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Coisas Que Aprendi Com o Papel Higiênico Rosa dos Anos 80
 
Quando eu era uma pobre criança,
Com vestido rodado e trança,
Eu usava um papel higiênico rosa
No começo, a experiência foi dolorosa
 
Mas depois me acostumei
Pois este papel tinha vantagens
Onde o sofrimento era um rei,
Proporcionando diversas viagens!
 
Este papel era áspero e rigoroso
No começo só me dava assaduras
Mas ele foi um professor formoso
Ensinando sobre as verdades duras
 
Usando este rosado e reciclado papel
Preparei-me para qualquer pontapé,
De um jeito triste e cruel
Sem perder, totalmente, minha fé
 
Este papel higiênico era tão duro
Que eu chegava a escrever poemas
Sobre meu sentimento mais obscuro
Depois lavava as mãos com sabonete de alfazema
 
Styllus era o nome deste papel
Que fazia sucesso nos anos oitenta
Hoje uso Paloma e não me sinto no céu
Sempre gostei da paixão que arrebenta!
 
Não adianta chamar o mordomo Alfredo
Nem dizer que o papel é branco e macio
Da saudade do Styllus até hoje sinto medo
E sua singela lembrança me dá arrepio.
Luciana do Rocio Mallon
 
 

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