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Lendas dos Mendigos Com Filhotes de Cachorros

Há quinze dias atrás chegou, nas minhas Rede Sociais, a seguinte mensagem:
" Denúncia: Mendiga Explora Filhotes de Cães Em Sinaleiro Próximo à Vila das Torres, em Curitiba 

Uma pedinte está cometendo o seguinte delito: 
Perto do farol da Favela das Torres, há uma moradora de rua idosa que explora filhotes há mais de um ano, ela age assim:
 Todo o mês ela consegue um cachorrinho e vai pedir esmolas no farol, com o objetivo de arrecadar mais doações do que o eventual. Pois, já foi comprovado que uma pessoa esfarrapada com um animalzinho, ou, bebês nos braços recebe o triplo de um pedinte comum.
O problema é que os bichinhos, em questão, têm sinais de maus tratos e doenças, sem falar que esta mulher aparenta possuir transtornos mentais sérios, sendo capaz de violência física contra os animais.
Por favor, denunciem!"
Ao ler esta mensagem, logo pensei:
- Isto deve ser mais uma Lenda Urbana de Curitiba.
Mas, há quinze dias atrás, peguei um táxi. Então, a motorista passou em frente a um semáforo da Vila das Torres. De repente, assustei-me com uma figura diferente que bateu no vidro do carro. Logo, notei que tratava-se de uma senhora, provavelmente, com problemas neurológicos, banguela, maltrapilha e com um filhote de cachorro nas mãos. 
Naquele instante, a motorista comentou:
- Nossa, o filhote deve estar cheio de vermes!
- Não costumo dar moedas para os moradores de rua, porém para esta mulher farei uma doação por causa do bichinho que ela carrega nas mãos.
Deste jeito, me lembrei do recado que foi postado, por alguns amigos, em minhas redes sociais e refleti:
- O que vi não é Lenda Urbana!
Depois pesquisei mais sobre o assunto e descobri o caso de um outro morador de rua que resolveu usar filhotes de cachorros para obter mais esmolas. A história é esta:
José era um mendigo idoso e portador de necessidades especiais, pois só conseguia andar com uma muleta. Então, na rua em que morava, ele colocou o seguinte cartaz:
- Por favor, me ajudem!
- Pois, sou velho e deficiente.
Mesmo assim, o pedinte recebia poucas moedas.
Um certo dia, José ganhou um filhote de cachorro como doação. Assim, ele teve uma ideia e escreveu estas palavras, com uma flecha apontando para o animal:
- Preciso de esmolas, pois:
- Este filhote de cachorro está fome!
- Ele está com frio e pode ficar doente!
Deste jeito, o morador de rua notou que as doações triplicaram.
Coincidentemente, dez dias depois destas descobertas, passei a pé perto da Vila das Torres e encontrei aquela mesma mendiga com um outro cachorrinho nas mãos. Logo, perguntei:
- A senhora não acha difícil pedir doações com um filhote, nas mãos ?
- Se quiser, posso comprar o bichinho!
Desta maneira, a idosa respondeu:
- Só poderei vender este animal no dia que ele crescer e eu conseguir outro filhote.
- Afinal, depois que passei a pedir esmolas com o cachorrinho, as doações aumentaram. Inclusive, cheguei até a ganhar um cobertor novinho em folha.
Após esta confissão, fiquei assustada e não consegui dormir naquela noite.
Luciana do Rocio Mallon 



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