DEUS, ANCHIETA, EINSTEIN E EU

* Milton Medran          

Eufórica, diante da câmera de TV, a moça dizia: “Maravilha! Agora, este país vai pra frente. Teremos um santo rogando a Deus pelo Brasil!”. Vibrava com a canonização do Padre José de Anchieta.

Para quem supõe a existência de um Paraíso, onde mora Deus, sentado em um trono, rodeado de anjos e santos que disputam oportunidades de audiência para pedir favores divinos, a euforia da jovem faz todo o sentido. Como santo, Anchieta estaria, agora, mais perto do trono de Deus e com mais chance de falar com ele.

Os homens criaram Deus a partir de velhos modelos terrenos de hierarquia e poder. Para agradá-lo, prostram-se diante de sua imagem, entoam hinos de louvor, fazem oferendas, ritos e sacrifícios. Mesmo assim, nem sempre são ouvidos. Por isso, elegem intermediários: anjos e santos protetores. Mais próximos do Senhor, eles poderão lhe encaminhar seus preitos.

Você já pensou que talvez as coisas não funcionem assim? Que Deus não está exatamente sentado em um trono e não necessitamos de “pistolões” para chegar a ele?

Prefiro conceber Deus como a suprema Inteligência, um Pensamento, uma Energia a impregnar o Universo e minha alma também. Manifesta-se aos homens através de leis naturais, gravadas na consciência da gente. Se observadas, essas leis trazem paz e felicidade. Nossa saúde, o êxito profissional, a harmonia familiar e social, a vida e a morte, o progresso de um povo, tudo é regido por esse conjunto de leis naturais.

“Deus é a lei e o legislador do Universo”, disse Albert Einstein, um dos maiores sábios da Humanidade. Estou com ele. Se estivermos errados, Deus há de perdoar a mim e a Einstein.

     

* Milton Rubens Medran Moreira - Advogado e jornalista. Presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre - RS.




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