BAlelA - ARte e cULTurA Telefone Público Queimado

Telefone Público Queimado
 
Eu era um essencial telefone público
Que hoje todo mundo arrebenta
Eu era útil, agradável e lúdico
Nos anos oitenta e noventa!
 
Mas quando surgiu o celular
As pessoas se esqueceram de mim
Pararam, simplesmente, de me usar
E eu caí em depressão assim
 
Depois que saí fora de gráfico
Virei mural de anúncio pornográfico
Pois passaram a colocar anúncios de streap-tease
Ao meu redor, sem nenhum "release"
Repleto de garota de programa nua e pelada
Até que hoje me queimaram de madrugada
 
Atearam fogo, em mim, um orelhão idoso
De um jeito depressivo, cruel e perigoso
Quando a menina foi denunciar este ato
Ela foi ridicularizada de fato
 
Pois falaram com deboche ao ar
Que orelhão velho tem mais é que queimar
Numa fria e divertida madrugada
Pois não serve mais para nada.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 

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