tamanhos dos órgãos sexuais. Antes de conversar com a ex- garota de programa, falei com alguns médicos que afirmaram que qualquer preservativo é apto para qualquer tipo de tamanho de pênis, desde que seja de uma marca de confiança no mercado. O problema é que não foi, exatamente, isto o que afirmou a ex- trabalhadora do book rosa que entrevistei. Aqui, para manter a sua entidade vamos chama-la de Flor:
- Flor, qual existe um tipo, ou, marca de preservativo para cada tamanho de pênis?
Resposta: - Na verdade, vários modelos vêm com o tamanho escrito na embalagem: P, M, G, e GG. O pior é quando o cliente traz o preservativo de casa com um número que não correspondem ao seu órgão na realidade. Daí cabe à garota de programa oferecer a camisinha com tamanho certo. Já, com relação às marcas, a camisinha da marca Olla é a melhor para os órgãos sexuais mais grossos, mas não é a ideal para os grandes e nem para quem sofre de ejaculação precoce. Pois para os homens que possuem os pênis mais avantajados, ou, sofrem de ejaculação precoce, o preservativo ideal é o da marca Jontex. Interessante mesmo é a marca Preserv, que tem modelos que vão do  Preserv Teen até o Preserv Extra. Apesar de todas estas novidades, não aconselho as pessoas mais prevenidas a morderem os preservativos, na hora da prática oral, pois camisinhas de qualquer marca podem rasgar neste momento. Também não recomendo os preservativos que tocam música, principalmente, aqueles comprados no Paraguai porque não são seguros. Aliás sei de um caso de uma camisinha que arrebentou enquanto tocava a música Para Elisa, de Beethoven. Aqui devemos lembrar que os preservativos já vêm com lubrificantes, por isto não devemos usar óleos e nem cremes nas camisinhas.
- Flor, existe uma relação entre etnias e tamanhos de órgãos sexuais, ou, isto é lenda?
Resposta:  - Tive clientes de diversas etnias e por isto posso garantir que muitas coisas que falam por aí são mentiras. Já conheci afrodescendentes com órgãos normais e nisseis com pênis avantajados.
- Obrigada, pela entrevista Flor!
Bem, leitores esperam que tenham gostado desta minha primeira entrevista com tema sensual.
Afinal, hoje aprendemos que preservativo é igual a tênis, cada homem tem seu número.
Luciana do Rocio Mallon                                                                                    
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA A Memória Gustativa e Meus Delírios

A Memória Gustativa e Meus Delírios
                                                                                
Os meus amigos mais íntimos sabem que, pouco a pouco, estou virando vegetariana por causa dos problemas digestivos, e, também por respeito aos animais. Durante este processo de mudança fiz reflexões e notei que a carne nunca fez parte de momentos inesquecíveis da minha vida. Afinal, nunca fui fã de farras e muito menos de churrascos comemorativos.
Porém, ano passado, ao passar na Rua José Loureiro ,que é uma rua barulhenta do Centro da cidade de Curitiba, algo me chamou a atenção: uma placa onde estava escrito "mini-salgadinhos" e "mini-docinhos" no copo por R$ 1,99. Então pedi apenas bolinhas de queijo e pequenos  olhos-de-sogra. Assim fechei os olhos e fui colocando guloseima por guloseima na boca. Deste jeito, a imaginação foi até as minhas festas de aniversários infantis. Então, por segundos, as buzinas e barulhos do centro da cidade foram substituídos por canções de parabéns, bexigas sendo estouradas, músicas da Banda Balão Mágico e barulhos de pacotes de presentes sendo desembrulhados. Sinceramente, foi uma sensação fantástica. Deste jeito, notei que a minha memória gustativa fez uma travessura, dentro da minha mente, naquele momento.
Dias depois me consultei com uma terapeuta e os sofás, da sua sala, eram das cores marrom com laranja-coral. Isto fez lembrar-me dos deliciosos bolos de cenoura, com cobertura de chocolate, que eu ganhava da vizinha, pois eles tinham estas mesmas cores. Na primeira sessão, a psicóloga fez uma regressão comigo até a infância, provocando a recordação do bolo citado acima. Mas quando acordei, notei que estava mordendo o sofá de duas cores. Deste jeito, a terapeuta falou que esta atitude não foi culpa minha, e, sim da minha memória gustativa.
Luciana do Rocio Mallon                                                                
 
 
 

Concorrentes Com Correntes
 
Concorrente é mais do que um mero rival
Pois, do outro, ele deseja tomar o lugar
Para isto ele difama e fala mal
Espalhando mil fofocas pelo ar
 
Qualquer concorrente é pior do que um inimigo
Principalmente quando é um colega de trabalho
Um inimigo arrependido, que volta atrás, merece abrigo
Agora um colega, geralmente, é teimoso para carvalho
 
O concorrente está amarrado à corrente
Da inveja na prisão da amargura
Por isto, ele não vai para frente
Vigiar o outro é a sua loucura!
 
Ignore este ser competitivo
Concorra apenas consigo mesmo
Porque todo o ser altivo
No final, sempre, fica a esmo
 
O concorrente está preso à corrente
Da difamação e da injúria
Ao ver você feliz e contente
Dentro do seu peito, nasce a fúria
 
Comporte-se como a suave e doce petúnia,
Ao ouvir as mentiras espalhadas pela rosa,
Que contra o seu ser faz difamação e injúria
Mas, mesmo assim ela permanece formosa.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Andressa Urach X Fera

Não sei o porquê as pessoas estão reclamando tanto da Andressa Urach.
Na cidade onde moro tem gente fazendo sucesso, pelas portas dos fundos, de uma forma pior do que ela. 
O problema não é usar o corpo para subir na vida. Afinal, o ruim é pisar no corpo dos outros para alcançar o sucesso. 
( Descobertas da Tia Lu )
Luciana do Rocio Mallon


O Lago de Betty Lago
                                               
O Lago de Betty Lago
É uma real calmaria
Nos seus espelhos tem afago
E na sua beira existe poesia!
 
Neste lago há um flamingo
Que vira bailarina toda de rosa
Em cada mágica tarde de domingo
Numa sensação maravilhosa!
 
Neste lago há um cisne de marfim
Que forma um coração de carmim
Ao encostar sua testa em outro cisne
Como o documentário que passa no cine!
 
Neste lago existe uma canoa
Doce, delicada e boa
Feita da mais leve madeira
Da alma que dura à vida inteira
 
O lago de Betty Lago tem um reflexo feliz
Apesar dele esconder um fatal caranguejo
Pois esta moça foi uma grande atriz
Que desfilou ao som de um realejo!
 
 
O Lago de Betty Lago
É uma real calmaria
Nos seus espelhos tem afago
E na sua beira existe poesia.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Lenda da Mulher Que Roubava Chinelos Na Praia

Lenda da Mulher Que Roubava Chinelos Na Praia
 
Nos anos 70, em Curitiba, morava uma mulher de classe média alta chamada Gilda. Desde criança, ela costumava passar as férias na sua casa de veraneio localizada na praia de Caiobá no litoral do Paraná. O problema é que desde criança, esta moça tinha o péssimo hábito de roubar chinelos na beira do mar. Aos trinta anos de idade, ela já tinha dois armários só com chinelos de banhistas roubados.
Num lindo dia de verão, Gilda viu na praia um par de chinelos azuis com pedrinhas de turquesas, em cima de um tipo de altar, onde existiam velhas azuis ao seu redor. Assim a mulher roubou estes calçados.
Naquela noite apareceram, para ela, duas pessoas em seu sonho: uma era adulta e outra era criança. De repente, a mais velha disse:
- Eu sou a Cigana da Praia e esta outra minha amiga chama-se Mariazinha da Praia. Viemos visita-la porque você fez algo muito horrível:
- Roubou os chinelos azuis que foram presentes de fiéis para Iemanjá, a Rainha do Mar.
- Por favor, devolva os calçados no mesmo local e doe os outros chinelos roubados para instituições de caridade.
De repente Gilda acordou com falta de ar e na manhã seguinte devolveu os calçados ao altar e doou os chinelos afanados para um asilo de idosos carentes.
Deste jeito ela parou de roubar, na praia. Até que vinte anos depois, esta moça estava na areia e avistou chinelos dourados na parte mais funda do mar. Gilda, não resistiu, e tentou nadar até os calçados, mas acabou se afogando.
Reza a lenda que o espírito de Gilda perambula pelas praias brasileiras roubando chinelos.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

Mancha Vermelha na Tanga Branca
 
Ela vestiu uma calcinha branca
E foi meditar no florido jardim
De uma maneira suave e franca
Entre a leve rosa e o doce jasmim!
 
Então, o Sol iluminou todo o breu
E a sua menstruação, naquele instante, desceu
A tinta vermelha fez uma gravura
Em sua calcinha com doçura e ternura
 
Ela fez um desenho de uma donzela
Meditando na posição mais graciosa
E o vapor da sua mente tão bela
No alto da tanga virou uma rosa.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Paródia da Música: Sorria, Que Estou Te Chutando

Paródia da Música: Sorria, Que Estou Te Chutando, da Banda os Travessos, com a Interpretação da Cinegrafista Psicopata da Hungria:
 
Toda a vez que vejo um humilde imigrante
Baixa, em mim, um espírito deselegante
Pego minha câmera e sinto uma agonia
Deve ser sintoma da minha psicopatia
 
Então, de repente entro em perigoso desatino
Já que sou a cara do Chucky, o boneco assassino
Por que tenho este triste defeito,
Que é o mais puro preconceito?
 
Sorria, que estou te chutando
Chore, que estou te filmando
Porque sou má e muito ruim
Não quero imigrante perto de mim
 
Sorria, que estão me demitindo
O mundo inteiro está me assistindo
Porém como sou má e muito ruim
Não quero imigrante perto de mim.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Snif, Você Tirou a Barba

Snif, Você Tirou a Barba
 
Cheguei, com pressa, em casa
Porém tive uma triste surpresa
Cortaram a minha imaginária asa
Quando você virou-se com sutileza
 
Notei que no seu rosto
Faltava a sua doce barba
Então, morri de desgosto
E vesti uma roupa bem larga
 
Você tirou o cavanhaque
Com a lâmina da amargura
Preciso de um conhaque
Pois assim a vida é dura
 
Nunca mais sentirei a carícia
Da sua barba no meu pescoço
Na mistura da pureza com malícia
Que não existe em qualquer moço
 
Sua barba trazia energia
Ao meu corpo inteiro
Trazendo a luz da magia
De um jeito verdadeiro!
 
Sem barba você deixa de ser rapaz
Para virar um irresponsável menino
Agora, não sei do que sou capaz
Acho que cometerei um desatino
 
Sua barba era símbolo de maturidade
Com ela você era um homem de verdade
Sem sua barba me sinto desprotegida
Como uma fada, que no chão, foi caída.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Meu Anjo de Pedra

Meu Anjo de Pedra
                      
Você é um anjo de mármore branco
Feito da pedra mais pesada e fria
Repousando no meu peito franco
Com um toque de emoção e magia
 
Você é um anjo do túmulo no cemitério
Guardando o meu corpo imaculado
Com sua aura de pureza e mistério
Neste seu semblante todo calado
 
Você é o anjo feito de pedra preciosa
Não sei se é de turquesa ou diamante
Que pertenceu a uma princesa fogosa
Com espírito perigoso e brilhante
 
Você é mais do que um anjo, é um querubim
Que faz amolecer meu duro coração de marfim.
Luciana do Mallon e Jon Mart
 
 
 
 

Ela Era um Livro e Você a Letra
                                                                   
Você disse que ela era um livro de poema
E você apenas uma palavra ao relento
Que voou com a brisa doce de alfazema
Ao sabor do mais solitário vento!
 
Você falou que ela era um livro inteiro
E você apenas uma letra pequena
Mas para o conto ser verdadeiro
A página tem que estar serena!
 
Só que as letras formam as palavras
Não tem o porquê você ficar triste
Por favor, não se sinta uma larva
Porque a esperança ainda existe!
 
Um livro com páginas em branco
Não é uma obra, e, sim um caderno
Liberte seu peito puro e franco
Para viver este amor eterno.
Jon Mart e Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 
 
 

BAlelA - ARte e cULTurA Dia do Combate ao Suicídio e Dia do Gordinho, 10 de Setembro

Dia do Combate ao Suicídio e Dia do Gordinho, 10 de Setembro
Neste texto tocarei em dois assuntos considerados tabus: suicídio e obesidade.
Uma pesquisa, recente, descobriu que setenta por cento das pessoas que tentam o suicídio estão acima do peso. Por coincidência, o Dia do Gordinho e o Dia do Combate ao Suicídio caem na mesma data: dez de setembro.
Não há nada que comprove a relação entre obesidade e suicídio pela Ciência. Mas eu tenho uma história pessoal que envolve os dois fatos.
Em 1989, eu tinha quinze anos de idade, e minha família foi transferida de Brasília para uma cidade do interior do Paraná, onde as pessoas eram preconceituosas. Como na época, eu pesava oitenta quilos, começaram a fazer bullying comigo na escola, com piadas e xingamentos como: balão, baleia, elefanta, orca, etc. Sempre fui boa em redação, mas minhas colegas não queriam fazer trabalho em grupo comigo porque, para elas, gordo era sinônimo de preguiçoso. Então eu sempre pedia para que as professoras me deixassem fazer as tarefas de forma individual, mas nem sempre isto era possível.
Até que um dia eu não aguentei tanta humilhação, comprei chumbinho numa loja e tomei. Assim quase desmaiei na escola, uma funcionária percebeu, e, deste jeito, me levou a um hospital. Lá fizeram uma espécie de lavagem na minha barriga e eu pedi, por favor, para que não falassem nada aos meus pais.
Hoje, não aconselho ninguém a tomar este tipo de atitude. Pois sequelas ficaram no meu aparelho digestivo, como: Gastrite e Crhon.
Por causa da minha experiência, eu acredito que não seja apenas uma mera coincidência que setenta por cento das pessoas que tentam o suicídio sejam obesas. Os gordinhos são vistos com muito preconceito, pela nossa sociedade hedonista que só valoriza o status e a beleza em primeiros lugares, e quem foge do padrão imposto acaba sofrendo. Muitas pessoas ignorantes pensam que a obesidade está somente relacionada com a má alimentação, sendo que a maioria dos gordinhos tem problemas hormonais e outras doenças que deixam o metabolismo lento. Sem falar do preconceito que relaciona a obesidade com preguiça.
Portanto, se você conhece algum gordinho, sempre trate bem este ser humano destacando suas qualidades e pontos positivos. Nunca isole uma pessoa obesa e, se ver alguém fazendo bullying com ela, denuncie. Pois, hoje, há órgãos competentes para isto.
Desta maneira vamos comemorar o Dia 10 de Setembro de uma forma consciente.
Luciana do Rocio Mallon

                                                                                                                                                                  
                                                                                                                                                                 
                                                                                                                                                                 
 
 

Sou uma Empadinha de Sete de Setembro
 
Hoje, uma colega me falou:
- Lu, aposto que se você tivesse filhos, levaria estas crianças a um desfile de Sete de Setembro. Pois, você não é coxinha e nem caviar, apenas uma empadinha ufanista que faz poemas para datas comemorativas.
No mesmo instante dei a seguinte resposta:
- Se eu tivesse filhos, com certeza, levaria meus pequenos aos desfiles de independência. Pois  isto não seria uma atitude ufanista e, sim, de patriotismo. Reconheço, realmente, que a independência do Brasil foi feita sem a participação do povo e que após, este fato, o Brasil passou a ser dependente, informalmente, de outros países. Mas isto não é motivo para apagar esta data comemorativa da memória porque ela faz parte da História do nosso povo. Por isto, quem é contra as comemorações de Sete de Setembro, também, está contra o Brasil.
- Aqui, também, é necessário entender que ufanismo é diferente de patriotismo. Por exemplo: um ser que torce para o Brasil, somente, na Copa do Mundo, mas que possui uma vida desonesta e nem sequer sabe a letra completa do Hino Nacional, com certeza, é ufanista. Já uma pessoa que participa das datas cívicas, faz serviços voluntários e devolve uma carteira perdida que acha na rua, com certeza, é patriota.
- Por isto, assumo: sou uma empadinha de Sete de Setembro. Pois caviar não é muito popular e coxinha costuma ter muita gordura nociva. Sou uma empadinha, mas de palmito, porque sou vegetariana e tenho partes transparentes dentro de mim. Porém a criatura mais feliz do desfile sempre será o cavalo porque ele caga, anda e ainda, por cima, é aplaudido.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

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Mario Auvim Bassani



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BAlelA - ARte e cULTurA Setembro Amarelo

Setembro Amarelo
                                             
O doce setembro amarelo,
Quer fazer cada dia mais belo,
De quem sente depressão e tristeza
Com raios cheios de delicadeza!
 
Amarelo é a cor do rei Sol
Que nasceu para iluminar
Quem precisa de um farol
Nesta vida que é um mar
 
Amarelo é a cor do ouro
Da alma que tem alegria
Pois a vida é um tesouro
Que merece muita poesia!
 
Mas, para muitas pessoas, a vida é dura
Por isto torna-se escura e obscura
Vamos colocar mais dourado nestes seres
Pois o amarelo tem mágicos poderes!
 
Amarelo é a chama da cor da vela
Que ilumina uma noite sem Lua
Protegendo a frágil donzela
De depressão nua e crua!
 
Amarelo é a cor do perfumado lírio
Que tem a magia de prevenir suicídio
 
O doce setembro amarelo,
Quer fazer cada dia mais belo,
De quem sente depressão e tristeza
Com raios repletos de delicadeza.
Luciana do Rocio Mallon