Art&MusicaLSlides® "Velhos ditados..., mas sempre atuais!"

Velhos ditados..., mas sempre atuais

 

* Lourenço Nisticò Sanches

 

Não sei não...

Desde minha meninice, e já se vão várias décadas, acostumei-me a escutar dos mais velhos alguns ditos populares.

Dentre eles, e muito comum, eram: “a sardinha que derreou o burro” e, no mesmo diapasão, “a gota d’água que transbordou o copo”.

Estamos presenciando em diversas capitais – especialmente em São Paulo, intensas manifestações extrapolando para o vandalismo; tudo em razão de uma elevação de R$0,20 (vinte centavos!) na passagem do transporte coletivo – ônibus.

Será mesmo essa a única e exclusiva razão do inconformismo e de tamanha demonstração de desagrado ?

O copo, representando a tolerância da população, não já se encontrava à beira de transbordar ?

Os noticiários diariamente estampam manchetes revelando a elevação dos índices de criminalidade – cada vez mais brutais. A eles soma-se a impunidade de políticos e “outras” autoridades.

Acabou o famigerado “mensalão” – aquele que o ex-presidente jura que não sabia existir, e os condenados pelo STF permanecem em liberdade escarnecendo da Justiça..., entretanto campeiam os “arreglos” de bastidores estimulados pelo governo federal para desesperadamente tentar perpetuar-se no poder.

A carga tributária consume 5 dos doze meses de salário do trabalhador e a ineficiência dos serviços públicos – notadamente para com a saúde, é vergonha nacional.

A inflação está deixando de ser um vulto fantasmagórico para encarnar-se no substancial aumento de preços dos produtos e serviços – contrariando os reduzidos índices oficialmente divulgados. A “culpa” é do tomate !

Medidas “populescas” são adotadas para jogar uma nuvem nos olhos dos mais necessitados (afinal, seus votos serão importantes em 2014..., muito importantes!) e, com isso, outra novidade surge da imaginação dos marketeiros governistas:

Quase 20 bilhões de reais do tesouro, arrecadados por meio dos impostos que todos pagamos, vai ser usado como linha de crédito para a compra de bens de consumo, favorecendo exclusivamente aos inscritos no programa assistencial “Minha casa, minha vida”.

Ora, ora, a “Bolsa Família” já não é mais suficiente para manter o nível de simpatia..., como já antecipado por economistas, sociólogos e cientistas políticos. Os índices de popularidade da presidente estão em queda, apontam os institutos de pesquisa.

“Urge que se faça algo”..., criatividade e mais recursos – ou seja, aumento dos impostos e do endividamento interno e externo do país.

A carga tributária é insustentável fazendo com que nossos produtos percam competitividade no mercado internacional – além de agregarem o elevado “custo Brasil” de nossa ineficiência, e a fuga de capitais representada pelos investimentos externos, é uma realidade – basta assistir aos noticiários na TV ou ler os jornais.

E o dólar não pára de subir...

É certo que essa “bolha” irá estourar, quando...?

É..., a “sardinha está derreando o burro”..., e pelo “andar da carruagem” muito provavelmente será responsável por apear o atual governo do poder nas próximas eleições, enquanto que a nós – como sempre, caberá pagar a conta pelos estragos.

Infelizmente ainda restam muitas caxirolas para serem arremessadas...

 

* Lourenço Nisticò SanchesProfissional de marketing, pesquisador, cronista e articulista

    13 de junho de 2013

 

 

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