BAlelA - ARte e cULTurA SEXTA BÁSICA - POEMEU 'DO RUBRO MAGMA DAS OVELHAS' - LILLY FALCÃO

• dormitava auroras
nua em pedra 
e errava 
- por querência -
a cartografia
dos homens


flertava com os mapas
das águas
e das ventanias
mais complexas 


em sua bravura
de sereia
ornava-se de brumas
de lenhos e arvoredos
onde ninhos 
surgiam-lhe felpudos de sois 
e lãs febris 
de horizontes


desse chafurdar no limbo
logrou despir-se de gente
- seiva-arrebol! -
sabia-se plâncton
basalto, âmbar
e cinzas


então assombrou-se 
em fogo e quase lava
escorreu-se ávida 
peregrinando
oceanos 


: adejou-se rubra 
[ flor-mamífera-ave!]
a burilar o magma 
onde a vida
goza •







/ do.rubro.magma.das.ovelhas /








{ Lilly Falcão }








<image::zena.holloway/underwater.photographer>

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