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PEQUENOS DETALHES

Você já se deu conta de que poucos de nós temos a preocupação em avaliar os detalhes da vida?

 

Preocupamo-nos com grandes ações, momentos de grande impacto, situações decisivas.

 

Marca-nos a emoção e a memória quando recebemos um presente significativo, quando algo surpreendente nos ocorre, ou quando alguém faz um grande gesto a nosso favor.

 

Nada mais natural que isso ocorra, pois existem situações e momentos que, efetivamente, fazem a diferença em nossa existência.

 

Como esquecer quando alguém nos estende a mão em um momento difícil ou quando um fato marcante ocorre em nossa vida?

 

Porém, frequentemente, nos passam despercebidos pequenos detalhes, que parecem simples ou de menor importância.

 

Quantas vezes nos chama a atenção a gentileza de alguém que nos cede a vez, nos dá a passagem quando estamos dirigindo?

 

Porém, se alguém é grosseiro quando estamos no trânsito, somos capazes de ficar o dia todo transtornados, de mudar de humor, de nos perturbarmos.

 

Chegamos em casa reclamando da falta de educação, da pouca cidadania das pessoas, contaminando a todos com nossa indignação.

 

Contudo, quando nos deparamos com alguém gentil e educado, poucos, ou quase nenhum comentário fazemos.

 

Qual a nossa reação quando alguém nos sorri generosamente, quando nos atende com gentileza, em uma loja, em uma repartição pública?

 

A nossa pressa, a loucura em que nos envolvemos no cotidiano, poucas vezes permite que nos contagiemos com tal delicadeza e alegria.

 

Entretanto, basta uma situação com alguém rude, agindo com má vontade ou indiferença para que isso se torne um divisor de águas em nosso dia. E carregamos a perturbação ao longo das horas.

 

Nossa experiência terrena é rica em possibilidades e vivências.

 

E a convivência humana, a vida de relação, é das oportunidades mais significativas e enriquecedoras que nossa encarnação pode nos oferecer.

 

Nesse relacionamento social em que todos estamos envolvidos, cada um de nós oferece aquilo de que já consegue dispor.

 

Não se pode exigir da criança os conhecimentos avançados das ciências ou das artes.

 

Da mesma forma, ainda são muitos aqueles com os quais convivemos que não possuem senão poucos tesouros a oferecer.

 

Ainda guardam na intimidade pedras brutas aguardando o devido burilamento, que só a maturidade e a vivência possibilitam, a fim de que se tornem joias de real valor.

 

Portanto, não tenhamos a ilusão de que na vida sempre encontraremos pessoas dispostas a oferecer gentileza, compreensão, bondade e tolerância.

 

Mas, quando isso ocorrer, quando a vida nos proporcionar esses pequenos presentes, que possamos valorizar, guardá-los na lembrança, e revivê-los em nossas conversas e comentários.

 

Quanto aos demais, aqueles que apenas conseguem oferecer as pedras brutas de que ainda são portadores, que os tenhamos como professores.

 

Afinal, serão eles os que nos darão a oportunidade de despertar e desenvolver em nós a compreensão, a tolerância e a paciência, virtudes que ainda teimam em não participar da nossa personalidade.

 

Pensemos nisso e atentemos mais para os pequenos e preciosos detalhes, com eles enriquecendo as nossas horas.

 

 

Redação do Momento Espírita.

 

Em 29.3.2014.

 

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Com esta mensagem eletrônica
seguem muitas vibrações de paz e amor
para você

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