Quando a Bailarina Perde a Sapatilha, Derruba o Leque e o Adorno do Cabelo Cai
 
Quando a bailarina com aroma de baunilha
Perde, no meio do balé, a sua sapatilha
Ela finge que não liga e continua a dançar
Dando saltos e pulos pelo ar
Pois o espetáculo não pode parar
 
Quando ela derruba o leque sem querer
Finge não sofrer e faz cara de amanhecer
Depois inventa um gesto na velha coreografia
Só para resgatar o leque com toda harmonia!
 
Quando a rosa maravilhosa
Cai dos cabelos da bailarina
Ela não deixa de ser pomposa
Pois continua com seu olhar de purpurina!
 
A bailarina não para a sua dança
 Nem sequer perde uma gota de esperança
E não deixa de sorrir com seus lábios de amora
Só porque um par da sapatilha foi embora
 
Pois ela sabe que é impossível não dançar na vida
Então a bailarina faz a sua dança mesmo que sofrida
A dançarina sabe que leques são aves multicores
Que, ás vezes, voam dependendo de seus amores
 
Por isto a bailarina, na paixão, oferece liberdade
Afinal tolerância é a ponte para a felicidade!
A bailarina sabe que uma linda presilha
É apenas um enfeite, apesar da sua maravilha
 
Se ela cair no chão e se espatifar não tem problema
Pois, a dançarina continua com seu cheiro de alfazema
Não importam os obstáculos, pois todo mundo dança na vida
Então que seja com passos meigos e uma música garrida.
Luciana do Rocio Mallon
 
 
 
 
 

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